terça-feira, 6 de outubro de 2015

Cadastro Ambiental Rural alcança 30% da meta a oito meses do fim do prazo

A oito meses do prazo final para os proprietários rurais fazerem o Cadastro Ambiental Rural (CAR), em todo o País, Rondônia alcançou nessa terça-feira (15) 34% da meta estadual, que é a inclusão de 120 mil cadastros na base até o dia 6 de maio de 2016. O coordenador de Monitoramento das Propriedades da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Arquimedes Ernesto Longo, lembrou que o prazo foi prorrogado de 2015 para 2016.
O Sistema de Informação de Cadastramento Ambiental Rural (Sicar) registrou até essa terça-feira 44.221 cadastros na base. Em outros estados da região amazônica, como o Amazonas, o cadastro é ativado no mesmo dia. Em Rondônia, pelo fato de os proprietários prestarem também informações sobre áreas de proteção ou de reserva legal nas propriedades, os dados são direcionados inicialmente para uma base estadual, antes do lançamento na plataforma nacional do Sicar. “O fato de a maioria das propriedades rurais rondonienses ser de até quatro módulos (240 hectares) aumenta a responsabilidade do governo”, disse Longo.
Os municípios com os maiores percentuais de cadastramento rural, atualmente, são Porto Velho, Machadinho e Buritis. O município de Buritis, em virtude do alto índice de cadastros dos assentados apresenta maior número de pequenas propriedades castradas.
O coordenador explicou que as propriedades rurais acima de 240 hectares perdem o direito ao cadastramento gratuito e por isso são obrigadas a contratar técnicos para fazer o cadastro ambiental. Alguns proprietários ainda enfrentam dificuldades para fazer o cadastro no site por causa de obstáculos, como o acesso limitado à internet em áreas afastadas e informações insuficientes sobre a finalidade do cadastro, que geram desconfiança.
Nesse caso, os pequenos proprietários – donos de módulos com no máximo 240 ha – que não conseguirem preencher o cadastro online no portal da Sedam, devem procurar os técnicos da Emater ou da Sedam, nos Escritórios Regionais, para prestar informações.
O cadastro demora em média 5 minutos, e o proprietário deverá apresentar carteira de identidade, CPF, cadastro fundiário ou outro documento que confirme que seja proprietário do imóvel rural.
VANTAGENS
Além da regularização da propriedade, inclusive para fins de obtenção de licença ambiental, que desde 26 de maio deste ano tramita vinculada ao CAR, Arquimedes Longo garante que com esse “raios-X” da propriedade, o governo poderá melhorar o desenvolvimento sustentável regional.
Ainda segundo Longo, o desenvolvimento sustentável é uma tendência de mercado e com a propriedade rural cadastrada, o proprietário terá mais acesso ao crédito e facilidade para a comercialização de seus produtos, como o boi, aos frigoríficos que atualmente exigem o cadastramento da propriedade na hora da compra do boi para abate.
O cadastro permite, por exemplo, incorporar as informações aos estudos sobre as vocações econômicas do estado desenvolvidos em instituições, como as Secretarias de Planejamento (Sepog) e da Agricultura (Seagri), além de auxiliar a própria Agência Agrossilvopastoril de Rondônia (Idaron) na realização do inventário de vacinação, principalmente do rebanho bovino.
Ao se cadastrar, o produtor rural declara quais são suas áreas de reserva legal, de preservação permanente (como margens de rios), de vegetação nativa remanescente e de campos abertos para agropecuária, uma espécie de fotografia da cobertura florestal de cada propriedade.

Fonte: Abdoral Cardoso / Secom / Governo

Fenômeno da desertificação avança em AL e compromete o PIB do estado

Seca em estágio extremo compromete solo e impossibilita agricultura. Secretaria diz que Estado possui plano de combate aos efeitos de seca.

