terça-feira, 21 de abril de 2015

ANA abre 3,3 mil vagas em cursos gratuitos sobre recursos hídricos


Capacitações acontecem na modalidade a distância e sem tutoria. Agência oferece cursos em oito temas, como: Planejamento, Manejo e Gestão de Bacias

A partir de 20 de abril, segunda-feira, a Agência Nacional de Águas (ANA) estará com inscrições abertas para 3.300 vagas em cursos gratuitos a distância. As inscrições podem ser realizadas através dosite até 26 de abril ou antes desta data, caso todas as vagas sejam preenchidas. Há capacitações sobre: Água na Medida Certa; Água e Floresta: Uso Sustentável da Caatinga; Comitê de Bacia: O que É e o que Faz; Comitê de Bacia: Práticas e Procedimentos; Cuidando das Águas; Gestão Integrada dos Recursos Hídricos no Nordeste; Planejamento, Manejo e Gestão de Bacias; e Sala de Situação.
ANA LOGO1 ANA abre 3,3 mil vagas em cursos gratuitos sobre recursos hídricosOs interessados podem se inscrever em até dois cursos simultaneamente e receberão a confirmação de matrícula no primeiro dia de cada capacitação. A seleção será feita por ordem de inscrição. Os alunos que conseguirem 60% de aproveitamento nas avaliações terão direito a um certificado, sendo que o tempo de duração das atividades pode ser menor que o previsto, conforme o desempenho de cada um. Para facilitar a aprendizagem, as atividades são estruturadas através de uma navegação sequencial entre módulos.
De 28 de abril a 24 de maio acontecerão as atividades do curso Cuidando das Águas, cuja carga é de 40 horas. Com 400 vagas, a capacitação aborda a responsabilidade no uso sustentável da água, o que envolve a cooperação dos setores usuários de recursos hídricos com governos, ONG e entidades de meio ambiente. No mesmo período e com a mesma carga, acontece o curso Planejamento, Manejo e Gestão de Bacias. Para ele há 500 vagas.
Para o curso Água na Medida Certa há 400 vagas divididas em duas turmas, que vão de 28 de abril a 10 de maio e de 11 a 24 de maio. As atividades têm 20 horas previstas e buscam tratar da disponibilidade hídrica, monitoramento das águas e outros temas do setor de recursos hídricos.
Quatro turmas, com 100 vagas cada, serão oferecidas sobre o tema Sala de Situação. A capacitação visa a apresentar a contribuição da Sala de Situação da ANA na prevenção de desastres naturais, a partir do monitoramento de rios, chuvas e reservatórios. Com duração estimada de quatro horas, as atividades para os quatro grupos vão de: 28 de abril a 3 de maio, de 4 a 10 de maio, de 11 a 17 de maio e de 18 a 24 de maio.
O curso sobre Gestão Integrada dos Recursos Hídricos no Nordeste oferece 500 vagas para a turma agendada para o período de 28 de abril a 10 de maio. Nas atividades, com carga de dez horas, os alunos poderão ampliar seus conhecimentos sobre a gestão com um enfoque na disponibilidade hídrica da região. Neste mesmo período acontece a capacitação Comitê de Bacia: o que É e o que Faz? Com 20 horas de carga e 300 vagas disponíveis, o curso aborda as atribuições e responsabilidades dos comitês e incentiva a participação da sociedade em geral na gestão de recursos hídricos.
Também com 300 vagas, a capacitação Comitê de Bacia: Práticas e Procedimentos acontecerá de 11 a 24 de maio com uma duração estimada de 20 horas. O foco do curso é o funcionamento da estrutura organizacional desses colegiados a fim de melhorar o processo de gestão de recursos hídricos. No mesmo período, está marcada a turma sobre Água e Floresta: Uso Sustentável da Caatinga, cuja carga é de dez horas. A capacitação oferece 300 vagas e tem o objetivo de apresentar noções básicas sobre práticas sustentáveis de uso dos recursos florestais da Caatinga e sua relação com a água.
Capacitação
A ANA realiza capacitações para as entidades que compõem o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) e para toda a sociedade brasileira. O objetivo dos cursos é estimular a conservação e o uso sustentável da água, além da participação cidadã na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. Em 2014, a Agência capacitou mais de 22 mil pessoas. Para 2015, a expectativa é bater este recorde com mais de 33 mil alunos. Saiba mais no Portal da Capacitação da ANA  e assista à animação sobre os cursos realizados pela Agência.
Fonte: MundoGEO

segunda-feira, 20 de abril de 2015

INOVA 2015

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O 1° Simpósio lnternacional sobre lnovação, lnteligência e Tecnologia para Florestas – Inova 2015, vai apresentar os projetos em desenvolvimento por empresas e centros de pesquisas além de novas tecnologias já disponíveis para melhoria da performance das florestas plantadas e redução de custos das operações florestais visando, principalmente, aumento da competitividade e solução dos conhecidos ‘gargalos’ do setor: da produção de mudas ao processamento da madeira passando pela mecanização, logística e inteligência.

