sexta-feira, 26 de junho de 2015

Polícia apreende 10 caminhões cheios de madeira irregular

Objetivo de fiscalizar produtos florestais é para contribuir para a prevenção e repressão da exploração ilegal de tais produtos.

Foram fiscalizados 59 caminhões de transporte de madeiras.
Foram fiscalizados 59 caminhões de transporte de madeiras.
O Comandante do 4º Batalhão de Polícia Ambiental divulgou que foi desencadeada a Operação Pan-Amazônica II (Deus Grego protetor das Selvas), com o objetivo de fiscalizar produtos florestais de origem nativa transportados pelo modal rodoviário e, consequentemente, contribuir para a prevenção e repressão da exploração ilegal de tais produtos.
Como resultado, foram fiscalizados 59 caminhões de transporte de madeiras, destes 10 caminhões foram apreendidos, mais de 320 metros cúbicos de madeira em situação irregular foram apreendidos, 03 pessoas conduzidas à Delegacia de Polícia sendo 02 por falsificação de Guia de Transporte (GF-3), e 01 por desobediência (não quis abrir o compartimento de carga), 77 Documentos de Origem Florestal (DOF) fiscalizados, foram lavrados 22 autos de infração ambiental por transporte irregular de produtos e subprodutos florestais, totalizando R$ 208.000,00 em multas, sendo coletadas 80 amostras de madeiras para análise junto ao Instituto Florestal, sendo 01 das amostras detectado que a madeira era diferente da especificada no DOF, gerando a apreensão dos produtos, o que representa que os objetivos da Operação foram plenamente alcançados.
Foram constatadas as falsificações de 02 Guias de Transporte de produtos florestais - GF 3, sendo que foi emitida em 10 de agosto de 2013, mas com alteração na data para o período de transporte até 16 de junho de 2015, gerando a apreensão de 71 m³ de produto florestal.
A Operação contou com o efetivo de 212 Policiais Militares Ambientais utilizando 84 viaturas, distribuídos em patrulhas nos principais eixos rodoviários da região norte e noroeste do Estado, como as rodovias Washington Luís, BR 153 Transbrasiliana, Brigadeiro Faria Lima, Euclides da Cunha e Feliciano Sales da Cunha, consubstanciada na espécie “Vistoria”, com Ação Coordenada por Cooperação e Colaboração, por meio de utilização dos recursos da 3º Batalhão de Polícia Rodoviária (para a disponibilidade das Bases Operacionais e apoio para as abordagens dos veículos), e do Instituto Florestal de São Paulo e Polícia Rodoviária Federal de São José do Rio Preto (para a análise microscópicas do produto).
O produto fiscalizado passava por controle quantitativo (volume) e qualitativo (espécie), de acordo com as informações constantes no Documento de Origem Florestal (DOF), de porte obrigatório e também submetido a exame de veracidade, mediante consultas aos bancos de dados oficiais.
Fonte: Região Noroeste e Painel Florestal 

Cooperativa do Paraná utiliza bagaço de cana para produzir energia

No Brasil, a biomassa é responsável por 8,6% da geração de energia.

