quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Espécies tropicais de alto valor: o exemplo do cedro australiano

A segurança no investimento, alta produtividade e controle de custos, passam invariavelmente pela pesquisa científica

Plantio de cedro australiano em Campo Belo (MG)
Plantio de cedro australiano em Campo Belo (MG)
Nos últimos anos vem ocorrendo uma escalada de custos de produção no Brasil. O problema é sentido especialmente no setor florestal, com o aumento dos custos de implantação, manutenção e colheita. A recente desvalorização do real fez com que muitos fertilizantes tivessem alta de preço em torno de 25%. Praticamente toda empresa do setor está focada em controle de custos. A despeito da alta produtividade das florestas no país, o aumento do índice inflacionário e consequentemente dos juros, vem prejudicar o resultado econômico dos empreendimentos, que têm longo prazo de retorno e são penalizados pelo custo de capital.
Outro fator que nos últimos anos passou a assombrar muitos empresários é o déficit hídrico, a insegurança com o clima cada vez mais errático. O déficit hídrico severo, quando não mata, debilita as plantas e as deixa mais suscetíveis ao ataque de pragas e doenças. Temos visto isso especialmente em Minas Gerais, que foi muito atacada pela seca histórica de 2014.
A segurança no investimento, alta produtividade e controle de custos, passam invariavelmente pela pesquisa científica. O que é consenso nas espécies florestais tradicionais como pinus e eucalipto, não parece sensibilizar os investidores que apostam nas novas espécies, nas quais os investimentos em pesquisa são incipientes e inadequados para os montantes que vêm sendo investidos em plantios.
Como falei em outro artigo publicado, o case do eucalipto no Brasil é o melhor exemplo a ser seguido. Com pesquisa e melhoramento genético, este alcançou alta produtividade, com espécies e cultivares adaptadas a diversos usos e regiões do país.
Os empreendimentos que envolvem plantios de árvores com madeira de alto valor vão no sentido contrário? Não posso falar por todas as espécies de alto valor que vêm sendo propagandeadas como boa opção de investimento. São muitas; cedro australiano; mogno africano (dentro desta há quem goste do KhayaIvorensis e quem goste do KhayaSenegalensis); paricá, acácia, guanandi, neem indiano, etc. O que é sabido é que poucas empresas que se dedicam a esse nicho investem adequadamente em pesquisa. O que gera um risco considerável, apesar do grande potencial de retorno econômico.
Isso não ocorre por acaso. Pesquisas florestais normalmente são conduzidas pela academia e por grandes empresas. São caras, longas e correm o risco de não dar em nada. As grandes empresas do setor florestal produzem papel e celulose, aço ou painéis. Utilizam como matéria prima eucalipto ou pinus, e obviamente direcionam seus investimentos para essas espécies. As universidades e órgãos de pesquisa têm um motivo para seguir a mesma linha; com mais de 7 milhões de hectares plantados, inúmeros produtores rurais, cadeias produtivas inteiras, municípios e regiões são impactados pelo pinus e o eucalipto. Faz parte do papel da academia prover segurança e encontrar soluções para os agentes envolvidos e a sociedade como um todo.
Uma vez que os grandes empreendimentos são baseados nas espécies tradicionais, e que as pequenas e médias empresas se interessaram pelo nicho, como conciliar custos, disponibilidade de recursos financeiros e capital humano? É imprescindível o envolvimento de órgãos e entidades de pesquisa.
Pego então o exemplo do cedro australiano, com o qual estou um pouco mais familiarizado. Nos estudos com o cedro ninguém está tentando reinventar nada. Apenas é seguido o caminho de sucesso trilhado pelo eucalipto. É importante frisar que os trabalhos são feitos dentro da realidade financeira das empresas que se dedicam à essa espécie. E mesmo assim os resultados têm sido espetaculares. Nesse processo, a participação da Universidade Federal de Lavras – UFLA tem sido um grande diferencial. Muitos acadêmicos dedicam parte de seu tempo a estes estudos há quase uma década. Seguindo as mesmas linhas de pesquisa das espécies tradicionais, com o benefício de saber o que funcionou melhor e podendo pegar alguns atalhos. Os trabalhos renderam 3 teses de doutorado, 6 dissertações de mestrado e 15 trabalhos de conclusão de curso (TCCs). No momento mais 7 linhas de estudo estão em andamento.
Ricardo Vilela, da Bela Vista FlorestalRicardo Vilela, da Bela Vista Florestal
Visando controle de custos, produtividade que justifique a escolha da nova espécie e segurança nos investimentos, estas são as pesquisas que acontecem desde 2006 com o cedro australiano em Minas Gerais:
1)Produção de plantas
  • Seleção dos materiais mais produtivos sob o ponto de vista genético para obter ganho máximo em produção de plantas, ou seja, maior número de estacas por matriz. Seleção de clones e famílias com aptidão familiar para brotar.
  • Clonagem como forma de propagação (reprodução assexuada).
  • Desenvolvimento de nutrição específica para viveiro.
  • Estudos de fisiologia vegetal.
  • Identificação de cruzamentos controlados para produção de sementes híbridas.
2)Melhoramento genético
  • Aumento (ganho) de produtividade.
  • Identificação das melhores origens e famílias da espécie.
  • Melhoramento clássico; cultivares obtidos por seleção massal de plantas em populações.
  • Hibridação de plantas; cultivares obtidos por cruzamentos controlados de matrizes selecionadas.
  • Vigor híbrido; indivíduos geneticamente muito diferentes em uma mesma espécie, quando cruzados formam híbridos que apresentam maior vigor, devido à grande variabilidade genética. É o que se está buscando nesta etapa de melhoramento; híbridos com vigor, ou seja, indivíduos superiores,a partir de cruzamentos de pais de famílias e procedências distintas.
  • Caracteres que dependem do genótipo; resistência a pragas e doenças, incremento diamétrico, adaptabilidade em sítios diversos, etc.Tais carateres, dependem diretamente do genótipo da planta para se expressarem. É uma estratégia de melhoramento trabalhá-los para obter ganhos dentro da cultura, pois todos eles são parâmetros diretos de produção e influenciam no manejo florestal.
  • Uso de marcadores moleculares; identificação de genes e proteínas na otimização da seleção de novos cultivares.
3)Manejo Florestal
  • Conhecer caracteres controlados geneticamente para a estratégia de melhoramento; forma do fuste para alto rendimento em serraria, conicidade, circularidade do tronco, excentricidade da medula, arquitetura dos galhos, uniformidade entre plantas.
  • Características de produção controladas por variáveis ambientais; espaçamento, densidade de plantas por hectare, necessidade de desrama, desbastes, mato-competição.
  • Podas; madeira livre de nós e potencial de crescimento das plantas (dilema da produtividade x qualidade da madeira no manejo).
  • Desbastes; maximizar o incremento diamétrico mantendo receita intermediária no ciclo da floresta.
  • Controle de mato competição com herbicidas para reduzir custos.
  • Parâmetros para inventários florestais; fatores de fórmula e equações de volume e altura.
  • Uso de modelagem matemática na determinação de volume e forma como estratégia de melhoramento genético.
  • Estudo dos módulos de elasticidade, ruptura e forma das plantas como estratégia de seleção de clones menos susceptíveis a quebra por ventos fortes (efeito vela).
  • MIP&D (Manejo Integrado de Pragas e Doenças); conhecimento da biologia das pragas e doenças, sua interação com os materiais genéticos, seu controle e dinâmica a serviço do melhoramento e dos produtores.
4)Nutrição
– Relação custo-benefício não deixa de fazer sentido pelo alto valor da madeira.
-Determinação da saturação por bases e parâmetros de gessagem.
-Estudos de elementos ausentes em macro e micro nutrientes.
-Determinação de doses de NPK.
-Cinética e absorção de nutrientes.
-Uso de micronutrientes no controle de doenças abióticas e pragas.
-Estudos com metais pesados.
-Hidroponia e soluções nutritivas. -Nutrição em viveiro.
5)Tecnologia e qualidade da madeira:
  • Estudos destrutivos e não destrutivos da densidade, defeitos, instabilidade dimensional e de forma.
  • Determinação de parâmetros comerciais da madeira como usinagem, trabalhabilidade, superfície, uso de colas, pregos, testes em fresas, produção de painéis diversos como necessidade de se agregar valor ao produto.
  • Determinação de programas de secagem da madeira.
  • Rendimento em serraria.
6)Registro e proteção dos cultivares
  • Descrição dos parâmetros morfológicos da espécie.
Por fim, faltava abrir mercado e validar a espécie economicamente. No caso específico do cedro, o interesse vem de indústrias que produzem portas e esquadrias, acabamentos em construção civil, laminados, compensados, moveleiras, indústria naval e outras. Comprovada a fase final do processo, o produtor tem a segurança de saber que consegue produzir a madeira e tem para quem vender.
Ricardo Vilela é diretor da Bela Vista Florestal. Este artigo foi publicado na Revista Opiniões.
Ricardo Vilela, diretor da Bela Vista Florestal Ricardo Vilela, diretor da Bela Vista Florestal