sábado, 18 de abril de 2015

Florestas plantadas ajudam a reduzir CO2 na atmosfera


Árvores estão intrinsecamente ligadas à mudança do clima
As florestas têm quatro papéis importantes na mudança do clima. Contribuem atualmente com um sexto das emissões globais quando derrubadas, usadas em excesso ou degradadas. Reagem com sensibilidade às mudanças, e quando gerenciadas de forma sustentável, produzem combustíveis que são uma alternativa benigna a combustíveis fósseis. E têm o potencial de absorver um décimo das emissões projetadas para a primeira metade do século em sua biomassa, solos e produtos dela derivadas.
As florestas e a mudança do clima estão intimamente ligadas. Por um lado, mudanças no clima global já estão estressando as florestas através de temperaturas médias mais altas, mudanças de padrões de precipitação e eventos extremos do tempo mais frequentes. Ao mesmo tempo, ajudam a mitigar as mudanças. Isto vale tanto para árvores nativas quanto as plantadas pelo homem como forma de criar reservas verdes.
O plantio de novas florestas pode ajudar a mitigar as mudancas retirando CO2 da atmosfera, escreve no Guardian Charles Palmer, do Instituto Grantham de Pesquisa de Mudança do Clima e Ambiente da London School of Economics.
Os dados mais recentes divulgados pela Organização de Alimentos e Agricultura da ONU (FAO) sugerem que as florestas plantadas compreendem cerca de 7% da área florestada no mundo. A maioria delas foi estabelecida em locais que não tinham cobertura de árvores antes, pelo menos em anos recentes.
Sob certas condições, estas florestas podem crescer relativamente rápido, absorvendo portanto CO2 a taxas mais altas que florestas naturais. Na ausência de grandes perturbações, elas continuam a absorver carbono por 50 anos ou mais. Em comparação com a prevenção de perdas de florestas naturais, no entanto, as plantadas têm o potencial de fazer apenas uma contribuição limitada na redução de CO2 da atmosfera. Em 2000, o Painel Intergovernamental Sobre a Mudança do Clima (IPCC) reuniu evidência de que as florestas plantadas podem sequestram cerca de 1.1-1.6 gigatonelada de CO2 da atmosfera por ano – as emissões totais de gases estufa no mundo, como comparação, foram de 50 gigatoneladas em 2004.
Diferentemente de medidas de redução do desflorestamento, a plantação de árvores e o reflorestamento foram incluídos como atividades que podem ser financiadas sob o Protocolo de Kyoto. Mas as regras e procedimentos do protocolo restringiram a escala e a abrangência destas atividades. Como resultado, projetos lutam para sair do chão e o carbono sequestrado por eles é pífio. Fora do quadro de Kyoto, alguns projetos se mostraram inviáveis devido ao custo de aquisição de insumos ou de proteger árvores jovens de incêndios, secas, pestes ou doenças. O custo da terra é outra barreira, especialmente ondem existem outros usos, como o plantio de espécies para a indústria de biocombustíveis.
Foto: US Forest Service / Creative Commons 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Startup vai usar drones para semear 1 bilhão de árvores por ano e reflorestar o planeta