O potencial da cana-de-açúcar vai além do setor sucroalcooleiro no Paraná. A cana também é usada para geração de energia elétrica, principalmente, para abastecer indústrias do interior do estado. São 25 usinas termoelétricas que usam o bagaço da cana-de-açúcar como combustível.
São 25 usinas termoelétricas que usam o bagaço da cana-de-açúcar como combustível.
São 25 usinas termoelétricas que usam o bagaço da cana-de-açúcar como combustível.
Cooperativa Agrícola Regional de Produção de Cana, a Coopcana, que fica em São Carlos do Ivaí, noroeste do Paraná, possui uma destas usinas. “Você tem hoje tecnologia de ponta, não só no Brasil, mas no mundo, para transformar resíduo de biomassa, resíduo agrícola num combustível extraordinário que chama energia elétrica, que é problema no mundo inteiro e que move o mundo”, diz o presidente da Coopcana, Fernando Vizotto.
Esta é mais uma alternativa para diversificar a fonte de energia elétrica. No Brasil, a biomassa é responsável por 8,6% da geração de energia, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse número, segundo especialistas, poderia ser maior porque a biomassa é considerada uma das fontes com maior potencial de crescimento para os próximos anos.
“As fontes tradicionais, a fonte hidráulica, principalmente, está chegando ao limite. Portanto, as outras fontes de geração de energia vieram para ficar”, diz o diretor de negócios e desenvolvimento da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Jonel Iurk. A queima do bagaço da cana-de-açúcar libera poluentes na atmosfera, mas esses gases são menos agressivos do que os que são gerados na queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral e o petróleo. A vantagem é que a instalação de uma usina como a de São Carlos do Ivaí não causa impacto ambiental como ocorre na construção de usinas hidrelétricas, que precisam de grandes áreas de alagamento para funcionar.
A Usina de São Carlos do Ivaí
Para tornar o projeto possível, há dois anos, foi feita uma parceria com uma empresa paulista de distribuição de energia, a Companhia Paulista de Força e Luz. Foram investidos R$ 150 milhões na instalação de uma usina termelétrica dentro da cooperativa. Desde então, a cooperativa é autossuficiente em energia.
Segundo o presidente Coopcana, Fernando Vizotto, até pouco tempo atrás, a destinação dos resíduos agrícolas do setor sucroalcooleiro era um problema. “Há cinco anos ele era um resíduo problemático, porque a opção que tinha era a venda para olarias da região e algumas empresas, mas isso criava dificuldade de transporte”.
Para o presidente, a produção da biomassa traz uma nova visão ao setor sucroalcooleiro. “Você resolve ambientalmente um resíduo de grande volume e de locação, você da um destino nobre a ele”, diz Vizotto. Além de produzir toda a energia que consome, a cooperativa ainda vende o que sobra para a Copel. A empresa tem capacidade de produzir ainda mais, mas a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) só autoriza a venda de até 30 megawatts por hora. Por isso, há uma sala de controle, onde operadores controlam quanto a usina consome de energia e quanto é enviada para a rede da Copel.
Geração de energia
O processo de geração de energia começa pela moagem da cana. O bagaço que sobra da produção do açúcar e do etanol passa por esteiras e é enviado para caldeiras onde é queimado. O vapor criado nesse processo é o que gera a energia.
O químico industrial Luiz Cesar Tessaro explica que, durante esse processo, também é feito o tratamento da água, que é a matéria prima do vapor. [Com] a água que é coletada do rio aqui próximo da usina, a gente faz o processo de clarificação dessa água e depois de desmineralização. Depois disso a gente manda para a caldeira para produzir vapor”, explica Tessaro.
Durante a moagem da cana são produzidas, por hora, pelo menos 280 toneladas de bagaço. Essa matéria prima é utilizada na geração de energia elétrica. Na usina de São Carlos do Ivaí, por exemplo, toda essa energia gerada seria suficiente para manter uma cidade de até 100 mil habitantes.
Fonte: Cooperativismo e Painel Florestal 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Governo federal reforça importância do Cadastro Ambiental Rural