Fonte: Ricardo Vilela

Bayer vê boas perspectivas para o setor florestal brasileiro em 2016

Para João Galon, Coordenador de Contas Chaves – Florestas Brasil da Bayer CropScience, será um ano de desafios e oportunidades

“A Bayer acredita no potencial do setor florestal brasileiro e, por isso, investe continuamente em novas soluções e tecnologias por meio de sua área de pesquisa e desenvolvimento”. Essa é a síntese apresentada por João Galon, Coordenador de Contas Chaves – Florestas Brasil da Bayer CropScience, sobre o setor florestal do país.
João Galon: Coordenador de Contas Chaves – Florestas Brasil da Bayer CropScience
João Galon: Coordenador de Contas Chaves – 
Florestas Brasil da Bayer CropScience
Para Galon, as perspectivas para 2016 são boas e a Bayer está atenta às tendências do mercado. Ele explicou que a empresa está se movimentando para ficar cada vez mais próxima do produtor, com o objetivo de desenvolver ações direcionadas às necessidades agroflorestais. Galon adiantou que, em breve, a Bayer entregará ao mercado florestal um novo herbicida, que terá a função de ajudar ao setor a ficar ainda mais competitivo.
Sobre os estudos da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – que apontam a integração de lavoura, pecuária e floresta (ILPF) como um caminho melhor para gerar lucros mais expressivos ao produtor rural, João Galon destacou que a Bayer acredita que o produtor deve sempre procurar diversificar as oportunidades de geração de receitas em sua propriedade e, no caso da Bayer, ele informou que a empresa vai propiciar soluções tecnológicas que os ajudem alcançar objetivos maiores no negócio.
Questionado sobre o ano de “crise financeira brasileira”, João Galon ressaltou que, no caso do setor florestal, ele é formado pelos segmentos de celulose, papel, carvão, painéis, serrados e outros produtos sólidos, como madeira tratada, lenha industrial, cavacos de madeira, entre outros. Diante do quadro econômico, Galon acredita que a maior parte destes segmentos está voltado para o mercado interno e, no momento, empresas estão revendo seus investimentos em ampliações, até mesmo em manutenção das suas atuais florestas.
Por outro lado, João Galon frisou que o mercado de celulose está em um bom momento e, para acompanhar esse movimento, o objetivo da Bayer é aumentar a eficiência, direcionando os recursos disponíveis em ações que tragam benefícios aos clientes, como é o exemplo a plataforma de serviços Forestry Plus, por meio da qual realiza-se atividades focadas em clientes florestais, com destaque para o Programa Excelência em Pulverização, que é voltado para aumento da eficiência operacional de equipamentos e produtos.
Sobre o mito de que muitos produtos utilizados na silvicultura são semelhantes aos da agricultura, João Galon salientou que cada cultura possui características próprias como ciclo de vida, necessidade de luz, água e nutrientes. “Estas diferenças influenciam nas espécies de pragas que prejudicam as plantas. Atualmente, a silvicultura brasileira possui pragas especificas, que chegaram ao País há pouco tempo e que não estão presentes na agricultura. Desta forma, é necessário o desenvolvimento de produtos e formulações específicas para o controle destas pragas na silvicultura”, detalhou Galon.
O atual portfólio da Bayer CropScience para o mercado florestal é formado pelos seguintes produtos: Fordor® 750WG, herbicida pré-emergente totalmente seletivo; Finale®, herbicida pós-emergente para controle de mono e dicotiledôneas; Evidence® 700WG, inseticida/cupinicida, registrado para o controle de cupins, vespa de galha e pulgão gigante do pinus; Decis® 25EC, inseticida para controle de lagartas; Nativo®, fungicida para controle da ferrugem do eucalipto e K-Othrine® 2P, formicida em pó, para controle de formigas cortadeiras, saúvas e quenquéns.
Centros de Inovação e Laboratórios de Monitoramento
Laboratório de tecnologia da Bayer
Laboratório de tecnologia da Bayer
Durante o mês de novembro, a Bayer anunciou investimentos de R$ 22 milhões em centros de inovações e laboratórios de monitoramento de resistência a fungicidas, inseticidas e herbicidas. No entanto, estes laboratórios serão utilizados, inicialmente, para atender especificamente às necessidades da agricultura da América Latina. Porém, de acordo com o gerente de Desenvolvimento e Resistência da Bayer CropScience, Marcio Adoryan, no futuro será possível incluir o estudo de plantas daninhas das silviculturas.
Na avaliação de Adoryan, o Laboratório de Monitoramento de Resistência, em sua primeira etapa, realizará o monitoramento das principais espécies do ambiente agrícola. “No futuro, poderemos incluir o estudo de plantas daninhas das silviculturas. Estamos conscientes da importância do setor e trabalhamos em constante parceria com a nossa unidade de saúde ambiental para encontrar as melhores soluções para o setor”, explicou Adoryan.
