sábado, 6 de agosto de 2016

Colhedora de biomassa florestal da New Holland recebe prêmio Rei 2016

Avaliada por um grupo de estudos da FCA/Unesp, em Botucatu (SP), a marca foi reconhecida pela eficiência de sua forrageira, que garante alto rendimento na colheita de plantios de curta rotação de eucalipto

Colhedora de biomassa da New Holland na FCA da Unesp em Botucatu
Colhedora de biomassa da New Holland na FCA da Unesp em Botucatu
A forrageira modelo FR600 recebeu o Prêmio REI 2016 na categoria Engenharia, Inovação e Tecnologia organizado pela revista Automotive Business. A plataforma florestal 130FB está acoplada na colhedora de forragens e revoluciona o mercado sendo a única capaz de cortar, recolher, picar e distribuir os cavacos sobre o transbordo.
O grupo de pesquisa LABB (Laboratório Agroflorestal de Biomassa e Bioenergia) da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, em Botucatu, interior de São Paulo, avaliou com ineditismo a primeira colheita mecanizada de biomassa florestal no Brasil.
O projeto cooperativo teve duração de três anos e foi coordenado pelo professor doutor Saulo Guerra, auxiliado por seus orientados Guilherme Oguri e Luiz Balestrin. O diretor de marketing da New Holland, Carlos d’Arce, juntamente com gerente de inovação da CNH, Carlos Visconti, e o engenheiro André Seki, também participaram ativamente do projeto. Além da Unesp e da CNH, o projeto contou com a parceria de três empresas florestais: Duratex, Fibria e Carvovale.
Para o diretor de marketing, Carlos d’Arce, que participou da premiação em São Paulo (SP), ter um case entre os melhores do ano evidencia a atuação da New Holland no setor. "Temos o compromisso com o produtor rural em entregar máquinas e equipamentos que garantam alto rendimento e produtividade no segmento de biomassa, assim como de outras culturas. Prêmios como este reforçam esse comprometimento com o produtor", comenta.
Fonte: Agriworld Revista

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Silvicultores de Santa Catarina intensificam o combate à vespa da madeira

Para evitar a proliferação da praga, a ACR está intensificando ações de combate

Este período do ano é estratégico para os reflorestadores de pinus. É quando se intensifica o combate à Vespa da Madeira, como é chamada a Sirex noctilio. Trata-se de uma praga exótica, que chegou ao Brasil acidentalmente durante a década de 1980. A Vespa da Madeira deposita ovos nos troncos das árvores, comprometendo o desenvolvimento delas.
A fase agora é de inoculação dos nematóides
Foto: Francisco Santana/Embrapa Florestas
A fase agora é de inoculação dos nematóides
Foto: Francisco Santana/Embrapa Florestas
Em Santa Catarina, mais de 540 mil hectares abrigam plantações deste tipo de árvore. O estado é o segundo maior produtor de pinus do Brasil, atrás apenas do Paraná. Para evitar a proliferação da praga a Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) está intensificando ações de combate. Fazem parte da estratégia: reuniões técnicas, campanhas informativas e alertas em rádios dos principais municípios produtores de pinus no estado.