Ministras Izabella Teixeira e Kátia Abreu concederam coletiva de imprensa em que apresentaram novamente o registro eletrônico, que é obrigatório a todos os imóveis rurais
Ministra Kátia Abreu ressalta que o CAR é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais
Ministra Kátia Abreu ressalta que o CAR é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais
As ministras do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, apresentaram novamente nesta quinta-feira (5), durante coletiva de imprensa, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), registro eletrônico obrigatório a todos os imóveis rurais.
O CAR foi criado com base na 12.651/2012 no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA e tem como objetivo auxiliar o planejamento do imóvel rural e a recuperação de áreas degradadas."Queremos modernizar e criar um padrão a ser adotado em todo País e o caminho é fazer o CAR", disse a ministra do MMA, Izabella Teixeira. 
O sistema quantificou, em janeiro, 576 mil imóveis rurais já cadastrados. A região Norte foi destaque, registrando 202 mil imóveis regularizados.  No entanto, apenas 40% das áreas que deveriam de cadastrar acessaram a ferramenta para fazer a declaração.
“O CAR trará uma segurança para todos nós, segurança jurídica e segurança ambiental. A ideia é criar condições para que a legalidade chegue a todos os agricultores", disse Kátia Abreu. Para a ministra, a ferramenta é um instrumento poderoso. “Por meio da Agência Nacional de Águas (ANA) o programa também irá cadastrar produtor de água.”
Abreu destacou que o Estado não tem a intenção de punir o agricultor, em especial os pequenos produtores. “O governo brasileiro tem que ser facilitador e não carrasco. Queremos dar a oportunidade da legalidade, desburocratizando a liberação do licenciamento, mas sem abrir mão da fiscalização”.
Com foco na questão ambiental, o CAR consiste em uma base de dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativas do Brasil, bem como para planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais. Ainda durante coletiva, a Ministra Izabella informou que está previsto para maio um balanço de quantas propriedades rurais já estarão cadastradas.
O acesso ao CAR é gratuito e qualquer pessoa pode entrar no sistema para se cadastrar. Os agricultores que tiverem dificuldades podem pedir auxílio às cooperativas e movimentos de agricultores familiares.
Em reunião na última terça-feira (3) com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, Izabella Teixeira apresentou fatos e dados relativos à criação e desempenho do CAR, com destaque para a importância da colaboração dos representantes da agricultura familiar para o êxito do sistema, tal como se deu para a aprovação do Novo Código Florestal.
“A proposta é de fazermos um esforço conjunto para conclusão e implantação do CAR, correspondendo à grande expectativa também dos demais agricultores familiares já cadastrados, que sabem da importância desse sistema para o seu segmento, combatendo o desmatamento e promovendo a regularização ambiental de propriedades e posses rurais”, afirmou a ministra.
Fonte: Portal Brasil

A importância do Cadastro Ambiental Rural para os produtores rurais

Com o advento do Novo Código Florestal - Lei n 12.651/2012 – através do artigo 29, passou a ser exigido dos produtores rurais, a inscrição no CAR – Cadastro Ambiental Rural, instrumento fundamental criado para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais.
O artigo 2º, inciso II, do Decreto n. 7830/12, que institui e regulamenta o Cadastro Ambiental Rural, com texto idêntico ao artigo 29 do Código Florestal, traz a seguinte definição:
- “Registro eletrônico de abrangência nacional junto ao órgão ambiental competente, no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente – SINIMA, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, e combate ao desmatamento”.
O Cadastro consiste em um sistema eletrônico e pode ser feito via internet diretamente através da página eletrônica – www.car.gov.br - escolhendo inicialmente o estado onde está localizada a propriedade. Até o dia 05 de maio de 2014, o cadastro era possível apenas no modo off-line, ocasião em que o interessado podia fazer, mas não enviar, até que fosse assinada instrução normativa pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
No entanto, a partir do dia 06 de maio do corrente ano, com a publicação do Decreto nº 8235, estabelecendo as regras para os estados e o Distrito Federal iniciarem seus programas de regularização ambiental e também da Instrução Normativa 02 do Ministério do Meio Ambiente, dispondo sobre o CAR e o Sistema de Cadastro Ambiental Rural, ambos no dia 05/05/2014, o cadastro passou a ser uma exigência, na qual os proprietários e possuidores de propriedades rurais terão um ano, prorrogável por mais um por ato do Presidente da República, para efetuar o cadastro e enviá-lo ao órgão estadual competente.
O texto do decreto diz que os proprietários devem inscrever seus imóveis rurais por meio doSistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR), programa de computador criado pelo governo federal, que emitirá o recibo de inscrição. Com todos os dados do imóvel, o próprio SICAR vai apontar se há ou não necessidade de recuperação de APP e reserva legal. É com base nisso que cada proprietário vai elaborar os seus planos de recuperação (1).
O CAR se baseia no levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL) e remanescentes de vegetação nativa, com o objetivo de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores da área para diagnóstico ambiental (2). Sendo assim, não substitui o registro do imóvel, sendo um ato meramente declaratório do produtor rural sobre as características ambientais do seu imóvel rural ou posse.
No que diz respeito à averbação da Reserva Legal, com o advento do novo Código Florestal, estas áreas devem ser registradas no CAR – Cadastro Ambiental Rural, não havendo mais a expressa exigência de sua averbação na matrícula do imóvel, conforme anteriormente previsto no antigo Código Florestal. Porém, com relação a este assunto é importante atentar que, para os estados que ainda não implementaram o CAR, ainda há necessidade da averbação da área da Reserva Legal no registro da matrícula da propriedade para os que ainda não tenham o feito, pois enquanto o imóvel não está inserido no CAR, permanece irregular quanto à publicidade da área a ser preservada.
Sendo assim, é o momento de regularizar a situação de cada propriedade. E ainda que, por ora, alguns estados não estejam com o sistema funcionando e, por isso, o cadastro não possa ser integrado aos bancos de dados já existentes nos Estados da Federação, é importante que os interessados que tenham dúvidas desde já procurem o auxílio da Contag – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, prefeituras, sindicatos, entidades representativas de classe, técnicos rurais ou ainda advogados especializados na área, para ter acesso ao formulário e posteriormente enviá-lo on-line para o sistema central, ocasião em que será gerado um número de protocolo de inscrição.
O cadastro é obrigatório, porém a iniciativa depende de cada produtor e será fundamental para que seja garantida a segurança jurídica das propriedades, no que diz respeito, especialmente, à regularização das áreas com passivo ambiental e acesso ao crédito ruralem entidades públicas financeiras. Importante observar, que a inscrição é obrigatória também para aqueles que não são proprietários de propriedade rural, como o caso dos posseiros.
Vantagens
Com o devido cadastramento da área rural, inúmeras outras vantagens poderão ser adquiridas pelos proprietários, como a simplificação do processo de regularização ambiental, inclusive com a isenção de multas nos passivos ambientais, o aumento de 15% do limite para crédito de custeio disponibilizado para cada produtor, com juros menores do que os praticados no mercado e a liberação do manejo florestal das áreas devidamente cadastradas.