Laboratório para análise de resistência a fungicidas, herbicidas e inseticidas
Laboratório para análise de resistência a fungicidas, herbicidas e inseticidas
Já no caso do Centro de Tecnologia de Aplicação, por se tratar, essencialmente, de orientações para boas práticas agrícolas, como a correta regulagem e calibração de implementos, métodos para evitar deriva, manuseio correto e seguro de produtos e segurança ambiental, são recomendações que devem ser compartilhadas e seguidas com a cadeia produtiva, independente da cultura.
Por isso, segundo Marcio Adoryan, o mercado florestal vem adotando práticas comuns aos cultivos “tradicionais”, como o emprego de pulverizadores auto propelidos para aplicação de herbicidas, por exemplo. “Desta forma, as tecnologias e recomendações de aplicação também podem ser utilizadas em florestas. No começo de novembro, tivemos a visita de colaboradores, clientes, consultores e pesquisadores da área florestal, onde pudemos apresentar nosso centro e discutir assuntos relacionados ao manejo de plantas daninhas”, disse Adoryan.
Fonte: Painel Florestal 

Dinagro lança aplicativo e fica ainda mais próxima do produtor rural

O objetivo é facilitar o acesso às informações sobre as formigas cortadeiras

Dinagroapp ou Guia Dinagro é o nome do aplicativo que a empresa lançou com o objetivo de facilitar o acesso às informações sobre formigas cortadeiras e seu controle. De acordo com Maria Fernanda Simões, consultora técnica da Dinagro, por estar sempre na vanguarda de soluções inovadoras para o setor agrícola e florestal, a Dinagro sentiu a necessidade de criar o aplicativo.
Tela inicial do aplicativoEm termos práticos, a ideia é aproximar – ainda mais – a empresa do produtor rural de maneira rápida, fácil, gratuita e ilustrativa. “A Dinagro entrou na era digital e lançou o primeiro aplicativo para celulares e tablets sobre formigas cortadeiras, o Dinagroapp ou Guia Dinagro”, disse Fernanda Simões. A consultora técnica informou ainda que desde o lançamento do aplicativo – no segundo semestre deste ano - houve um retorno muito positivo por parte dos produtores rurais, pelo fato da ferramenta proporcionar o estreitamento da relação entre fornecedor e cliente, com a disseminação de informações importantes ao controle efetivo de formigas cortadeiras.
Segundo Fernanda Simões, o acesso à informação sempre foi uma necessidade e o aplicativo é uma oportunidade de supri-la, principalmente porque oferece agilidade na aquisição de informações - tanto pelo material disponibilizado, como pela interação com a equipe técnica da Dinagro. Para utilizar o aplicativo, o usuário deve baixar o Dinagroapp ou Guia Dinagro na PlayStore ou AppleStore de seu smartphone ou tablet e, após a instalação gratuita, o usuário poderá navegar nas opções de menu de seu interesse.
O Dinagroapp contém informações sobre as principais espécies de cortadeiras, os danos que elas causam aos reflorestamentos, o método e a época adequada ao controle, o modo de aplicação da isca formicida Dinagro-S, bem como os cuidados que devem ser tomados na aplicação do formicida. O aplicativo apresenta diversas fotos que auxiliam o usuário a identificar os ninhos de saúvas e de quenquéns, os olheiros de alimentação que receberão as doses do produto e também ilustrações de como fazer a medição do ninho de saúva para uma correta aplicação de doses de formicida.
Na avaliação de Fernanda Simões, o diferencial deste aplicativo é que em breve será disponibilizada uma ferramenta que permitirá aos usuários realizar um mapeamento de ocorrência de saúvas no Brasil. “Cada usuário poderá indicar a localidade onde encontrou determinada espécie de saúva e estas informações serão disponibilizadas no próprio app, com o intuito de atualizar os dados sobre a distribuição das cortadeiras no país”, explicou Simões.
Para ela, o aplicativo oferece como vantagem a agilidade na obtenção de informações sobre o controle das formigas cortadeiras e a prática interação com a equipe técnica a partir do “Fale conosco”. O objetivo do Dinagroapp é que o usuário esteja bem informado sobre todos os tópicos inerentes ao controle das formigas cortadeiras. O aplicativo permite que o usuário conheça sobre a praga, saiba identificar o ninho, fazer a medição, aplicar o produto da maneira correta e desta forma o tornar-se habilitado para o controle dessa praga agrícola e florestal.
No item “Produtos” ou “Isca Formicida Dinagro-S” do menu é possível conhecer os produtos da Dinagro, sua constituição e características ideais, o modo de ação da isca dentro do formigueiro e também ter acesso rápido à bula do produto. A isca formicida Dinagro-S é comercializada nas versões à granel (500 g e 5 Kg) e microembalagem biodegradável – MEBIO ( 5 e 10 g).
Fonte: Painel Florestal

