terça-feira, 27 de novembro de 2012

Desmatamento na Amazônia Legal é o menor já registrado, diz governo


Floresta perdeu 4.656 km² entre agosto de 2011 e julho de 2012.
Número é 27% menor que o do ano anterior, informa ministério.


A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, divulgou nesta terça-feira (27), que a Amazônia Legal (área que engloba os estados que possuem vegetação amazônica - todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão) registrou o menor índice de desmatamento desde que foram iniciadas as medições, em 1988, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

De acordo com dados do sistema conhecido como Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), entre agosto de 2011 e julho de 2012 houve o desmatamento de 4.656 km² de floresta, área equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade São Paulo.

O índice é 27% menor que o total registrado no período entre agosto de 2010 e julho de 2011 (6.418 km²). Foi a menor taxa desde que o instituto começou a fazer a medição, em 1988. “Arrisco a dizer que foi a única notícia ambiental positiva que o planeta teve esse ano”, disse a ministra.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante coletiva realizada nesta terça-feira em Brasília (Foto: Brenda Brandão/G1)Segundo o governo, a margem de erro da estimativa é de 10% e os dados finais do levantamento devem ser divulgados no próximo ano.

Os dados do Prodes consolidam informações coletadas ao longo de um ano por satélites capazes de detectar regiões desmatadas a partir de 6,25 hectares. São computadas apenas áreas onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – característica denominada corte raso.

Desmatamento por estados

Dados do Inpe apontam que no período avaliado, o Pará foi o estado que mais desmatou a Amazônia. Em um ano, foi responsável por devastar mais de um terço da área desmatada registrada pelo sistema Prodes (1.699 km²).

Apesar do Pará ainda liderar o desmate do bioma, Izabella Teixeira afirmou que houve uma queda significativa na degradação registrada na região. “O desmatamento caiu 44% em relação ao ano passado, o que nos deixa muito feliz. E a tendência é cair ainda mais".

Mato Grosso foi o segundo estado que mais devastou a floresta (777 km²), seguido de Rondônia (761 km²), Amazonas (646 km²), Acre (308 km²) e Maranhão (267 km²). Completam a lista Roraima (114 km²), Tocantins (53 km²) e Amapá (31 km²).

Desmatamento Amazônia 2012 (Foto:  )

Ações de combate
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), entre agosto de 2011 e julho de 2012 foram realizados 3.456 autos de infração na região da Amazônia Legal.

A ministra argumentou que o governo tem realizado ações, o que teria contribuído para a queda na taxa de devastação da Amazônia. "Há um equívoco dizer que a União não vai intervir contra as práticas do desmatamento. Vamos pegar [as irregularidades] sim, de todo mundo" disse Izabella.

Ela disse ainda que ações ilegais na florestas têm sido realizadas com o uso de táticas de camuflagem. Segundo a ministra, tratores têm sido pintados de verde para que possam ser confundidos com a vegetação, impossibilitando que agentes encontrem os materiais.

Fiscalização eletrônica

O governo anunciou ainda que a partir do próximo ano o Ministério do Meio Ambiente vai utilizar um sistema eletrônico para autos de infração, que será ligado a um banco de dados central. Segundo a ministra, a fiscalização, que deverá ser feita pelo Ibama, vai ser utilizada em todo o Brasil.

O sistema poderá ser utilizado para controle ambiental, combate a incêndios, licenciamento ambiental, além do Cadastro Ambiental Rural (CAR), criado a partir do novo Código Florestal, e que concentra dados de todos os imóveis rurais do país, a partir de imagens de satélite.

O objetivo do novo sistema é evitar erros, que anulavam processos de infrações. Ele custará R$ 15,7 milhões e passará a ser utilizado a partir de janeiro de 2013. "Esperamos assim, coibir o crime ambiental de uma vez por todas", disse a ministra.

As informações foram divulgadas em coletiva realizada em Brasília, que contou ainda com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e o diretor do Inpe, Leonel Pedondi.