De forma silenciosa e quase imperceptível o fenômeno da desertificação, que é a seca no seu pior estágio devido ao alto teor de desidratação do solo, vem avançando em Alagoas e comprometendo o Produto Interno Bruto (PIB) do estado. O problema é agravado pelos longos períodos de estiagem, cada vez mais frequentes nas últimas décadas.
Um estudo elaborado por pesquisadores do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), expõe que 10,5% do semiárido do estado, que compreende 14 municípios, apresenta sinais de desertificação, com degradação ambiental grave ou muito grave que pode até mesmo deixar o solo infértil.
Fenômeno da desertificação está deixando áreas do Sertão alagoano com solo arenoso (Foto: Jonathan Lins/G1)
“A desertificação é uma tragédia silenciosa porque, com impactos ambientais muitas vezes imperceptíveis, quando uma área se torna improdutiva, os problemas socioambientais interferem na qualidade de vida da população. Que se torna refém das condições climáticas", avalia o meteorologista e pesquisador do Lapis, Anselmo Santos.
Consequências
O agricultor Denilson Matias da Silva conta que, assim como ele, diversas pessoas que sobreviviam da agricultura foram obrigadas a substituir a lavoura de milho e feijão pela criação de animais devido ao fenômeno da desertificação.
"Essa seca extrema já é visível em muitos lugares daqui de Palestina. Há anos agricultores deixaram de plantar algumas lavouras porque a plantação não 'vinga' mais. Roça de milho e feijão estão sendo substituídas por criação de animais. Algodão, que era algo comum aqui, eu já não planto há mais de três anos", relata Silva.
"Aqui não há grandes propriedades. Mas sim, pequenos produtores, que comem do que plantam. Com essa desertificação, o município fica mais pobre. Quem plantava o feijão para comer e vender, agora tem que pagar por ele", laA pesquisa do Lapis, em parceria com o Instituto Nacional do Semiárido (INSA), avaliou o impacto na vegetação da região através de imagens de satélites com base em dados do ano 2014.
O estudo aponta que os municípios alagoanos mais afetados pela desertificação são Olivença, Carneiros, Monteirópolis, Olho D'Água das Flores, Major Isidoro, Batalha, Palestina, Jacaré dos Homens, Pão de Açúcar, São José da Tapera, Cacimbinhas, Girau do Ponciano, Traipu e Dois Riachos.
Danos e reversão
Ao apontar variações climáticas e a intervenção humana como potencializadores da desertificação, o pesquisador Anselmo Santos estima que 26% da população que vive no semiárido alagoano já sofra com as causas do fenômeno e expõe que os danos identificados precisam ser rapidamente revertidos.
“A gravidade da desertificação depende de como o fenômeno é tratado. Se houver descaso, ele poderá aumentar a abrangência de forma gradativa, gerando mais impacto para o meio ambiente e a população. É possível controlar, evitar e até mesmo reverter o fenômeno, no entanto, essa é uma tecnologia cara que depende do envolvimento de governos e auxílios técnicos que ajudem no manejo de preservação das áreas já desgastadas”, diz Anselmo Santos.
Mapa do Lapis mostra, em vermelho, o avanço da desertificação no semiárido alagoano (Foto: Reprodução / Lapis)
Mapa do Lapis mostra, em vermelho, o avanço da desertificação no semiárido alagoano (Foto: Reprodução / Lapis)

Quanto ao custo social, ambiental e econômico da desertificação, o pesquisador relata que o fenômeno implica diretamente no PIB dos municípios afetados, mas que o prejuízo nem sempre tem como ser contabilizado.
“Sabemos que a desertificação compromete o PIB do estado. No entanto, não temos como projetar diretamente essas perdas. Se a agricultura e a pecuária são as principais atividades econômicas do semiárido alagoano, e o sertanejo fica impossibilitado de plantar com a improdutividade do solo, consequentemente isso causar danos socioeconômicos”, completa.
Combate à seca extrema
O superintendente de Meio Ambiente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Mateus Gonzales, diz que a secretaria possui um Plano de Ação Estadual para Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Seca.
Praga devasta plantação no Sertão de Alagoas. (Foto: Jonathan Lins/G1)
Áreas degradas são cada vez mais comuns no semiárido alagoano. (Foto: JonathanLins/G1)
Gonzales explica que a desertificação é um problema que não pode ser resolvido de forma pontual. "Estamos atuando em recuperação de áreas e com educação ambiental, para que os agricultores adotem formas mais ecológicas no manejo do solo".