Dessas vantagens, uma das mais benéficas é o aumento no limite de crédito para custeio, que depende diretamente da realização do cadastro no CAR para sair do papel. O acréscimo no limite de custeio poderá chegar a 30% para aqueles que, além do cadastro no CAR, tiverem aderido ao PRA (Programa de Regularização Ambiental) ou demonstre a existência de Área de Preservação Permanente e de Reserva Legal em seu imóvel, atendendo as exigências do código florestal.
Não obstante, para aderir ao Programa de Regularização Ambiental, é obrigatório o cadastro da propriedade no CAR, condição imposta pelo artigo 11, do Decreto n. 7.830/2012. Neste programa, o interessado assina um termo de compromisso com as informações do que tem a ser recuperado nas áreas de preservação permanente e de reserva legal. Segundo o Código Florestal, cada estado deverá implementar o seu Programa de Regularização Ambiental e estabelecer regras de acordo com as características ambientais da região, mas nenhum estado fez isso até agora.
A adesão ao PRA, também é condição para que o proprietário ou possuidor rural inscrito no CAR, possa regularizar a sua situação no que diz respeito as infrações relativas à supressão irregular de vegetação em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito, cometidas até 22/07/2008, conforme preconiza o artigo 14, do Decreto n. 7830/2012.
Para os pequenos produtores – pequenas propriedades ou posse familiar – definidos no artigo 3º, inciso V, da Lei n. 12.651/2012, o cadastro será especial, observando-se uma forma simplificada, nos termos de ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente, no qual será obrigatória apenas a identificação do proprietário ou possuidor rural, a comprovação da propriedade ou posse e a apresentação de croqui que indique o perímetro do imóvel, as Áreas de Preservação Permanente e as remanescentes que formam a Reserva Legal, conforme preconiza o artigo 8º do Decreto n. 7.830/2012.
Importante salientar que, a partir de maio de 2017 – cinco anos após a sanção do novo Código Florestal – as instituições financeiras só poderão conceder financiamento aos proprietários de terras inscritas no CAR, na forma do artigo 78-A do Novo Código Florestal.
Por fim, cumpre deixar claro que o CAR não é documento de comprovação fundiária, é um documento declaratório sobre a situação ambiental de uma área cuja responsabilidade de manutenção é daquele que declarou. Portanto, não gera direitos sobre a forma de uso do solo.
Fonte: Revista Plantar

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Concessões florestais geram mais de um milhão de retorno econômico

Municípios de Juruti, Santarém, Aveiro e Monte Alegre receberão recursos do Ideflor-Bio.