Estados da Amazônia Legal
Desmate registrado
(em km²)
Pará
1.699
Mato Grosso
777
Rondônia
761
Amazonas
646
Acre
308
Maranhão
267
Roraima
114
Tocantins
53
Amapá
31

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

As 10 florestas mais ameaçadas do mundo


O Ano Internacional das Florestas foi lançado oficialmente hoje pela ONU. Para enfatizar a data e alertar para a importância da preservação, a ONG Conservação Internacional divulga as florestas que mais correm o risco de sumirem do mapa. Com apenas 10% de sua cobertura vegetal original, a Mata Atlântica, na costa brasileira, é uma delas


Elas cobrem apenas 30% da área do planeta. Ainda assim, abrigam 80% da biodiversidade terrestre mundial. As florestas também são diretamente importantes para a sobrevivência dos humanos. Estima-se que 1,6 bilhão de pessoas dependem delas para garantir o seu sustento. Além disso, muitas das necessidades mais básicas para a sobrevivência do homem na Terra veem das interações entre as espécies de plantas e animais com os ecossistemas, como a polinização de safras agrícolas, os solos saudáveis, os remédios, o ar puro e a água doce. 


Apesar de terem tanta importância, a devastação vem destruindo as florestas. Com o objetivo de alertar todo o mundo para a necessidade de conservá-las, a ONU declarou 2011 como o Ano Internacional das Florestas (Leia 2011 é o Ano Internacional das Florestas), que é inaugurado oficialmente hoje, em Nova York. A ONG CI - Conservação Internacional* aproveita a ocasião para divulgar os dez hotspots florestais mais ameaçados de extinção do mundo. Para ser considerado um hotspot, área deve ter riqueza biológica extrema, índice elevado de espécies únicas de animais e plantas, além de estar altamente degradada, com grande risco de desaparecer. No caso da lista de hotspots florestais, a CI considerou florestas que já perderam 90% ou mais de sua cobertura original e que abrigam, cada uma, pelo menos 1.500 espécies de plantas endêmicas (que só existem naquele local). 



A lista inclui florestas no sudeste asiático, na Nova Zelândia, nas montanhas do centro-sul da China, na região costeira da África Oriental e na ilha de Madagascar. O Brasil aparece por conta da Mata Atlântica, que abriga cerca de 20 mil espécies de plantas, 40% delas endêmicas. Atualmente, o bioma ameaçado tem apenas 8% do que era a sua cobertura original. Veja na tabela abaixo a classificação dos hotspots florestais:





“As florestas estão sendo destruídas a uma taxa alarmante para dar lugar a pastagens, plantações, mineração e expansão de áreas urbanas. Com isso, estamos destruindo nossa própria capacidade de sobreviver,” alerta Olivier Langrand, diretor de política internacional da CI. Ele lembra que, além de prestar serviços vitais para os humanos, as florestas têm potencial econômico, de prevenção de erosão e, ainda, de absorção do carbono, gás que contribui para o aquecimento global. 



Para o fornecimento de água, elas também são essenciais. A CI divulga que cerca de três quartos da água doce acessível do mundo vêm de vertentes florestais. Além disso, dois terços de todas as maiores cidades de países em desenvolvimento dependem de uma floresta em sua proximidade para o suprimento de água limpa. Segundo Tracy Farrell, diretora do Programa de Conservação de Água Doce da ONG, fora as instalações de dessalinização, que são economicamente muito caras, a única forma de manter nosso suprimento de água doce é proteger as florestas remanescentes. 



A CI ainda chama a atenção da contribuição das florestas para a estabilização do clima. De acordo com a ONG, os dez hotspots florestais mais ameaçados do mundo armazenam mais de 25 gigatons de carbono. Por outro lado, o desmatamento representa aproximadamente 15% das emissões totais de gases do efeito estufa. 



O alerta da ONG também é dirigido aos governos, para que eles repensem seus programas de proteção e preservação de suas floresta, como afirma Langrand. “Florestas saudáveis nos oferecem os melhores meios econômicos para enfrentar os diversos desafios ambientais da mudança climática e a crescente demanda por produtos florestais”, diz.