"A participação do produtor florestal, no entanto, é fundamental para o sucesso da estratégia", lembra o presidente da associação, Ali Abdul Ayoub. A Vespa da Madeira ataca principalmente plantios de pinus sem manejo, causando o apodrecimento da árvore. Copa amarelada e respingos de resina no tronco são indícios de infestação. "Identificadas essas características, os órgãos estaduais como Cidasc e Epagri, devem ser comunicados", explica o presidente da ACR.
A vespa da madeira
A vespa da madeira "em ação"
Foto: Francisco Santana/Embrapa Florestas
No fim de abril, aconteceu reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Florestal (Cadif), na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), que contou com a participação do diretor executivo da ACR, Mauro Murara Jr. A reunião tratou do termo de cooperação técnica, assinado em 2015, que define o repasse de subvenção financeira para o combate e monitoramento da Vespa da Madeira. Através da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca irá disponibilizar R$ 70 mil, de origem do Fundo Nacional de Controle da Vespa da Madeira (Funcema). Parte do valor (R$ 20 mil) será utilizada pela Cidasc para produção de material de campanhas preventivas e explicativas. Com a outra parte (R$ 50 mil) a ACR fará a aquisição de nematóides, utilizados no combate direto à praga. Os nematóides são aplicados em troncos de árvores infectadas. Eles penetram nas larvas da vespa, que irão gerar descendentes inférteis.
"Atualmente estamos na fase de inoculação dos nematóides. A partir de setembro começam as instalações de árvores armadilhas", explica Murara Jr. "Profissionais que atuam no corte, desbaste, transporte e nas serrarias, devem ser instruídos para detectar e relatar sinais de infestação", explica ele. Os principais indícios são: presença de insetos adultos, galerias larvais e pequenos orifícios no tronco das árvores de pinus. "Quanto mais cedo o problema for identificado, maior o tempo para combatê-lo e maior será o nosso êxito", conclui ele.
Fonte: Painel Florestal - ACR

Equipamento deve revolucionar a técnica de mensuração florestal

Embrapa, SFB e muitas universidades já o compraram e agora é a vez das empresas o quererem

O dendrômetro ótico vai agilizar a vida de quem trabalha com florestas
O dendrômetro ótico vai agilizar a vida
de quem trabalha com florestas
A inovação da técnica de mensuração de volume dará um salto evolutivo no setor florestal com a utilização de um novo equipamento: o dendrômetro ótico digital. De acordo com o engenheiro de equipamentos Rafael Oliveira Nascimento, da Laser Tech do Brasil, com o novo equipamento será possível obter medidas de altura das árvores, diâmetro dos galhos e do tronco – tudo isso em qualquer altura.
Segundo Nascimento, o objetivo é trazer a exatidão na mensuração florestal, com resultados em tempo real. O dendrômetro ótico digital também faz cálculos relacionados ao princípio do fator de área basal (BAF). O novo equipamento deve mudar o ritmo de muitas atividades no setor florestal, principalmente porque a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e a Universidade Federal de Lavras (Ufla) já o adquiriram, além de outras universidades do país.
Localizada em Araçoiaba da Serra, no interior de São Paulo – próximo a grandes plantios florestais-, a Laser Tech do Brasil vem recebendo muitas visitas de empresas interessadas no equipamento. "Estamos diante de uma oportunidade de mudar a técnica de mensuração da madeira. Hoje, utiliza-se a referência para diâmetro na altura do peito (DAP) e altura da árvore. Agora, podemos retirar diâmetros em quaisquer alturas", explicou Rafael Nascimento.
Fonte: Painel Florestal - Elias Luz

sábado, 30 de julho de 2016

John Deere lança documentário sobre vida no campo e ILPF

Obra mostra história de famílias que tiveram suas vidas transformadas por meio da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)