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Corte de madeira, mineração, agropecuária e a cada vez maior expansão dos centros urbanos em direção às florestas são responsáveis por levar ao chão aproximadamente 26 bilhões de árvores por ano.
Para reverter este cenário de destruição, o americano Lauren Fletcher sonha em fazer um replantio em escala industrial: semear 1 bilhão de árvores por ano usando drones. “Há anos eu e meu time estudamos as mudanças climáticas. Com esta tecnologia, acreditamos que poderemos mudar o mundo”, afirma o visionário.
Fletcher, engenheiro que trabalhou durante 20 anos na Agência Aeroespacial Americana (Nasa), é o CEO da BioCarbon Engineering, sediada em Oxford, na Inglaterra. A startup desenvolveu um projeto que utiliza a tecnologia dos drones para mapear, plantar e monitorar o crescimento das mudas.
No ar, os drones farão o mapeamento preciso das áreas que precisam ser replantadas, gerando imagens em alta resolução e mapas em 3D. Em seguida, o equipamento será usado para o plantio de sementes germinadas, que tem índice de absorção na terra muito mais alto quando comparado a técnicas que fazem dispersão aérea de sementes  secas.
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O drone lança do ar casulos com sementes pré-germinadas
O sistema é bastante sofisticado. Os drones descem a dois ou três metros acima do solo e lançam uma espécie de casulo, que contem sementes pré-germinadas, cobertas por um hidrogel com nutrientes. O veículo aéreo tem capacidade para plantar dez sementes por minuto. Fletcher acredita que será possível plantar 36 mil mudas de árvores por dia.
A técnica de agricultura de precisão garantirá o replantio em larga escala. Segundo a BioCarbon Engineering, o plantio manual é caro e lento e o que espalha sementes secas apresenta baixo índice de germinação.
Numa última etapa, os drones servirão para monitorar as áreas que foram replantadas. Esta informação ajudará a fornecer avaliações da saúde do ecossistema ao longo do tempo.
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A startup estima que será possível plantar 36 mil mudas de árvore por dia
No ano passado, o projeto da BioCarbon Engineering recebeu um prêmio da Skoll Foundation, fundação americana que investe na inovação e empreendedorismo social. Mais recentemente, ficou com o terceiro lugar na competição Drones for Good, nos Emirados Árabes Unidos.
A intenção do engenheiro americano é que até o meio do ano os drones já estejam no ar, semeando novas florestas pelo planeta. Que bons ventos os levem!

Fotos: Pavel Ahmed (abertura) e divulgação BioCarbon Engineering

domingo, 12 de abril de 2015

Dólar elevado pode limitar ganho do setor de defensivos, diz a Andef

Custos de produção, principalmente de fertilizantes e inseticidas, ficaram mais caros para os produtores


A alta do dólar ante o real pode interromper o crescimento do faturamento do setor de defensivos agrícolas no País. Segundo o diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher, no ano passado, o setor teve uma receita bruta de US$ 12,2 bilhões, aumento de 4,3% ante a cifra de US$ 11,7 bilhões de 2013. "Neste ano não vamos repetir essa marca, porque o dólar está apreciado ante o real. Podemos andar de lado ou ficarmos bem próximos ao valor do ano passado. 2015 é um ano de cautela", disse.
Daher explica que, apesar de os exportadores ganharem receita com a valorização da moeda norte-americana ante a brasileira, os custos de produção, principalmente fertilizantes e inseticidas, ficaram mais caros para os produtores, já que a maioria é importada. "Acredito que o único produto cuja cotação pode subir menos é o fertilizante nitrogenado. Esse movimento é explicado pela queda do valor do barril do petróleo no mercado internacional", ressaltou.
Outro fator citado por Daher é o clima. "Num tempo mais seco, há menos ocorrência de fungos e menos procura por defensivos para combate", disse. Entretanto, o diretor-executivo informou que os estoques de fertilizantes e defensivos no País estão baixos, o que pode fazer com que os produtores não diminuem suas compras dos produtos.


Fonte: Revista Globo Rural e CI Florestas

Biomassa ajuda a fazer hidrogênio mais barato

Experimento foi realizado por cientistas de Instituto da Virgínia, nos Estados Unidos.

A biomassa ajuda a reduzir o tempo e os custos de produção do combustível.
A biomassa serviu de matéria-prima para a produção de hidrogênio voltado para movimentar veículos. É um procedimento experimental do Instituto de Tecnologia da Virgínia (EUA), mas comprova que a biomassa ajuda a reduzir o tempo e os custos de produção do combustível, muito promissor para os chamados ‘carros verdes.’
O hidrogênio é exaltado por não emitir gases de efeito estufa, embora um dos obstáculos para a produção em escala é o seu alto custo, já que feito a partir do gás natural.
Agora, com o emprego da biomassa, esse custo cairá. Não foi divulgada proporção de redução de valores.
Ao contrário de outros métodos de produção de hidrogênio, os pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Virgínia, criaram um processo biológico que utiliza enzimas que permitem produzir hidrogênio rapidamente e com altos rendimentos a partir de glicose e xilose, açúcares abundantes em resíduos de espigas de milho e folhas.
A pesquisa foi financiada em parte pela Shell, no marco do programa GameChanger, e pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos.