Thiago Valente, presidente do Ideflor-Bio.
Thiago Valente, presidente do Ideflor-Bio.
Os municípios de Juruti, Santarém, Aveiro e Monte Alegre, estado do Pará, receberão cerca de R$ 1,7 milhão em recursos do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), através do Fundo Estadual de Desenvolvimento Florestal (Fundeflor). Os recursos são referentes a 30% do valor arrecadado na safra de 2014 com as áreas de concessões florestais destes municípios.
Os valores serão repassados ao tesouro municipal de cada cidade e devem ser aplicados em projetos sustentáveis de uso dos recursos naturais, conforme determina a Lei Estadual nº 6.963/2007, alterada pela Lei 8.096/2015. A fiscalização da aplicação é de responsabilidade dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente.
O valor é distribuído como contraprestação pela utilização econômica de recursos florestais de seus respectivos territórios, conforme legislação vigente. “Essa é uma contraprestação da floresta para os municípios, como um retorno econômico pela manutenção dos recursos naturais. Um bônus que só receberá quem manter a floresta preservada e uma prova de que a floresta gera retorno econômico e, se for manejada corretamente, não é empecilho para o desenvolvimento”, ressalta Thiago Valente, presidente do Ideflor-Bio.
Esse é o segundo ano do repasse de recursos aos municípios. O primeiro Plano de Aplicação do Fundeflor foi executado em 2014, quando foram beneficiados os municípios de Juruti, Santarém e Aveiro, que possuíam áreas outorgadas para concessão florestal. No ano passado os valores repassados chegaram a pouco mais de R$ 800 mil.
Fonte: Painel Florestal 

Atenção Proprietários de Terra


sexta-feira, 12 de junho de 2015

Empresa portuguesa fornece solução tecnológica à Suzano

NGNS Ingenious Solutions foi contratada para fornecer os seus sistemas de vigilância florestal.

A empresa portuguesa NGNS Ingenious Solutions foi escolhida pela brasileira Suzano, uma das maiores empresas de pasta de papel e de celulose do mundo, para proteger as suas florestas através da solução Forest Fire Finder (FFF).
Tecnologia FFF passará a fazer parte do sistema de proteção contra incêndios da Suzano.
Tecnologia FFF passará a fazer parte do sistema de proteção contra incêndios da Suzano
A tecnologia FFF, integralmente desenvolvida e produzida em Portugal, irá a partir de outubro próximo passar a fazer parte do sistema de proteção contra incêndios da Suzano.
Esta solução permite a identificação de fogos florestais em menos de cinco minutos após o começo do foco de incêndio com dois sistemas FFF, num raio de acção de 15 quilómetros por sistema.
Em comunicado a NGNS informou que "será criada uma sala de controlo e monitorização e as existentes torres de vigilância passarão a contar com o FFF 24 horas por dia para proteção dos seus ativos".
A Suzano tem área de eucalipto correspondente à área de Portugal, ampliando, assim, as operações da NGNS, que já fornece o Forest Fire Finder no Brasil desde 2013, ano em que começou a trabalhar com a mineradora brasileira Vale.
Liderada pelos sócios Pedro Vieira e João Matos, a NGNS Ingenious Solutions está sedeada em Lisboa, no Parque das Nações, e possui um laboratório de Investigação e Desenvolvimento na Universidade Nova de Lisboa.
Fonte: Painel Florestal 

Biomassa se aproxima do gás como fonte geradora de energia no Brasil

Foram gerados mais de 12 GW de potência e com a falta de água é provável que as atenções se voltem para a biomassa