Fibria fornece detalhes sobre financiamentos ligados à expansão do projeto Horizonte 2

Fontes de crédito combinam caixa próprio, operações com bancos, Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), BNDES, Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO) e agências estrangeiras de crédito à exportação

A Fibria já estruturou todo o financiamento para o Projeto Horizonte 2, que ampliará a capacidade de produção de sua Unidade de Três Lagoas, localizada no Estado do Mato Grosso do Sul. O investimento total foi revisado para R$ 8,7 bilhões, equivalente a cerca de US$ 2,2 bilhões, uma redução do Capex (investimento de capital) inicial de US$ 2,5 bilhões.
Unidade da Fibria em Três Lagoas (MS)
Unidade da Fibria em Três Lagoas (MS)
Segundo o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Fibria, Guilherme Cavalcanti, a combinação de financiamento e capital próprio permitiu que a companhia chegasse a um custo médio de 2% ao ano, em dólar. A solução financeira para o projeto irá melhorar a qualidade de crédito da companhia, reduzindo o juro médio de 3,3% para 2,8%, com vencimento com prazos mais longos.
Cerca de 30% do volume total do financiamento – o equivalente a R$ 2,6 bilhões – virão da forte geração de caixa da Fibria, que vem registrando recordes operacionais consistentes.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá financiar R$ 1,7 bilhão, caso o projeto, em fase de análise, venha a ser aprovado, o que representa cerca de 20% do total. Para esse crédito, a Fibria se enquadrou no Programa de Incentivo ao Mercado de Renda Fixa do BNDES/Anbima e já realizou a emissão de títulos de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que dará acesso a uma parcela maior do crédito do BNDES em TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). Emitido pela primeira vez pela Fibria, o CRA teve uma forte demanda e ajudou a estimular o mercado de capitais nacional, com recorde de investidores distribuindo o título: uma participação de 34 corretoras de valores mobiliários. A emissão foi de R$ 675 milhões, com taxa de 99% do CDI.
A Fibria tem ainda um financiamento de R$ 1 bilhão enquadrado no projeto da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO). O enquadramento saiu em outubro e a expectativa é de conclusão da operação até o final de dezembro.
No mercado externo, a Fibria acessou duas linhas, sendo US$ 400 milhões em empréstimo sindicalizado, via pré-pagamento de exportação, com custo médio de taxa Libor mais 1,43% e prazo médio de 5 anos; e outros US$ 300 milhões com a agência de crédito de exportação Finnvera (Finlândia), que financia equipamentos deste país.
“Como possui grau de investimento pelas agências de classificação de risco, a Fibria conseguiu, ao estruturar o financiamento do projeto Horizonte 2, acessar as melhores oportunidades de mercado, com linhas aderentes ao perfil do fluxo de caixa da empresa, com contrapartidas das melhores instituições internacionais de crédito”, afirma o gerente geral de Tesouraria, Marcelo Habibe.
O Projeto Horizonte 2
As obras do projeto Horizonte 2 já começaram e seguem dentro do cronograma. No dia 30 de outubro foi realizado o lançamento da pedra fundamental do projeto, que deve entrar em operação no último trimestre de 2017.
A nova linha de produção de celulose da Fibria em Três Lagoas (MS) irá gerar, ao longo das obras, 40 mil postos de trabalho. Ao final do projeto, 3 mil postos de trabalho serão criados, entre diretos e indiretos.
A celulose produzida pela Fibria em Três Lagoas, além de ser vendida ao mercado interno, é levada por transporte ferroviário até o Porto de Santos (SP), de onde é exportada para os mercados europeu, norte-americano e asiático. Somando todas as unidades da empresa, a capacidade total de produção passará dos atuais 5,3 milhões de toneladas de celulose/ano para mais de 7 milhões de toneladas de celulose/ano, consolidando a Fibria como a maior produtora mundial de celulose de eucalipto.
Sobre a Fibria
Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria é uma empresa que procura atender, de forma sustentável, à crescente demanda global por produtos oriundos da floresta. Com capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, a companhia conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a Stora Enso. Em maio de 2015, a Fibria anunciou a expansão da unidade de Três Lagoas, que terá uma nova linha com capacidade produtiva de 1,75 milhão de toneladas de celulose por ano. A previsão é que a nova fábrica comece a operação no quarto trimestre de 2017. A companhia possui 967 mil hectares de florestas, sendo 563 mil hectares de florestas plantadas e 343 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental. A celulose produzida pela Fibria é exportada para mais de 40 países.
Fonte: Painel Florestal 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Morre patrono da pesquisa em Celulose no Brasil