Fonte: Jornal Cana e CI Florestas

sábado, 11 de abril de 2015

CTNBio aprova comercialização de eucalipto transgênico

Líderes do movimento temem que, com a introdução do transgênico, as abelhas contaminem a produção com os elementos da nova variedade. Assim, o mel nacional poderia sofrer restrições no mercado internacional, além de possíveis ameaças à saúde dos consumidores e das abelhas.
Ambiente Reflorestadora
A CTNBio diz ainda que a planta é testada desde 2004 e foi avaliada quanto a aspectos agronômicos, segurança ambiental, possíveis efeitos danosos a espécies de abelhas com e sem ferrão. A comissão destaca que foi feita uma audiência pública, em setembro do ano passado, e conduzidas discussões nas quatro subcomissões setoriais permanentes da CTNBio. 
Também por meio de nota, a FuturaGene informou que a liberação possibilitará produzir mais com menos recursos, além de garantir a sustentabilidade. A empresa ressalta que a nova tecnologia será disponibilizada aos pequenos produtores sem o pagamento de royalties, uma vez que já são parceiros da Suzano Papel e Celulose no programa de fomento florestal. 
A aprovação pelo CNTBio ainda cabe recurso. Após a publicação no Diário Oficial da União, haverá um prazo de 30 dias para interposição de recursos no Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS). Os recursos, caso ocorram, serão julgados pelo próprio conselho. Somente depois de notificada pelo CNBS, a empresa poderá registrar o produto no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e iniciar a comercialização.


Fonte: Por Mariana Tokarnia Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

XV Congresso Brasileiro de Meio Ambiente começa no dia 15

Evento é uma realização da Abrampa com o apoio do Ministério Público de Mato Grosso.


O Ministério Público do Estado de Mato Grosso sediará em Cuiabá, nos dias 15 a 17 de abril, o XV Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente. O evento, que ocorrerá na sede das Promotorias de Justiça da Capital, é uma realização da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), com apoio do Ministério Público de Mato Grosso. A iniciativa conta com a parceria e patrocínio de diversas entidades.
De acordo com o procurador de Justiça Luiz Alberto Esteves Scaloppe, titular da Procuradoria Especializada em Defesa Ambiental e Ordem Urbanística, o referido congresso é dedicado ao debate da atuação ministerial, papel da Justiça, o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental. As inscrições podem ser realizadas no site www.abrampa.org.br
Este ano, serão discutidos os seguintes temas: mobilidade urbana, processos ecológicos essenciais, estudo territorial e licenciamento, Código Florestal, atuação do Ministério Público na tutela ambiental, Política Nacional de Resíduos Sólidos e saneamento, políticas públicas ambientais, impactos e danos ambientais, mudanças climáticas e sustentabilidade.
Conforme a programação, o dia 15 está reservado, a partir das 12 horas, para credenciamento especial de coordenadores de CAO e associados da Abrampa. Às 13h, reunião do Concauma; 16h, assembléia geral da Abrampa; 17h, reunião de Escolas do Ministério Público com o tema “A Escola na Capacitação para Defesa Ambiental”, de Marcelo Goulart (ESMP); 18h, credenciamento para autoridades;19h, abertura oficial; 19h30 homenagens para Guiomar Teodoro Borges (TJMT e ex-curador do Meio Ambiente) e Sávio Renato Biottencourt Soares Silva (MPRJ e Abrampa). (Com Clênia Goreth do MPE).


Fonte: Diário de Cuiabá

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Plantio de eucalipto aumenta chuva em regiões altas das Serras do Mar e Mantiqueira