Segundo ele, o uso inadequado do solo é um dos maiores potencializadores da desertificação. "O grande problema destas áreas é que elas foram esgotadas pela forma de manejo da agricultura. Algo que é uma questão cultural e que não é fácil mudar. Por anos essas áreas sofreram com queimadas, com a monocultura e outros problemas que ajudaram no empobrecimento do solo", expõe Mateus Gonzales.
Assim, ele diz que a Semarh vem adotando diversas ações no combate ao empobrecimento do solo. Como a construção de barreiras, recuperação de áreas com reflorestamento e outras ttécnicas, além da expansão da distribuição de água através do Canal do Sertão.
Esta última vem sendo contestada por algumas organizações, já que o acesso à água do canal não vem ocorrendo de forma adequada para os sertanejos, que são obrigados a recorrer ao improviso para conseguir suprir as necessidades do líquido.
“Como Alagoas possui 65 municípios que ficam em áreas de semiárido, é preciso garantir água para o abastecimento humano e animal, e a agricultura. Para isso, contamos com novas adutoras para tratamento e distribuição de água, o projeto Água Doce, com dessalinizadores, além de ações para recuperação de nascentes. Combater a desertificação não é simples, nem barato, mas acreditamos que é possível”, relata Mateus Gonzales.
Ações paralelas
Quem também vem investindo em ações contra a desertificação é a Organização de Preservação Ambiental (OPA), que em parceria com diversas instituições vem recuperando nascentes no semiárido alagoano.
Na primeira etapa do projeto, a organização recuperou 55 nascentes no Sertão alagoano, melhorando o acesso e a qualidade da água usada por centenas de famílias que vivem nos municípios de Águas Branca, Pariconha e Mata Grande.
Sem o acesso adequado a água, Sertanejo retira o líquido do Canal do Sertão com balde (Foto: Waldson Costa/G1)
Canal do Sertão ampliou o acesso a água, mas a distribuição ainda é inadequada (Foto: Waldson Costa/G1)

Fonte: Waldson Costa Do G1 AL

Presidente da Duratex prevê consolidações do mercado de MDF

Para Antonio Joaquim, o cenário atual deve provocar a consolidação de operações menos competitivas

Um dos segmentos da indústria de base florestal que mais sentiu os efeitos da crise pela qual atravessa o país foi o de painéis. Se nos últimos anos o aumento da renda do brasileiro motivou fortes investimentos da indústria na expansão de suas capacidades produtivas, o cenário atual deve provocar a consolidação de operações menos competitivas.
Antonio Joaquim de Oliveira, presidente da Duratex
Antonio Joaquim de Oliveira, presidente da Duratex
A previsão é do presidente da Duratex, Antonio Joaquim de Oliveira, que abordou o tema durante uma conferência para investidores florestais na tarde desta segunda-feira, 5, no Rio de Janeiro, a Dana Rio Timberland.
Ele acredita que a crise no país deve durar até meados de 2017. Mesmo assim, há oportunidades para o setor. "A exportação é pequena, mas pode aumentar compensando, de certa forma, a retração do mercado doméstico", ressaltou Joaquim. Outra oportunidade, segundo ele, é o imenso déficit habitacional na América Latina.
O momento, no entanto, exige fortes ajustes de custos e uma gestão muito mais conservadora. "A indústria vai ter que fazer por ela mesma", afirmou. Para ele, não dá para esperar ações governamentais em favor do mercado. "Uma das saídas é a consolidação. Não para a Duratex, pelo nosso tamanho, mas é provável que haja uma depuração no mercado nos próximos anos", concluiu.
Fonte: Painel Florestal 

Diálogo entre poderes gera proposta para flexibilizar parecer da AGU na aquisição de terras por estrangeiros

Deputados da Frente Parlamentar de Silvicultura, técnicos da AGU e do Mapa chegaram a um acordo que virou projeto de lei e será votado dia 27 deste mês