Referência na produção de energia limpa e renovável, a biomassa totalizou em abril 12.417 MW de potência instalada, representando a terceira fonte mais importante da matriz elétrica e superior à capacidade que terá a Usina de Belo Monte, atrás apenas da hidroeletricidade (66,1%) e do Gás Natural (9,5%).
O bagaço de cana e o cavaco do eucalipto vão deslanchar como matéria prima para geração de energia
O bagaço de cana e o cavaco do eucalipto vão deslanchar como matéria prima para geração de energia
Nesse conjunto, a biomassa sucroenergética, proveniente da cana de açúcar, é o principal destaque, tendo atingido o recorde de 10 mil MW de capacidade instalada. Considerando todas as usinas a biomassa no Sistema Elétrico Brasileiro (SEB), que incluem a utilização de outros combustíveis além do bagaço de cana, a participação da biomassa na matriz de capacidade instalada brasileira em abril foi de 9,1%.
Em relação à produção de energia elétrica por fontes térmicas a biomassa, em março de 2015, foi registrada participação de 1,1% do total gerado no País, equivalente a 543 GWh, energia suficiente para abastecer, por exemplo, o Distrito Federal durante esse mesmo mês.
Há grande sazonalidade na produção de energia elétrica por essa fonte, em virtude da disponibilidade dos combustíveis utilizados. Nos últimos doze meses, os maiores montantes de geração de energia a partir da biomassa foram registrados entre maio e dezembro de 2014, com maior geração no mês de agosto, equivalente a 2.765 GWh, ou seja, a 6,2% do total de energia produzido no País naquele mês.
Em dez anos, a capacidade instalada em usinas térmicas a biomassa no Brasil teve acréscimo de 8.362 MW, se compararmos o resultado atual com o registrado em abril de 2005. A previsão é que até 2018 entrem em operação mais 1.750 MW dessa fonte, que já estão contratados. Outros 2.400 MW estão previstos para entrar em operação até 2023.
Biocombustível no país
A produção de etanol cresceu 4% em 2014 e atingiu 28,6 bilhões de litros, ultrapassando o recorde histórico de 27,9 bilhões de litros alcançado em 2010, segundo estudo divulgado em maio, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Essa foi a terceira alta consecutiva na produção do biocombustível no país. Segundo a EPE, a expansão foi ocasionada pelo baixo preço internacional do açúcar, que direcionou a maior parte da produção de cana para a fabricação do biocombustível; a liberação de recursos públicos para o setor sucroenergético; além das expectativas de aumento do percentual de etanol anidro na gasolina C (de 25% para 27%, a partir de março de 2015) e do retorno da tributação sobre a gasolina.
Em relação ao biodiesel, o estudo da EPE indica aumento de 16,7% no consumo em 2014 em comparação ao ano anterior, somando 3,4 bilhões de litros. Desde 2005, quando foi implantado o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), até dezembro de 2014, foram produzidos e consumidos no país 17 bilhões de litros de biodiesel. Com esse resultado, o Brasil passou a ocupar a segunda classificação no ranking mundial de produção e consumo de biodiesel, atrás apenas dos Estados Unidos. Entre as regiões brasileiras, o Centro-Oeste e o Sul concentraram 83% do biodiesel produzido e consumido no país, no ano passado.
Fonte: EPE

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Secretaria do Meio Ambiente vai reflorestar parte da Mata Atlântica no Ceará

Determinação é aumentar sua cobertura da floresta no estado.

O Ceará tem Mata Atlântica e a determinação é aumentar sua cobertura florestal. O primeiro passo para o cumprimento dessa meta será firmado com a Secretaria do Meio Ambiente do Ceará assinando os termos de Cooperação Técnica com a Fundação SOS Mata Atlântica e as sete prefeituras do maciço: Palmacia, Pacoti, Guaramiranga, Redenção, Baturité, Aratuba e Mulungu. Daí resultará no Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PNMA).
Artur Bruno, secretário de Meio Ambiente.
Artur Bruno, secretário de Meio Ambiente.
O secretário de Meio Ambiente, Artur Bruno, ressaltou que apresentará também a proposta da Sema para a recuperação das nascentes do rio Pacoti e o concomitante projeto de educação ambiental, para a área. Isto é importante porque os 12,5% da Mata Atlântica que sobrevive presta serviços ambientais essenciais, “como a conservação das águas que abastecem as cidades e a estabilidade dos solos, tão importantes à agropecuária. Por isso, deve-se reflorestar o que foi degradado e proteger as nascentes e o fluxo hídrico.
Embora protegido por Lei Estadual, vez que existe a Área de Proteção Ambiental – Apa do Pacoti, sabe-se que ao longo dos seus 150 km, vem sendo receptor de efluentes domésticos e industriais não tratados, que provocam degradação, e também por conta do acelerado crescimento urbano.
Artur Bruno disse que o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) irá normatizar os elementos necessários à proteção, conservação, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica. A produção elaboração e implementação do PMMA deverá ser efetivada em cada município que apresenta remanescentes desse Bioma. Ele destacou que o Encontro de Secretários, que ocorreu recentemente no Rio Janeiro, foi o ponto de partida para um diálogo e ação conjunta, objetivando reduzir a zero o desflorestamento ilegal da Mata Atlântica.
A Mata Atlântica é também uma das florestas mais ricas em biodiversidade no mundo. Ao longo do país, ela mostra diferentes feições – incluindo desde as formações de florestas até ambientes associados, como restingas e manguezais – e é considerada um dos 34 hotspots mundiais – regiões do planeta de maior prioridade para a preservação. Essa floresta abriga cerca de 70% dos animais brasileiros ameaçados de extinção. Vivem na Mata Atlântica quase 72% da população brasileira – mais de 145 milhões de habitantes em 3.429 municípios. No entanto, a Mata perdeu quase toda a sua cobertura original ao longo da história do Brasil. Hoje, restam 8,5 % de remanescentes florestais acima de 100 hectares do que existia originalmente. “Somados todos os fragmentos de floresta nativa no país, acima de 3 hectares, temos atualmente 12,5%.” frisou Artur Bruno.
Fonte: Governo do Ceará