É com pesar que o CI Florestas divulga o falecimento do Professor Aposentado, voluntário do Laboratório de Celulose e Papel do Departamento de Engenharia Florestal da UFV, Dr. José Lívio Gomide. O velório será na Capela do Hospital São João Batista e o enterro será amanhã (31/12) às 9h na Colina da Saudade em Viçosa - MG.


Dr. Jose Lívio Gomide
Dr. José Lívio Gomide formou-se em 1965, em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná. Foi contratado pela Universidade Federal de Viçosa em 1966 para lecionar e desenvolver estudos na área de Tecnologia da Madeira. Em 1972 concluiu o curso de Magister of Science na University of Maine - USA, tendo concluído neste mesmo ano o "Five - Year Course in Pulp and Paper Management" pela mesma Universidade.

No período de 1975 a 1978, realizou estudos na North Carolina State University - USA, tendo recebido o título de Ph.D. por esta universidade em 1978. Atuou como professor visitante no Department of Wood and Paper Science no período de julho/1991 a janeiro/1993. Foi eleito em 2002 pela “Fellow of the International Academy of Wood Science”, sociedade internacional científica e honorífica, que elege seus membros “em reconhecimento às suas contribuições para as ciências da madeira".

Foi agraciado em 2003 pela Universidade Federal de Viçosa, com a Medalha de Ouro (Peter H. Rolfs) do Mérito em Pesquisa, em reconhecimento às suas relevantes atividades de pesquisas, que resultaram em efetiva contribuição ao desenvolvimento da Ciência e Tecnologia. 

Em 2006, foi agraciado com o título honorífico de “Tappi Fellow” conferido a um seleto grupo de membros desta associação técnica norte-americana, em reconhecimento aos destacados serviços e contribuições prestados à associação e à indústria de celulose e papel. 

José Lívio aposentou-se em 2013, mas atuava como Professor Voluntário no Laboratório de Celulose e Papel desenvolvendo pesquisas e lecionando disciplinas de Pós-Graduação nas áreas de Tecnologia e Química de Celulose e de Qualidade da Madeira.

O Ci Florestas presta aqui sua homenagem e profundo pesar pela perda do grande amigo e patrono da pesquisa em celulose no Brasil. Descanse em paz Professor José Lívio.

Fonte: Polo de Excelência em Florestas

Inflor anuncia expansão de sua participação nos negócios na Europa

Projeto fortalece e suporta a estratégia florestal da Altri, de otimização da capacidade produtiva florestal através da implementação de um modelo silvícola de longo prazo

A Inflor iniciou mais um importante projeto em solo europeu, desta vez na Altri Florestal, e consolida sua participação como principal player de sistemas de gestão florestal em Portugal.
Este projeto fortalece e suporta a estratégia florestal da Altri, de otimização da capacidade produtiva florestal através da implementação de um modelo silvícola de longo prazo, capaz de garantir um nível de rentabilidade adequado, gerido de forma sustentável e com a aplicação das melhores práticas florestais.
A gerente de projetos da Inflor , Ana Karyna Teixeira, explica que este projeto visa proporcionar o acesso mais rápido às informações, a implementação de forte integração entre as diversas áreas de planejamento e controle florestal, resultando na consolidação de informações estratégicas das três unidades de negócio para alta gestão.
Serão implantados os processos florestais de angariação de terras (prospecção e simulação de viabilidade), gestão de contratos, cadastro florestal e GIS, produção florestal (silvicultura), exploração florestal (colheita), ocorrências de eventos, retalhonamento (exaustão), viveiro de produção mudas e planejamento de exploração florestal. Para maior automação da integração dos processos florestais com a gestão corporativa serão implementadas várias interfaces com o ERP SAP e também a implantação dos módulos PM, PP e RE-FX, conclui Teixeira.
Miguel Silveira, administrador da Altri Florestal comenta: "Considero que a implementação do SGF na Altri é uma oportunidade para o aumento da eficiência das nossas rotinas de trabalho e também para o alcance de um nível superior na tomada de decisões relacionadas com o negócio florestal".
Luís Ferreira, responsável pelo projeto na Altri, acrescenta: "Esperamos que o sistema proporcione uma maior integração dos nossos processos de negócio e que forneça a informação essencial à nossa gestão florestal, possibilitando um controlo eficiente das principais variáveis de produção e dos valores financeiros envolvidos".
Sobre a Altri
A Altri é uma empresa de referência europeia na produção de pasta de eucalipto e na gestão florestal. Atualmente a Altri possui três fábricas de pasta de eucalipto branqueado - a Celbi, a Caima e a Celtejo - com uma capacidade anual nominal de cerca de 900 mil toneladas. A gestão florestal é uma atividade central da Altri, que gere em Portugal cerca de 82 mil hectares de floresta certificada.