Deputado federal Irajá Abreu, da Frente Parlamentar de Silvicultura
Deputado federal Irajá Abreu, da Frente Parlamentar de Silvicultura
O atual parecer da Advocacia Geral da União (AGU), que impede a aquisição de terras por empresas estrangeiras, passará por um processo de flexibilização. Durante a Conferência Internacional sobre Investimentos no Setor Florestal – conhecida como Dana Rio Timberland – realizada no Rio de Janeiro, o deputado federal Irajá Abreu (PSD/TO), vice-presidente da Frente Parlamentar de Silvicultura, informou que uma proposta em conjunto, que também inclui técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), será votada no dia 27 deste mês.
De acordo com Irajá Abreu, o atual parecer da AGU represou investimentos na ordem de US$ 50 bilhões – um valor muito elevado para um país que se encontra numa crise rejeitar. Na avaliação de Abreu, o Projeto de Lei n° 4059/12 vem sendo construído e cuidadosamente discutido entre os deputados federais que compõem a Frente Parlamentar de Silvicultura, junto com técnicos do Mapa e da AGU com a finalidade de acabar com o problema gerado, ou seja, o represamento dos recursos.
A ideia de Irajá Abreu de unir os poderes é justamente para ter mais força na aprovação e evitar o veto da presidente Dilma Rousseff. “Não dá para liberar geral, mas vamos aprovar o possível”, disse Abreu. As três principais propostas no projeto consistem em permitir a compra de até 100 mil hectares por empresas estrangeiras, que na realidade se transformarão em 200 mil hectares por causa da Reserva Legal e Área de Preservação de Permanente (APP). Além disso, os estrangeiros poderão arrendar uma quantidade de terras com uma área ainda maior, porém, por um período de 30 anos.
Outra mudança contida do Projeto de Lei n° 4059/12 está relacionada à estrutura jurídica. No projeto, as empresas serão nacionais podendo ter capital estrangeiro. Quanto às ações, os estrangeiros poderão ter 100% das ações preferenciais e até 49% das ações ordinárias. “Trata-se de um mix de opções para os estrangeiros. Sem dúvida, esse projeto trará uma nova realidade ao setor florestal com a participação estrangeira, seja por compra de terra, arrendamento ou participação societária”, detalhou Irajá Abreu.
O deputado federal Irajá Abreu disse, ainda, que a Frente Parlamentar de Silvicultura está trabalhando em uma emenda constitucional que unirá as Licenças Prévia, de Instalação e de Operação - LP, LI e LO, respectivamente – formando a Licença Ambiental Única (Lau), acabando com três licenças extremamente burocráticas, demoradas e com três taxas. “Isso já acontece no Mato Grosso do Sul, Tocantins e Bahia. A ideia é estender esse processo para todo o País e promover a dispensa da licença para os sistemas agrossilvipastoris em áreas de até 10 mil hectares”, disse Irajá Abreu, que convocou os empresários a investir na região Matopiba – divisa florestal que une os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Durante sua palestra, Irajá Abreu disse que o Estado de Mato Grosso do Sul é um bom exemplo a ser seguido. “Andei por lá e fiquei impressionado. É o melhor Estado para os investimentos florestais, depois do Tocantins, é claro”, destacou em tom de brincadeira. O que ele quis dizer é que o Tocantins desburocratizou muita coisa em termos de legislação por ter copiado o Mato Grosso do Sul, no sentido de simplificar as licenças florestais. “Com isso, o Tocantins triplicou sua área de plantio e queremos que o mesmo ocorra em todo o Brasil. Há 40 anos, o Brasil importava alimentos; hoje exporta. Com o setor florestal será ainda melhor e essa sinergia já começou com deputados, técnicos da AGU e do Mapa”, avaliou Abreu.
Fonte: Painel Florestal 

ArcelorMittal investe no Sistema ZENITH da SAVCOR para melhorar gestão e eficiência da produção de carvão vegetal

Empresa se destaca como referência no Brasil na produção sustentável de carvão vegetal