lton Alisson | Agência FAPESP – A substituição da vegetação natural das encostas das Serras do Mar e da Mantiqueira pelo plantio de eucalipto aumenta o volume de chuva sobre as áreas mais altas e, consequentemente, os riscos de deslizamentos de terra nessas regiões serranas durante a estação chuvosa – entre dezembro e fevereiro.
Substituição da vegetação natural das encostas aumenta volume de precipitações no topo de montanhas, culminando em riscos de deslizamentos de terra, aponta estudo do Inpe
A constatação é de uma pesquisa de doutorado realizada pela tecnologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Viviane Regina Algarve, no âmbito do Projeto Temático “Assessment of impacts and vulnerability to climate change in Brazil and strategies for adaptation option”, apoiado pela FAPESP.
“Observamos que a mudança da vegetação natural por eucalipto nas encostas das Serras do Mar e da Mantiqueira altera as trocas de energia entre a superfície e a atmosfera, modificando o padrão de circulação de vento que ocorre entre o vale e a montanha e, em razão disto, o transporte de calor e umidade para o topo das serras”, disse Regina Alvalá, pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e orientadora do estudo, à Agência FAPESP.
“O aumento da convergência de umidade sobre os topos das montanhas facilita a formação e alimentação de nuvens, nevoeiros e tempestades”, explicou.
De acordo com dados do Anuário Estatístico da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas, há mais de 6 milhões de hectares de florestas de eucalipto dos gêneros Pinnus e Eucalyptus no Brasil, em regiões com diferentes topografias e padrões de chuva.
Em São Paulo, as plantações de eucalipto estão concentradas em cidades situadas próximas das Serras do Mar e da Mantiqueira, à exceção de Ribeirão Preto.
Com o aumento da demanda por celulose e madeira, as plantações de eucalipto têm sido expandidas para encostas íngremes em municípios próximos a essas duas regiões serranas do estado.
Em razão dessa e de outras mudanças no uso e cobertura da terra – como a conversão para área de pastagem –, que têm ocorrido nas últimas décadas nas encostas das Serras do Mar e da Mantiqueira, está aumentando o volume de chuvas sobre as áreas mais altas dessas regiões serranas, o que pode resultar em riscos de deslizamentos, apontam os autores do estudo.
“Como o eucalipto é uma vegetação de porte alto, absorve muita radiação e, com isso, altera os balanços de energia e de água entre a superfície e a atmosfera. Isso acaba culminando em um aumento do volume de chuvas”, disse Alvalá.
Os pesquisadores analisaram séries históricas de dados de chuvas, referentes ao período de 1961 a 1990, de 25 estações meteorológicas distribuídas por municípios localizados próximos das Serras do Mar e da Mantiqueira.
“Observamos que, embora as alterações mais significativas no volume de chuvas tenham ocorrido sobre as áreas mais elevadas das Serras do Mar e da Mantiqueira, também houve um aumento do número de episódios de chuvas em algumas áreas na região do Vale do Paraíba”, afirmou Alvalá.
Projeções
A fim de avaliar os impactos da conversão de áreas de floresta para plantio de eucalipto ou para pastagem no regime de chuva das Serras do Mar e da Mantiqueira, os pesquisadores fizeram projeções usando o modelo climático regional ETA-CPTEC, com resolução espacial de 10 quilômetros, desenvolvido pelo Inpe.
As projeções indicaram que tanto a troca da vegetação natural por plantio de eucalipto como para área de pastagem levam ao aumento no volume diário de chuvas durante o verão, principalmente sobre as áreas mais elevadas das regiões serranas.
“A análise dos dados observacionais do período entre 1941 e 2012 e as simulações com o modelo meteorológico ETA para o período entre 1981 e 1990 indicam que as mudanças no uso e cobertura da terra observadas nas Serras do Mar e da Mantiqueira causaram o aumento no volume de chuvas em algumas áreas dessas regiões serranas”, avaliou Alvalá.
“Esse tipo de diagnóstico da evolução da mudança de uso da terra e suas implicações climáticas são essenciais para orientar tomadores de decisão de órgãos governamentais e da Defesa Civil na identificação de áreas de risco”, afirmou.
Em outro estudo, publicado no International Journal of Geo-Information, os pesquisadores avaliaram a suscetibilidade ao deslizamento de terra em áreas ocupadas por plantações de eucalipto em diferentes fases de desenvolvimento, ou convertidas em áreas de pastagem, em 16 municípios próximos das Serras do Mar e da Mantiqueira.
Os resultados do estudo indicaram que as áreas convertidas para pastagem apresentam os maiores níveis de suscetibilidade, seguidas pelas que receberam novas plantações de eucalipto e as ocupadas por moradias.
“Há uma preocupação sobre a área crescente de plantações de eucalipto em encostas íngremes no Estado de São Paulo uma vez que não há estudos específicos sobre o impacto do reflorestamento em processos de movimento de massa”, ressaltam os autores do estudo.
De acordo com os pesquisadores, o eucalipto tem diferentes fases de desenvolvimento, que podem contribuir em maior ou menor escala para a ocorrência de deslizamentos de terra.
No estágio inicial de desenvolvimento – que dura entre dois e três anos –, as árvores de eucalipto possuem uma grande quantidade de folhas, que bloqueiam a exposição do solo à luz solar, tornando-o mais úmido e vulnerável a deslizamentos.
Já na fase adulta, diminui a quantidade de folhas das árvores de eucalipto, permitindo que a luz solar atinja e reduza a vulnerabilidade do solo.
Durante a fase da colheita do eucalipto, contudo, o solo fica completamente exposto à chuva e aumenta sua taxa de erosão, o que pode deflagrar deslizamentos de terra, apontam os autores do estudo.
“A taxa de erosão de uma área de colheita de eucalipto pode ser até quatro vezes maior do que a de uma região com vegetação preservada”, destacam. 
Fonte: Agencia FAPESP