Área de ILPF
Em comemoração ao Dia do Agricultor, na última quinta-feira, 28, a John Deere, em parceria com a Embrapa e com o Ministério da Cultura, lançou o documentário Vida no Campo. O trabalho retrata histórias de transformação de cinco famílias, de diferentes regiões do Brasil, que tiram seu sustento por meio da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), sistema sustentável que permite ter lavoura, pecuária e plantio de floresta em uma mesma parcela de terra.
Selvino Ortiz, de Pirapó (RS), na região das Missões, é um dos personagens do documentário. Ortiz e sua família sofriam com o clima da região Missões Rio Grandenses, onde a cada três anos, cinco são de estiagem. Porém, o ILPF trouxe uma nova realidade, que amenizou os efeitos climáticos. "A renda triplicou e o custo não aumentou. Depois de absorver e botar em prática esses conhecimentos, nós conseguimos renovar nossas tecnologias", afirma Marcos Ortiz, filho de Selvino. Mas a integração trouxe um benefício maior, permitiu que a família conseguisse permanecer junta, com condições financeiras para todos trabalharem na propriedade.
O ILPF também apresenta benefícios para a natureza, pois reduz as emissões de gases do efeito estufa e melhora a qualidade da terra. Além disso, o sistema barateia os custos de produção e propicia mais eficiência no uso da mão de obra e de energia. A necessidade de alimentar uma população mundial crescente, que em breve chegará a mais de nove bilhões de pessoas, coloca a integração de sistemas como uma das principais alternativas para aumento de produção e a redução de custos e riscos, algo que vem atraindo a atenção dos agropecuaristas em todo o território nacional.
As máquinas da John Deere estão no mercado há quase 200 anos
"Este é o futuro da agricultura, com produção e a preservação caminhando juntas e de maneira sustentável", explica Zuleica Modena, presidente da Fundação John Deere. Ela lembrou ainda que o documentário Vida no Campo busca mostrar a vida de famílias agricultoras que investiram na integração de sistemas e tiveram resultados positivos.
"O documentário mostra bem como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta pode ser adaptada para qualquer latitude e longitude do País, sendo que a adoção foi fundamental na trajetória de vida das cinco famílias apresentadas no vídeo. É algo revolucionário tanto na produção e preservação ambiental quanto na questão social e humana", completa Zuleica.
Vida no Campo é o quarto documentário fomentado pela John Deere. A companhia também desenvolveu, em parceria com a Embrapa, diversos vídeos sobre sustentabilidade. Entre eles: Terra e Sustentabilidade (youtu.be/kpMyc22IKWg), sobre sistemas agrícolas eficientes; Energia Verde e Amarela (youtu.be/_eINnk9HTSg), que trata dos diferentes processos de geração de energia sustentável; e Caminhos das Águas (youtu.be/bMeM9TByxxo), voltado para a valorização da matriz hídrica nacional.
Assista: Vida no Campo (youtu.be/iP3-p2an6ps)
Fonte: Painel Florestal - Assessoria

Cedro australiano: a madeira nobre da hora e da vez em palestras e dia de campo detalhados

O município de Campo Belo, em Minas Gerais, vai reunir produtores rurais de todo o País

A porteira da fazenda da Bela Vista Florestal, localizada no município de Campo Belo, em Minas Gerais, está aberta. O motivo: nos dias 29 e 30 deste mês, sexta-feira e sábado, será realizado o Dia de Campo do Cedro Australiano – o primeiro evento exclusivo sobre a espécie no Brasil.
Um dos plantios de cedro australiano da Bela Vista Florestal
Um dos plantios de cedro australiano da Bela Vista Florestal
De acordo com o diretor comercial da Bela Vista Florestal, Ricardo Vilela, a iniciativa de promover o 1° Dia de Campo do Cedro Australiano surgiu a partir de inúmeras solicitações de visitas à Fazenda Bela Vista. O interesse pela espécie, cada vez mais crescente, despertou a atenção de milhares de produtores e investidores de todo o Brasil. "Recentemente, o programa Globo Rural exibiu uma extensa reportagem sobre o projeto Bela Vista com o cedro australiano, ampliando ainda mais a sua visibilidade", disse Vilela.
O evento será uma oportunidade para produtores rurais, florestais e potenciais investidores conhecerem, de perto, as pesquisas desenvolvidas em 15 anos de dedicação à espécie. "Do processo de melhoramento genético à produção de mudas clonais. Do plantio à colheita, passando pelo desbaste. O processamento da madeira na serraria Bela Vista até o contato com consumidores de cedro australiano", explica Vilela.
Inscrições pelo site www.cedroaustraliano.com.br

Fonte: Painel Florestal - Elias Luz

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Fibria terá primeiro viveiro automatizado de mudas de eucalipto do mundo na unidade de Três Lagoas (MS)