A ArcelorMittal Bioflorestas, empresa controlada pela ArcelorMittal Brasil S.A., tem como objetivo principal atender as unidades do segmento de aços longos fornecendo biorredutor sólido renovável (carvão vegetal a partir de florestas plantadas) para seus processos produtivos.
A empresa se destaca como referência no Brasil na produção sustentável de carvão vegetal. Para a ArcelorMittal Bioflorestas (Bioflorestas) o processo de produção de carvão vegetal requer alta eficiência, agilidade e rentabilidade.
Como parte do planejamento da empresa para melhorar ainda mais a área de produção de carvão, a empresa decidiu investir na revitalização do modelo de gestão através da implantação de um sistema capaz de suportar os processos de produção de carvão e de forma integrada aos demais processos florestais.
Desta forma, a empresa decidiu pela implantação do módulo do sistema ZENITH da SAVCOR para a gestão dos processos de produção de carvão, integrado ao suprimento de madeira. A implantação acaba de ser concluída em todas as 5 regiões produtivas da empresa. O sistema suporta, de forma independente, as necessidades de cada uma das regiões e, ao mesmo tempo, apoia a consolidação dos processos produtivos seguindo os critérios corporativos.
O ZENITH foi inicialmente fornecido para o controle de ativos e a gestão dos processos de produção florestal da Bioflorestas, tais como silvicultura e colheita. Neste segundo momento, a SAVCOR forneceu o ZENITH para a gestão da produção de carvão de modo a operar de forma integrada aos processos florestais do ZENITH, já implantados na empresa, refletindo em toda a gestão da cadeia produtiva dentro do ERP da Bioflorestas.
O objetivo da Bioflorestas é melhorar a gestão, agilidade e eficiência da produção de carvão. Com o ZENITH a empresa ganha bases para aprimorar o planejamento e controle operacional, ganhar eficiência e previsibilidade, melhorar a confiabilidade das informações e beneficiar o processo de tomada de decisões. Como o sistema opera de forma integrada ao ERP, a Bioflorestas também ganhará com transparência ainda maior do processo produtivo, tanto do ponto de vista físico como financeiro.
Fonte: Painel Florestal 

Novos produtos são oportunidade para futuro da indústria florestal

Para Jefferson Mendes, da Pöyry, Brasil se mantém - mesmo em cenário adverso - altamente competitivo no mundo

Uma indústria que se destaca na balança comercial e que resiste à crise. Essa é a avaliação do presidente da Pöyry Consultoria, Jefferson Mendes que, mesmo em um cenário adverso, enxerga várias luzes no fim do túnel.
Jefferson Mendes, da Pöyry, durante palestra na Dana Rio
Jefferson Mendes, da Pöyry, durante palestra na Dana Rio
"Nos últimos anos tivemos vários aspectos influenciando o setor: as novas fronteiras, a entrada dos fundos de investimentos, o aumento expressivo no custo de produção, a perda de produtividade. E foi nesse ambiente que a indústria de celulose cresceu, por exemplo, 5% ao ano", ressaltou Mendes, em sua apresentação durante conferência internacional – Dana Rio Timberland - para investidores florestais realizada no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 5.
Jefferson entende, no entanto, que é preciso organizar os investimentos no país. "Temos grandes áreas plantadas em algumas regiões sem nenhuma demanda e, o pior, sem previsão de demanda", alertou sugerindo uma ação governamental nesse sentido.
O cenário atual, na visão dele, é de oportunidade. O eucalipto se estabelece como multiproduto e, mesmo com a instabilidade de alguns mercados e a própria crise econômica que o Brasil atravessa, ele enxerga oportunidades.
"Os desafios não são pequenos, mas se existe um lugar no mundo para a indústria florestal fazer novos investimentos e se manter competiviva, esse lugar é o Brasil", afirmou Mendes.
A entrada de novos produtos florestais no mercado, segundo ele, já é uma realidade técnica e, em alguns casos, também uma realidade econômica.
"A nanocelulose, o uso da lignina e o etanol celulósico são alguns produtos de base florestal que já estão sendo misturados com outras matérias primas para produzir compostos já conhecidos como plásticos, cimento e papéis condutores", concluiu.
Fonte: Painel Florestal