Atenção, cursos do EaD SENAR disponível



EaD Senar


As Capacitações Tecnológicas são ideais para você que quer aprender sobre as principais características e inovações presentes nos processos produtivos de diversas áreas, ou se atualizar sobre as mudanças e as transformações significativas do setor agropecuário.


Para participar dos programas você precisa ter experiência e formação técnica ou superior em áreas relacionadas com o setor rural ou nas áreas das Ciências Agrárias (Agronomia, Agropecuária, Engenharia Agrícola, Zootecnia, Pesca, Aquicultura, Engenharia Ambiental, Engenharia Florestal, Ciências Rurais ou áreas afins).



Estes programas foram desenvolvidos para você que deseja multiplicar seus conhecimentos e tornar o seu trabalho mais produtivo, transformando a sua realidade dentro de uma perspectiva inovadora de geração de conhecimento.



Hoje, as Capacitações Tecnológicas são oferecidas em 08 programas: Heveicultura, Silvicultura, Floricultura, Suinocultura, Bovinocultura de Leite, Ovinocultura, Piscicultura, e Bovinocultura de Corte. Mas fique atento, pois em breve novos programas serão oferecidos.



segunda-feira, 6 de abril de 2015

Inscrições para criação de novos jardins botânicos vão até 22 de maio

O Sistema Nacional de Registro de Jardins Botânicos [SNRJB], ligado ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro [JBRJ], está recebendo documentação para novos registros nessa categoria.
Podem se inscrever entidades que tenham interesse em ser enquadradas como jardins botânicos. O prazo termina no dia 22 de maio.
Pesquisadores definem os jardins botânicos como instituições que reúnem coleções documentadas de plantas vivas. O objetivo principal é a pesquisa científica. Entretanto, também fazem parte do processo a conservação das espécies, a exposição e a educação.
Segundo dados de 2012 da Rede Internacional de Jardins Botânicos [Botanic Gardens Conservation International - BGCI], estima-se que existam, hoje, cerca de três mil jardins botânicos e arboretos distribuídos em 180 países. No Brasil, são apenas 34.
A documentação apresentada precisa seguir as diretrizes do Manual de Orientação para Solicitação de Registro e Enquadramento de Jardins Botânicos. Essas e outras informações estão dispostas na Resolução Conama nº 339/2003.
Uma vez reunidos os documentos, as entidades interessadas devem enviá-los por correio para o seguinte endereço: Rua Pacheco Leão, 915, Bairro Jardim Botânico, CEP: 22460-030, Rio de Janeiro [RJ].
A postagem deve ser endereçada a Luís Felipe Leal Esteves, Diretoria de Pesquisas da Secretaria do SNRJB. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: snrjb@jbrj.gov.br ou pelo telefone: (21) 3204-2071.

Fonte: Icó é Notícia 

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Produção elétrica de térmicas a biomassa cresce 23,4% em 12 meses

Neste período, foram gerados 21.185 GWh por estas usinas.


Produção de energia elétrica por termelétricas a biomassa tem elevação.
Produção de energia elétrica por termelétricas a biomassa tem elevação.
Divulgado nesta semana, o Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), apontou elevação de 23,4% na produção de energia elétrica por termelétricas a biomassa.
A matriz de produção do Sistema Elétrico Brasileiro, que totalizou 550.334 GWh no período de fevereiro de 2014 a janeiro de 2015, apresentou maior geração através de hidrelétricas (72,4%). Neste período, foram gerados 21.185 GWh pelas térmicas a biomassa, crescimento de 23,4% em 12 meses.

A capacidade instalada total de geração de energia elétrica no mês de fevereiro registrou 134.794 MW, variação positiva de 6,4% em relação a 2014.

As térmicas a biomassa, responsáveis por 9,2% desta matriz de capacidade, apresentaram aumento de 8,6%, com capacidade de 12,391 MW, oriundos de 504 usinas.

Fonte: Painel Florestal