Sobre a Inflor
A Inflor está mudando a maneira de gerenciar ativos biológicos ao redor do mundo. Desde sua criação, colabora com as pessoas que possuem a incrível missão de plantar e colher, com isso, já são mais de 5 milhões de hectares espalhados em 4 continentes. Com um histórico de mais de 20 anos de experiência, suas soluções auxiliam as pessoas a maximizarem a performance na administração de ativos florestais e agrícolas, permitindo que empresas e produtores alavanquem seus ganhos através do uso consciente dos recursos naturais e respeito socioambiental. Sua essência está na transformação da tecnologia em verdadeiras raízes http://www.inflor.com.br.
Fonte: Painel Florestal 

Fábrica da Klabin é o ponto de partida do Scorpion Tour da Ponsse no Brasil

O harvester Ponsse Scorpion será exibido nesta quinta-feira, 17, no município de Telêmaco Borba, no interior do Paraná

A exibição do harvester Ponsse Scorpion será na fábrica da Klabin em Telêmaco Borba
A exibição do harvester Ponsse Scorpion será na fábrica da
 Klabin em Telêmaco Borba
Com a chegada do harvester Ponsse Scorpion, a América Latina e a Ponsse Brasil planejaram um grande tour da máquina pelas principais capitais da colheita florestal do país. Para início da viagem, o local escolhido foi Telêmaco Borba - Paraná, cidade sede da Klabin, um dos clientes Ponsse. O evento irá acontecer nesta quinta-feira, 17, na fazenda Monte Alegre, onde a empresa irá receber os clientes para conhecer em primeira mão a máquina que revolucionou o mercado florestal.
O Scorpion foi lançado na Suécia em 2013, durante a maior feira florestal do mundo, que é a Elmia Wood e, desde o seu lançamento, foi um sucesso absoluto de mercado pelas novas características apresentadas e também pelas inovações tecnológicas que a máquina trouxe ao mercado florestal.
Como de habitual na linha de produtos Ponsse, o harvester Ponsse Scorpion foi desenvolvido para melhorar o trabalho do operador florestal e a produtividade da colheita. Sendo assim, o Scorpion possui grandes destaques, e entre eles está a sua cabine giratória que permite uma visibilidade excelente por todas as direções, a nova grua C50 desenvolvida especialmente para a máquina e que permite que a operação seja eficiente por ser projetada para não atrapalhar no momento da escolha da árvore pelo operador.
Além da visibilidade oferecida, a máquina também conta com um sistema de balanceamento e nivelamento especial. A cabine do harvester Ponsse Scorpion foi colocada em um eixo separado no centro da máquina e independente do resto da máquina. Ou seja, em todos os momentos do trabalho a cabine mantém o operador nivelado, mesmo nos terrenos mais difíceis, o que garante um conforto e uma ergonomia muito melhor para o operador durante todo o período de trabalho.
O desenvolvimento e criação do harvester Ponsse Scorpion foi o último grande desejo do fundador da Ponsse, Einari Vidgrén, que faleceu em 2010. Einari sonhava com uma máquina florestal que iria mudar completamente a forma de ver do setor florestal, algo tão inovador e que facilitasse a forma de ver a colheita. O Scorpion é resultado de 45 anos de trabalho de uma empresa que se dedica para ser sempre a melhor amiga do produtor florestal.
Fonte: Painel Florestal 

Pöyry conquista novo contrato de serviço para a fábrica de celulose da Fibria em Três Lagoas

O Projeto Horizonte 2 terá capacidade anual de produzir 1,75 milhão de toneladas de celulose branqueada de eucalipto

A Fibria, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, selecionou a Pöyry para prestação de serviços na modalidade EPCM (Engineering, Procurement, Construction and Management) para a realização do BOP (Balance of Plant) do Projeto Horizonte 2, no Brasil. Os serviços cobrem as interligações entre todas as áreas de processo, os turbogeradores e sistemas de distribuição de vapor, a central de resfriamento de água e outros sistemas complementares.
Unidade da Fibria em Três Lagoas
Unidade da Fibria em Três Lagoas
A capacidade de produção anual projetada é de 1,75 milhão de toneladas de celulose branqueada de eucalipto, e a partida da planta está prevista para o último trimestre de 2017. A nova fábrica de celulose será construída em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, onde a Fibria já possui uma planta (Horizonte 1), produzindo 1,3 milhão de toneladas de celulose branqueada de eucalipto desde 2009. Para o projeto Horizonte 1, a Pöyry foi responsável pelos estudos conceitual e ambiental, bem como pelo BOP, EPCM e gerenciamento global.
Considerada estado da arte, a nova fábrica de celulose contará com as melhores tecnologias disponíveis e as melhores práticas ambientais. Com a expansão, a capacidade total de produção da Fibria vai passar de 5,3 milhões para mais de 7 milhões de toneladas de celulose por ano.
A Pöyry está envolvida com o projeto desde janeiro de 2011, quando foi selecionada pela Fibria para a realização dos estudos conceitual e ambiental do projeto.
“Este acordo reforça a posição da Pöyry como líder mundial em consultoria e engenharia em celulose e papel, e é o resultado da combinação da expertise de uma série de disciplinas complementares na companhia”, diz Marcelo Cordaro, presidente da Pöyry para América Latina. O valor do contrato não foi divulgado.
Sobre a Pöyry
A Pöyry é uma empresa multinacional de engenharia e consultoria, dedicada a um modelo de sustentabilidade equilibrada – balanced sustainability – e gestão responsável, que atende, globalmente, a clientes no setor industrial e de energia, e presta serviços localmente a diversos mercados estratégicos. Com atuação focada em qualidade e integridade, realiza consultoria técnica e estratégica e serviços de engenharia sustentados por uma vasta experiência e capacidade de implantação de projetos. Atua nos segmentos de energia (geração, transmissão e distribuição), florestal, papel e celulose, químicos e biorrefinaria, mineração e metalurgia, infraestrutura e água.
No Brasil, a Pöyry iniciou atividades em 1974, tendo criado a sua subsidiária brasileira em 1999. Nesse período, aumentou o seu escopo de atuação, ingressando ainda mais nas áreas de consultoria e gerenciamento de projetos, além dos serviços de engenharia de fábrica. Atualmente, conta com mais de 600 colaboradores no País e atende mais de 50 clientes, de diversos setores.
Globalmente, a empresa possui mais de 6.000 especialistas, além de uma extensa rede de escritórios locais. O faturamento do grupo em 2014 foi de 571 milhões de euros, e as ações da empresa estão cotadas na bolsa NASDAQ OMX Helsinki.
Fonte: Painel Florestal 

Fibria integra a carteira do índice de sustentabilidade da Bolsa de Nova York

Empresa é destaque do setor de Produtos Florestais e Papel nos Mercados Emergentes.