Exportação de madeira contribui para superávit da balança comercial brasileira

Os maiores destaques apresentados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exeterior foram para os laminados e madeira serrada

A balança comercial brasileira fechou o mês de maio com superávit de US$ 2,7 bilhões. Com o resultado, maio se tornou o mês com o melhor desempenho do comércio exterior brasileiro em 2015. Apesar do resultado favorável no mês, no acumulado de janeiro a maio deste ano, a balança comercial brasileira apresentou déficit de US$ 2,3 bilhões. Os dados da balança comercial foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A madeira laminada vem sendo utilizada como piso em muitas residências fora do Brasil.
A madeira laminada vem sendo utilizada como piso em muitas residências fora do Brasil.
O agronegócio também apresentou bons resultados no mês. Dentre os principais produtos exportados pelo Brasil estão os produtos derivados da madeira. Os laminados planos cresceram 102,4% na comparação com o mesmo mês de 2014, alcançando US$ 179 milhões em exportações. O setor de madeiras também demonstrou ganho de competitividade no mercado externo com aumento de 34% nas exportações de madeira serrada. Ainda em maio foram exportados US$ 40 milhões desse produto.
Numa análise sobre o desempenho do comércio exterior brasileiro, nos primeiros cincos meses de 2015, constata-se que esses produtos também apresentaram aumento nas vendas. Se somados os valores das exportações desses dois produtos – madeira serrada e laminados planos – houve um ganho de US$ 314 milhões, crescimento de 53,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A explicação para isso está relacionada ao aumento da demanda do setor de construção civil e de movelaria, dado que esses produtos são amplamente utilizados por esses setores. No que se refere à madeira serrada, a recuperação da economia americana tem ajudado a impulsionar as exportações do produto. Os Estados Unidos são o principal destino da madeira serrada brasileira. O aumento dos embarques para o México e para países asiáticos também tem contribuído para o bom desempenho das vendas externas do produto. Em relação aos laminados planos, o crescimento se deve, principalmente, à expansão das vendas para a América Latina e América do Norte.
Outro setor do agronegócio, o sucroalcooleiro, também vem se destacando. No mês passado, o açúcar refinado foi um dos produtos que apresentaram maior aumento nas exportações (97,9%), se comparado a maio de 2014. O Oriente Médio tem aumentado as importações do açúcar brasileiro, melhorando o desempenho das exportações brasileiras. Com a restrição das importações de açúcar bruto pela China, houve, também, um aumento na demanda pelo açúcar refinado nesse mercado. A desvalorização do real tornou o produto brasileiro mais competitivo, as vendas desse produto somaram US$ 179 milhões em maio e US$ 741 milhões no acumulado do ano.
Fonte: Painel Florestal

terça-feira, 9 de junho de 2015

Desmatamento cai 24% na Mata Atlântica

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Desmatamento criminoso em áreas de Mata Atlântica. Foto: Germano Woehl Jr./Instituto Rã-bugio
A devastação da Mata Atlântica está menor. De acordo com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, estudo divulgado ontem (27) pela SOS Mata Atlântica e pelo INPE, em 2014 o desmatamento da Mata Atlântica diminuiu 24% em relação ao ano anterior.

Durante o período, foram desmatados 18.267 hectares - o equivalente a 18 mil campos de futebol. Este é considerado o segundo menor desmatamento da história desde que a região começou a ser monitorada, em 1985. O índice só perde para 2011, quando foram desmatados 14.090 hectares.