Robôs e imagens 3D serão ferramentas utilizadas no mais moderno viveiro da indústria florestal

Fibria - Visita de Familiares (2)A Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, vai implantar um novo viveiro em sua unidade de Três Lagoas (MS), que contará com aplicação de tecnologias holandesas de última geração para a automação de todo o processo de produção de mudas de eucalipto, iniciativa inédita no setor.
A Fibria será a primeira empresa da área de celulose a utilizar robôs para plantar mudas de eucalipto. Essa é a primeira etapa do processo que, no modo convencional, é realizada manualmente. A automação vai evitar perdas e preservar a integridade das mudas. O novo viveiro também segue conceitos de sustentabilidade, redução de resíduos e de impacto ambiental, com a substituição dos antigos tubetes de plástico das bandejas de produção de mudas por materiais mais modernos, feitos de papel biodegradável. As novas instalações irão ocupar, aproximadamente, 48 mil m² de estufas, com automação nos processos de transporte, manuseio, seleção, irrigação, nutrição e controle meteorológico.
Já na segunda etapa, na qual é realizada a seleção das mudas para acomodá-las em espaço adequado ao seu crescimento, o novo sistema de máquinas do viveiro, com visão 3D, vai monitorar a evolução das mudas e gerar eficiência no cultivo das plantas.  Dessa forma, o novo equipamento fornecerá estatísticas de material genético e do desenvolvimento de cada planta que garantirão à Fibria maior controle de qualidade das mudas que serão plantadas no campo.
“Teremos um viveiro de vanguarda, com altíssimo nível de precisão, de sistemas e de controles ambientais, que garantirão uma melhor performance para o padrão de mudas da Fibria. Melhores mudas são a base para termos melhores florestas”, afirma Aires Galhardo, diretor executivo Florestal da Fibria.
Além da otimização das atividades dentro do viveiro, o uso da nova tecnologia apresentará melhorias também para os operadores. “O novo método trará benefícios ergonômicos para os trabalhadores. Outra novidade é o controle de irrigação e clima, que será realizado por meio de painéis automatizados. É a tecnologia trazendo benefício para o processo e qualidade de vida para o empregado”, diz Tomás Balistiero, gerente geral Florestal da Fibria no Mato Grosso do Sul.
A expectativa é que a implantação do novo viveiro seja iniciada em março de 2016 e que a operação ocorra em março de 2017, com uma capacidade de produção de 43 milhões de mudas de eucalipto por ano. As mudas serão destinadas ao plantio e formação das florestas que abastecerão a unidade da Fibria em Três Lagoas e o Projeto Horizonte 2, segunda linha de produção de celulose da empresa no município, que entrará em operação no último trimestre de 2017.
Parcerias
A implantação do novo viveiro da Fibria acontece por meio do consórcio Hortikey Holandês, que desenvolve projetos de automação em grande escala para empresas do mercado internacional. O consórcio é formado pelas principais empresas do setor como Agri-tech Aris, Berg Hortimotive, Bosman Van Zaal e Sistemas de Flier, além da brasileira Methodo Ferramentaria, que fornece suporte para normas locais, regras e regulamentos das leis brasileiras; e da Açopema, que fornecerá as estufas.
As obras do Projeto Horizonte 2 começaram em 2015 e seguem dentro do cronograma. Com investimento de R$ 8,7 bilhões (equivalente a cerca de US$ 2,2 bilhões), o projeto de expansão da Fibria vai gerar ao longo das obras 40 mil empregos e, ao final do projeto, 3 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A Unidade de Três Lagoas terá sua capacidade de produção aumentada em 1,75 milhão de toneladas de celulose/ano. Com a ampliação, a unidade da Fibria em Três Lagoas somará capacidade de 3,05 milhões de toneladas de celulose/ano, passando a ser uma das maiores fábricas de produção de celulose no mundo.
Fonte: CeluloseOnline