Unidade industrial localizada em Aracruz, no Espírito Santo.
Unidade industrial localizada em Aracruz, no Espírito Santo.
A Fibria foi selecionada para compor a carteira de ações para o período 2015-2016 do índice Dow Jones de Sustentabilidade de Mercados Emergentes (DJSI Emerging Markets), da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). O DJSI é a principal referência em sustentabilidade do mercado para companhias de capital aberto.
No DJSI Emerging Markets 2015-2016, somente duas empresas do setor de Produtos Florestais e Papel foram selecionadas entre as oito que concorreram: as brasileiras Fibria e Duratex. O anúncio das carteiras 2015/2016 do Índice Dow Jones de Sustentabilidade aconteceu no dia 10 de setembro pela RobecoSAM, empresa independente focada em investimentos sustentáveis, com sede na Suíça.
Para o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, seguir na carteira do DJSI Emerging Markets evidencia o compromisso da companhia com a sustentabilidade. “A permanência da Fibria no principal índice global de sustentabilidade é um reconhecimento aos esforços da empresa nas áreas ambiental, social, na governança corporativa e na nossa atuação para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, além de contribuir para ampliar a nossa credibilidade perante os acionistas e investidores”, afirmou.
Fonte: Painel Florestal 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

ILPF agora está na mira de produtores rurais em Dourados

Esse tema foi debatido por pesquisadores da Embrapa e técnicos da Copasul com cerca de 80 inscritos

Embrapa mostra que a ILPF é o melhor caminho para o produtor rural
Embrapa mostra que a ILPF é o melhor caminho para o produtor rural
A adoção de sistemas sustentáveis de produção nas propriedades rurais de Mato Grosso do Sul pode e precisa ser ampliada. Segundo pesquisador Júlio Cesar Salton, da Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, Mato Grosso do Sul, ainda existem propriedades que realizam o monocultivo da soja ao invés da rotação de culturas, o que intensifica os problemas sanitários, aumenta o custo de produção e deixa a produtividade média da cultura estagnada. Soma-se a isso, o fato de ainda existir milhões de hectares de pastagens degradadas no Estado.
Esse tema foi debatido por pesquisadores da Embrapa e técnicos da Copasul com cerca de 80 inscritos - entre técnicos, produtores rurais, estudantes e professores de ciências agrárias, no Dia de Campo "Sistemas integrados de produção agropecuária (Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta)", realizado em 9 de dezembro. O evento foi na Fazenda Copasul II, onde estão os experimentos da Embrapa Agropecuária Oeste (que somam uma área de 31 hectares).
Para o superintendente da Copasul, Gervásio Kamitani, a possibilidade de melhorar a produção de carne da região de Naviraí associada à produção de grãos deve ser aproveitada pelos produtores. "É uma grande oportunidade de aumentarmos a produção de carne, investir na produção de culturas e diversificar sem perder de vista a sustentabilidade", disse Kamitani.
Antônio Oliveira, superintendente de planejamento da Secretaria de Produção e Agricultura Familiar de MS (Sepaf/MS), representando o secretário Fernando Lamas, lembrou que o governo do Estado vai colocar em prática, em 2016, o Programa de Recuperação de Pastagens Degradadas. Entre as ações do programa, estão financiamentos por meio do FCO, entre outros; instalação e ampliação de armazéns e capacitação continuada. "Este modelo de Dia de Campo, como o realizado pela Copasul e Embrapa, é um exemplo de transferência de tecnologia que pode e deve ser adotado", avaliou Oliveira.
O pesquisador Guilherme Asmus, chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), falou que ainda existe vazio demográfico e vazio tecnológico em Mato Grosso do Sul, mas que devem ser vistos como oportunidade para o desenvolvimento do Estado. "Estamos em um Estado que possui cerca de dois milhões de habitantes. Estamos indo bem, mas ainda temos espaço para mais desenvolvimento. E devemos colocar em prática as tecnologias que estão ao dispor para o setor agropecuário e buscar sistemas de produção adequados à realidade regionais", afirmou.
Lavoura, pecuária e floresta
Muitas áreas de pastagens da região de Naviraí estão degradadas e precisam ser recuperadas. O cultivo da soja integrado ao sistema, no mínimo, cobre os custos da recuperação dos pastos. Porém, só é viável cultivar a soja em Sistema Plantio Direto (palha e correção). Mas para o sistema plantio direto ser eficiente, é preciso ter uma boa pastagem, por isso o mais indicado é realizar a integração lavoura-pecuária.
No caso da região de Naviraí, a indicação é o Sistema São Mateus: correção química e física do solo com formação de palhada para o plantio direto da sequência soja/pasto/pasto/soja.
Com a integração lavoura-pecuária (ILP), a temperatura é mais amena devido à palhada que está no solo. Na integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), além desse benefício, a árvore contribui para amenizar a temperatura. Esse fator é importante, principalmente nos chamados veranicos, que são os períodos de chuvas irregulares. Quanto menos a temperatura do solo e da planta, menor a evapotranspiração.
Outro benefício da ILP/ILPF é a redução na emissão de gases de efeito estufa. Nesses sistemas, existe o acúmulo de carbono no solo e árvores, reduzindo sua emissão para atmosfera; não há perdas de solo por erosão; diminui-se o tempo de abate dos animais (ou seja, menor emissão de metano para atmosfera); potencializa-e o uso de insumos, como fertilizantes, combustível, sal mineral, pesticidas, entre outros; aumenta-se a produtividade com menor emissão de gases de efeito estufa por quilo de produto.
Realização
A realização do Dia de Campo foi da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Embrapa Gado de Corte e Cooperativa Agrícola Sul Matogrossense (Copasul - Naviraí, MS). O evento faz parte de uma das atividades do Projeto Integração Lavoura-Pecuária/Rede de Fomento em ILPF.
Fonte: Embrapa Agropecuária Oeste