Crime organizado explora até 90% da madeira de florestas tropicais do mundo, diz ONU


Greenpeace denunciou extração ilegal de madeira para uso em carvoarias. Crime organizado lucra até US$ 100 bi por ano com atividade
O crime organizado é responsável por até 90% da exploração madeireira nos principais países tropicais da Bacia Amazônica, da África Central e do Sudeste da Ásia. Isto ameaça os esforços para combater a mudança do clima, o desmatamento, a conservação da fauna e a erradicação da pobreza, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela ONU (Organização das Nações Unidas). 


A extração ilegal de madeira responde de 15% a 30% do comércio global, o que corresponde a um total entre US$ 30 bilhões e US$ 100 bilhões por ano (cerca de R$ 60 bilhões e R$ 200 bilhões, respectivamente), segundo novo relatório do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e da Interpol, apresentado na Conferência Mundial sobre Florestas, em Roma, na Itália.

 O relatório Carbono Verde: Comércio Negrodeclara que o comércio ilegal dificulta a redução de emissões por desmatamento e degradação florestal, chamada de iniciativa Redd, uma das principais ferramentas para catalisar a mudança ambiental positiva, o desenvolvimento sustentável, a criação de empregos e a redução de emissões de gases de efeito estufa, segundo o órgão.

 As florestas do mundo capturam e armazenam dióxido de carbono e ajudam a diminuir os problemas da mudança climática. No entanto, o desmatamento, principalmente de florestas tropicais, é responsável por cerca de 17% de todas as emissões de gás carbônico causadas pelo ser humano - 50% maior do que a soma de emissões de navios, aviação e transporte terrestre. 

"Lavagem" de madeira

O relatório conclui que, sem esforço coordenado da comunidade internacional, madeireiros ilegais e cartéis vão continuar controlando operações de um porto a outro em busca de lucro, prejudicando o meio ambiente, as economias locais e, até mesmo, a vida dos povos indígenas. A Interpol apontou que os crimes estão associados ao aumento da atividade criminosa organizada, como a violência, assassinatos e atrocidades contra os habitantes das florestas indígenas.

Os grupos criminosos estão, segundo o documento, combinando táticas antiquadas (como subornos) com métodos tecnológicos (como hackear sites de governos). Operações ilegais também estão se tornando mais sofisticadas; madeireiros e comerciantes mudam suas atividades entre regiões e países para evitar esforços locais e internacionais de policiamento.

O relatório descreve 30 formas de aquisição e "lavagem" de madeira ilegal. Métodos primários incluem falsificação de licenças de corte e suborno para obter licenças (o documento pode custar em alguns países até US$ 50 mil, cerca de R$ 101 mil), mas também registra novos meios criminosos, como concessões e "hackeamento" de sites governamentais para obtenção ou alteração de licenças eletrônicas.

Uma nova forma de lavar milhões de metros cúbicos de madeira ilegal é misturá-la com madeira legalmente cortada por usinas de serra, celulose, papel e cartão. Outro truque comum é a alegação falsa de que a madeira de florestas selvagens que está sendo vendida é proveniente de florestas plantadas.