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Hidrelétricas no Tapajós concentram desmatamento amazônico de 5 anos

De acordo com pesquisadora do IPAM, retirada de cobertura florestal seria de 22 mil km2 a 32 mil km2 em 2030. Caso as áreas protegidas não existissem, o desmatamento chegaria a 46 mil km2

A pesquisadora do Ipam Ane Alencar participou, na sexta-feira (29), em Santarém (PA), de uma audiência pública sobre a construção da hidrelétrica São Luiz do Tapajós, no rio de mesmo nome, cujo licenciamento é previsto para 2016. Ela apresentou resultados de uma projeção de desmatamento na região decorrente da construção das hidrelétricas na bacia do Tapajós previstas no Plano Decenal de Energia 2014.
Foto: Marcelo Salazar/ISA
Rio Tapajós. Foto: Marcelo Salazar/ISA
Segundo o estudo, a retirada de cobertura florestal seria de 22 mil a 32 mil quilômetros quadrados em 2030, devido ao crescimento populacional repentino associado à obra, à abertura de novas estradas e à especulação imobiliária. Caso as áreas protegidas não existissem na região, o desmatamento seria ainda maior, chegando a 46 mil km2.
A pesquisa também oferece um retrato da região: a bacia do Tapajós tem hoje 59% de seus 105 mil km2 com florestas. Unidades de conservação e terras indígenas contemplam 48% da área da bacia, propriedades particulares, 26%, assentamentos, 6% e 20% são terras do governo ou sem destinação.
“Entre o melhor e o pior cenários, nos próximos 15 anos, temos desmatamento equivalente ao registrado em toda a Amazônia ao longo de cinco anos apenas nesta região”, afirma Alencar. Atualmente, o desmatamento anual na Amazônia gira em torno de 5 mil km2. “Grande parte da área de influência tem áreas protegidas, mas mesmo assim a projeção é de grande retirada de cobertura florestal.”
O estudo indica que, para evitar o pior cenário para a floresta, é preciso destinar as terras públicas devolutas, finalizar o Cadastro Ambiental Rural das propriedades e assentamentos, consolidar as áreas protegidas para que sirvam de barreira ao desmatamento e construir um processo de planejamento que envolva todos os atores impactados – representados na audiência.
Há também uma avaliação que, segundo especialistas em energia ouvidos na reunião, não ecoa no governo: a real necessidade do empreendimento.
Os planos de desenvolvimento hidrelétrico no rio Tapajós e três afluentes, Teles Pires, Juruena e Jamaxim, incluem 43 barragens com potência superior a 30 MW, das quais dez são consideradas prioritárias para o governo federal. Além da produção de energia, elas compõem um mosaico com hidrovias formuladas para escoar a produção agrícola.
De acordo com o professor Célio Bermann, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo, “o Brasil não precisa de usinas no Tapajós”. Bermann defende que, antes de novos investimentos em hidroeletricidade na Amazônia, investimentos em manutenção da rede elétrica brasileira e investimentos em ouras fontes renováveis, como sol e vento, devem ser exploradas.
Impactados
A audiência de Santarém reuniu mais de 500 pessoas, porém nenhum representante do governo ou das empresas interessadas apareceram. “De nove empresas interessadas na construção de São Luiz do Tapajós, oito são empreiteiras investigadas na operação Lava Jato”, disse o procurador Camões Boaventura.
Em compensação, povos indígenas afetados pelos projetos, como os mundurukus e arapiuns, estiveram na reunião. Eles denunciam que desde setembro de 2014 nenhuma reunião sobre o assunto foi feita entre os indígenas e o governo
O projeto já enfrenta pelo menos quatro menos processos judiciais. Um deles, por não ter respeitado o direito de consulta prévia, previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), já tem decisão do Superior Tribunal de Justiça que obriga o governo a fazer a consulta. (Ipam/ #Envolverde)
Fonte: Ipam.