Fibria inaugura o primeiro apiário experimental da Costa Leste

O objetivo é contribuir para o fortalecimento da apicultura na região

Com o intuito de disseminar conhecimentos e técnicas que fortalecerão a cadeia produtiva da apicultura no Mato Grosso do Sul, a Fibria, em parceria com a Syngenta, inaugurou, na última sexta-feira (11), o primeiro Apiário Experimental da região Costa Leste de Mato Grosso do Sul.
O apiário está localizado em Três Lagoas (MS) e tem o apoio da SyngentaLocalizado na Fazenda Palmito, próximo à fábrica da Fibria em Três Lagoas (MS), o local possui estrutura semelhante a um centro de pesquisas, no qual será possível realizar estudos para o melhoramento das abelhas, incluindo desde a seleção até a multiplicação da espécie.
O apiário atenderá 133 apicultores de cinco associações beneficiadas pelo Programa Colmeias. A ideia é compreender a abelha na sua totalidade e descobrir quais são as potencialidades que podem e devem ser multiplicadas. Todo o conhecimento adquirido por meio do desenvolvimento dessas pesquisas será disseminado entre os associados do programa.
“O objetivo é desenvolver novas técnicas que permitam melhorias nutricionais e genéticas, com avanços no monitoramento das abelhas e na produtividade do mel”, afirma Flávia Tayama, coordenadora de Sustentabilidade da Fibria.
Apicultores recebendo instruçõesApicultores recebendo instruções
Parceira da Rede Responsável, a Syngenta, por meio do The Good Growth Plan - seu Plano de Agricultura Sustentável - desenvolve atividades que demonstram que é possível harmonizar o trabalho de agricultores e apicultores, preservar a biodiversidade e promover as cadeias produtivas de alimentos, como a do mel, proporcionando a melhoria na geração de renda e qualidade de vida das comunidades.
“Entendemos que a manutenção das populações de abelhas saudáveis e os serviços de polinização que elas fornecem são essenciais para promover a biodiversidade e um sistema agrícola próspero. Estamos certos de que o apiário experimental, desenvolvido em parceria com a Fibria, se tornará uma importante referência no país para essa questão”, explica Rose Rodrigues, diretora de Registro da Syngenta.
Rede Responsável
Ferramenta de compartilhamento de investimento socioambiental da Fibria, a Rede Responsável nasceu dos aprendizados decorrentes dos projetos de investimento orientados para o desenvolvimento econômico e social das comunidades com as quais se relaciona, da necessidade de consolidar os princípios de sustentabilidade às práticas da Fibria de engajar mais empresas aos processos de desenvolvimento local.
A Fibria, por meio da Rede Responsável, atua como elo entre as organizações parceiras e as associações beneficiadas, prestando todo o suporte necessário para a gestão dos projetos e prestação de contas dos investimentos realizados, transferindo aos parceiros as experiências e vivências relacionadas ao conhecimento adquirido com os projetos de investimento socioambiental.
Programa Colmeias
O Colmeias é um programa que atua em três eixos: organização e gestão das associações, produção e comercialização do mel. Tem como objetivo contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos apicultores, gerando trabalho e renda por meio do desenvolvimento e aperfeiçoamento da cadeia apícola. As colmeias são instaladas em áreas da Fibria, onde as florestas estão em fase de floração, para que as abelhas se utilizem do néctar para a produção do mel.
Somente em Mato Grosso do Sul o programa conta com a participação de 133 apicultores que residem nos municípios vizinhos às operações da Fibria: Três Lagoas, Brasilândia, Água Clara e Selvíria.
A empresa Zapata Consultoria, especializada em consultoria apícola e referência na América Latina, fornece conhecimento e novas técnicas aos apicultores. O intuito é aumentar a produtividade média do mel em curto prazo em meio às florestas plantadas da unidade.
O Programa Colmeias está alinhado aos objetivos e metas da Fibria, que são o desenvolvimento local de forma integrada e compartilhada com as comunidades rurais vizinhas e a produção autossustentável de culturas alimentícias junto aos plantios de eucalipto. Além disso, o projeto promove a diversificação das atividades agrícolas, a geração de renda em regiões onde a Fibria atua e, principalmente, a qualidade de vida das pessoas inseridas neste contexto.
Sobre a Fibria
Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria é uma empresa que procura atender, de forma sustentável, à crescente demanda global por produtos oriundos da floresta. Com capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, a companhia conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a Stora Enso. Em maio de 2015, a Fibria anunciou a expansão da unidade de Três Lagoas, que terá uma nova linha com capacidade produtiva de 1,75 milhão de toneladas de celulose por ano. A previsão é que a nova fábrica comece a operação no quarto trimestre de 2017. A companhia possui 967 mil hectares de florestas, sendo 563 mil hectares de florestas plantadas e 343 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental. A celulose produzida pela Fibria é exportada para mais de 40 países.
Fonte: Painel Florestal