Professora e alunos da UFPI conquistam Prêmio Santander Universidades

Professora e alunos da UFPI conquistam Prêmio Santander Universidades
Na tarde desta quarta-feira (21), a professora Sandra Regina Lestinge, do Campus Professora Cinobelina Elvas (Bom Jesus), e os alunos Rômulo Vargas Lustosa e Higor Lucena foram premiados com o Prêmio Santander Universidades 2012 na categoria Universidade Solidária. A cerimônia de premiação ocorreu no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, e contou também com a presença do Reitor José Arimatéia Dantas Lopes. Os vencedores de cada categoria foram agraciados com um troféu e R$ 50 mil.
O projeto vencedor, intitulado Intervenção socioeconômica em Uruçuí-Una: O uso do buriti (Mauritia flexuosa L.) como potencial para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores rurais da Estação Ecológica de Uruçuí-Una-PI, concorreu com outros 11 finalistas. Nascido dentro do PET (Programa de Educação Tutorial) de Bom Jesus, o projeto busca utilizar todo o potencial do buriti para gerar renda para a região de Uruçuí-Una, no sul do estado. Além de alunos de cinco cursos de graduação da UFPI, também integram o programa de intervenção socioambiental professores, parceiros e a comunidade. 
As metodologias envolvem a oferta de oficinas, encontros e reuniões, afirmativas e participativas. Com a conclusão do projeto, espera-se que as famílias adquiram autonomia e melhorem a autoestima, sua inserção em arranjos produtivos com sustentabilidade social, ambiental, econômica e cultural de modo a garantir a melhoria da qualidade de vida.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

I Semana de Ciência e Tecnologia do IFCE – Campus Cedro


A I SECITIF é uma iniciativa conjunta das coordenações dos cursos Superiores em Tecnologia Mecatrônica Industrial e Licenciatura em Matemática e das coordenações dos cursos Técnicos em Eletrotécnica, Mecânica e Informática visando propiciar um ambiente de integração de conhecimento e fomentar, através das interações sociais, as práticas acadêmicas norteadas pelo tripé Ensino-Pesquisa-Extensão.
O IFCE - Campus Cedro já era palco de dois grandes eventos científicos do interior do estado, a FEMECI que se encaminha para sua 6ª edição e o Encontro da Matemática que se encaminha para sua 7ª edição. Tendo em vista o grande alcance destes eventos, resolveu-se congregá-los em uma mesma semana e integrá-los com o I Simpósio Técnico do IFCE – Campus Cedro que tem a intenção de fomentar a pesquisa científica através da exposição e apresentação de artigos científicos que serão avaliados e julgados por uma comissão altamente qualificada.
Além disso, ainda ocorrem concomitantemente a II ROBOMECT, Campeonato de Robótica da Mecatrônica, a I Maratona de Programação, a I Corrida Mecânica, o I Campeonato da Eletrotécnica – Projetos, Elaboração e Montagens de Protótipos de Circuitos Elétricos e o I Campeonato de Xadrez. Ainda dentro da programação desta semana, todas as noites estarão ocorrendo eventos culturais que fazem parte da iniciativa do Clube de leitura do Campus Cedro com a criação do evento Noites Culturais.
Será uma semana de muita atividade onde todos os participantes poderão trocar experiências e conhecimento científico-tecnológicos e desfrutar de excelentes eventos culturais num ambiente acolhedor que somente a cidade de Cedro propicia.

Grupo PET Intervenção Socioambiental finalista de premiação


O Grupo "PET - Intervenção Socioambiental em Uruçuí-Una" é finalista do 15° Prêmio Universidade Solidária 2012. A cerimônia de premiação ocorrerá no próximo dia 21 de novembro em São Paulo com a participação da tutora do grupo PET e também coordenadora do projeto finalista, professora Sandra Lestinge, o reitor da UFPI e dois Petianos/integrantes do projeto, Higor Lucena, do Curso de Engenharia Florestal e Rômulo Lustosa, do curso de Ciências Biológicas da UFPI/CPCE.
O projeto Intervenção Socioeconômica em Uruçuí-Una: o uso do buriti (Mauritia flexuosa L.) como potencial para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores rurais da Estação Ecológica de Uruçuí-Una, concorreu com todas as universidades do país, em um universo de mais de mil projetos inscritos destacando-se e representando o nome da UFPI/Campus Bom Jesus para todo país como uma instituição atuante na extensão, levando os conhecimentos gerados para toda comunidade.
O trabalho visa a geração de renda e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores rurais, nas comunidades tradicionais. As atividades do grupo na Estação Ecológica de Uruçuí-Una, sudoeste do Piauí é realizado a mais de dois anos com o objetivo capacitar cidadão em alta vulnerabilidade social, dentro uma Unidade de Conservação.