O estudo divulgado ontem analisa desmatamentos ocorridos em 17 estados no período de maio de 2013 a maio de 2014.

Melhorias

Entre 1985 e 1990, quando a região começou a ser monitorada, o desmatamento chegou a ser de 536 mil hectares. Nestes 25 anos de Atlas -- cuja primeira edição foi lançada em 1990 --, a metodologia utilizada mudou: a análise, que antes era quinquenal, passou para um período bienal e, desde 2008, o Atlas é publicado anualmente. 

Além do período analisado, em duas décadas e meia também houve mudança nos satélites utilizados: se antes só “enxergavam” desmatamento acima de 25 hectares, hoje detectam derrubadas acima de 3 hectares.

Campeões



O Piauí liderou o ranking do desmatamento: sozinho, o estado foi responsável por quase 30% do desmatamento no período. A razão é a expansão da fronteira agrícola para o cultivo de grãos.

O segundo lugar ficou com Minas Gerais, que durante 5 anos foi o campeão absoluto de derrubada da Mata Atlântica. O governo mineiro tem se esforçado há dois anos para diminuir o ritmo da devastação, e pelo jeito os resultados começam a aparecer: em 2014, o estado conseguiu reduzir em 34% o desmatamento se comparado ao período anterior.

Apesar de ainda estar entre os maiores desmatadores, Minas criou políticas públicas para diminuir sua participação na devastação da Mata Atlântica. A pedido da SOS Mata Atlântica e do Ministério Público do Estado, desde junho de 2013 o governo fez uma moratória nos pedidos de concessão de licença de autorização para a supressão de vegetação nativa. Assim, empresas que entraram com pedido para desmatar áreas tanto para criação de pastos ou para novas áreas de agricultura, tiveram seus pedidos negados. A moratória ainda está vigente.

“O desmatamento continua, mas nós estamos verificando essa redução e todo o esforço que vem sendo feito pelo governo do estado para diminuir esses números”, afirma Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.

Já a Bahia, terceira colocada no ranking, segue o exemplo de Piauí. Especificamente o oeste do estado, cujo município de Baianópolis foi o segundo que mais desmatou o bioma no país. A expansão agrícola deixou um rastro da destruição na vegetação de Mata Atlântica em plena área de transição entre este bioma, a Caatinga e o Cerrado.

“Isto exige uma maior atenção e vamos pedir para os governos dos estados para que eles autorizem também uma moratória e não permitam mais uma concessão de licença para desmatamento até que esse número seja reduzido”, afirma Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.

Piauí, Minas Gerais e Bahia respondem, juntos, por 86% do desmatamento ocorrido em 2014.

Fonte: ECO

Engenharia Florestal: uso sustentável dos recursos florestais

Na Semana do Meio Ambiente, o programa Guia de Profissões fala sobre esta ciência que preserva florestas e utiliza seus recursos de maneira sustentável.

Campus da Unesp no município de Botucatu (SP).
Campus da Unesp no município de Botucatu (SP).
Essa ciência permite que produtos como o açaí e o guaraná saiam das matas e sejam utilizados como matéria-prima pelas indústrias, na fabricação de cosméticos, doces, entre outros. E o engenheiro florestal utiliza seus conhecimentos nas áreas de Exatas e Biológicas para a maximização do potencial das florestas para um melhor aproveitamento de seus recursos, mas sempre levando em conta a sua preservação.
A Engenharia Florestal é vista como uma profissão promissora em um mercado cada vez mais focado na Sustentabilidade e a Unesp oferece o curso no campus de Botucatu, pela Faculdade de Ciências Agronômicas.
No programa, o vestibulando terá a oportunidade de conhecer mais sobre o curso através do depoimento de alunos e professores. É possível também conferir o trabalho do profissional em diversas áreas, como um engenheiro florestal responsável pelo cultivo e manutenção de plantações de eucalipto que abastecem as fábricas da Duratex.
O Guia de Profissões ainda traz uma dica de Biologia para ajudar os vestibulandos nos estudos. Para conferir mais informações e curiosidades, é só acessar o site: http://www.tv.unesp.br/guiadeprofissoes.
Fonte: Painel Florestal