segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Alemanha vai investir 23 milhões de euros no Cadastro Ambiental Rural

Brasil e Alemanha firmaram, na quarta-feira (19/8), acordos de cooperação para a regularização ambiental de imóveis rurais localizados na Amazônia e em áreas de transposição para o Cerrado. O acordo ainda inclui investimentos em conservação florestal. Ao todo, serão investidos 50 milhões de euros (R$ 183 milhões).
car 01 Alemanha vai investir 23 milhões de euros no Cadastro Ambiental RuralAs parcerias foram firmadas durante a Conferência Florestas, Clima e Biodiversidade, realizada em Brasília, e segundo a ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, o objetivo é unir ações de conservação da biodiversidade com medidas capazes de frear as emissões de gases de efeito estufa. “É preciso haver uma relação mais simétrica entre biodiversidade e clima”, defendeu a ministra. “A biodiversidade está na base de tudo e precisa ser protagonista na agenda climática.”
Os investimentos no Cadastro Ambiental Rural (CAR) somarão 23 milhões de euros e viabilizarão o Projeto de Regularização Ambiental de Imóveis Rurais na Amazônia e em Áreas de Transição para o Cerrado.
A região contemplada é estratégica para o combate ao desmatamento e para a conservação da biodiversidade. O projeto apoiará o CAR dos imóveis de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais de Rondônia, Mato Grosso e Pará.
Além disso, também serão promovidas ações de recuperação dos passivos ambientais das áreas de preservação permanente e de reserva legal encontradas nesses terrenos.
Com a medida, será possível realizar a regularização ambiental dos imóveis rurais brasileiros conforme o novo Código Florestal. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, destacou a importância da ação para o setor. “O objetivo é proteger o meio ambiente produzindo alimentos”, defendeu. “A inovação tecnológica é um meio de evitar o desmatamento.”
Fonte: Revista Globo Rural

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Setor moveleiro resiste à crise

No maior polo moveiro de SC, empresas driblam a crise com exportação e produtos de qualidade.

Exportações subiram 10% de janeiro a julho deste ano (Foto: Agência RBS).
Exportações subiram 10% de janeiro a julho deste ano
 (Foto: Agência RBS).
O perfil exportador, aliado ao consumo mais concentrado nas classes A e B, coloca os fabricantes de móveis de madeira em condição mais favorável diante da crise econômica que afeta a maior parte das indústrias catarinenses.
Enquanto a indústria em geral no Estado registrou queda de 8% na receita no período de janeiro a junho deste ano, o faturamento no setor de móveis cresceu 2,4%.
Contudo, o melhor desempenho está nas vendas externas. Já considerando o mês de julho, a receita do maior exportador de móveis do Brasil cresceu 10%, alcançando US$ 105,8 milhões.
Em toneladas, o volume despachado para o exterior subiu 15%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Além do dólar em alta, que favorece os ganhos com exportação, o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul, José Franzoni, atribui os resultados à característica de fabricação com madeira maciça, que é destinada aos consumidores das classes A e B.
Visão compartilhada pelo empresário e vice-presidente regional da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Arnaldo Huebl. Segundo ele, quem atua no segmento de móveis populares sente mais o impacto da crise porque as camadas de baixa renda são as mais endividadas.
Ainda assim, o mercado interno apresenta desempenho pior do que o externo e já fez empresas darem férias coletivas e banco de horas, diz Huebl.
Rico em florestas nativas e de reflorestamento, o Planalto Norte concentra 60% da produção catarinense de móveis de madeira, o que o torna o principal polo moveleiro do Estado e o que mais exporta – o outro polo fica no Oeste.
São aproximadamente 350 empresas e 7,6 mil empregos diretos em estabelecimentos de pequeno, médio e grande porte, localizados, especialmente, nos municípios de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre.
Seus produtos chegam aos grandes centros de consumo do País e figuram na lista dos dez mais exportados por Santa Catarina. Na última grande crise cambial, de 2008 e 2009, o setor sentiu o baque.
Muitas empresas fecharam na região e, até hoje, as exportações estão longe dos US$ 371 milhões registrados em 2008. Mas quem sobreviveu à crise ainda consegue oferecer ganhos reais de 7% no piso da categoria nos últimos três anos e se beneficia da aceitação de um produto de qualidade, dentro e fora do País.
Segundo semestre de incertezas
Diretor da indústria e lojas Weihermann desde a década de 1970, Arnaldo Huebl já viu a economia mudar de rumo várias vezes. Antes da crise de 2008, a Móveis Weihermann chegou a exportar 90% da produção.
Hoje, as vendas externas respondem por 40% da capacidade produtiva. A empresa teve que adequar a produção ao mercado nacional e vinha observando crescimento anual até 2015, quando estabilizou.
Apesar de o setor moveleiro sentir menos o impacto da crise econômica se comparado a outros importantes segmentos neste primeiro semestre, o empresário observa com preocupação o cenário para a segunda metade do ano.
Segundo ele, países da Europa, o segundo maior comprador depois dos Estados Unidos, entram em férias em agosto e isto deve impactar o resultado do mês. Além disso, ele afirma que o comportamento dos lojistas, aqueles que compram seus móveis, também mudou.
“Estamos prevendo um segundo semestre bem disputado. O lojista compra só o que gira, não faz estoque. A rentabilidade está caindo”, diz o empresário.
Indústria de médio porte, com 200 funcionários, a Weihermann corta de 60 a 70 metros cúbicos de madeira por dia, proveniente de reflorestamento de pínus e eucalipto. O plantio próprio garante autossuficiência para 50% da capacidade da fábrica.
A especialidade são os móveis de quarto e sala, que apresentam peças e cores personalizadas para atender a clientes exigentes. Grandes varejistas de São Paulo levam a maior parte dos produtos.
Fonte: A Notícia

Malinovski comercializa 60% da área para a Lignum Brasil e Expo Madeira & Construção

Os dois eventos, que serão realizados em março de 2016, farão de Curitiba a capital do setor madeireiro do Brasil.

A Lignum Brasil colocará o País no cenário dos grandes eventos madeireiros do mundo
A Lignum Brasil colocará o País no cenário dos grandes eventos
madeireiros do mundo
As feiras Lignum Brasil e Expo Madeira & Construção acontecem somente em março de 2016, mas 45 empresas, percebendo a importância dos eventos, já garantiram seus espaços, ocupando 60% do pavilhão. “O que os expositores perceberam na Lignum Brasil e na Expo Madeira & Construção foi uma oportunidade, tanto para mostrar para os visitantes as novas tecnologias disponíveis, quanto para aquecerem o mercado com novos negócios”, avalia Rafael A. Malinovski, diretor de negócios da Malinovski Eventos, empresa organizadora das feiras.
O pavilhão do Expo Renault Barigui, local das feiras, conta com duas áreas: uma interna e outra externa. Em ambas, os expositores poderão mostrar seus produtos em funcionamento, mas o grande diferencial da parte externa é a possibilidade da realização de dinâmicas. Já estão garantidas as demonstrações de picadores que geram biomassa para energia e serrarias. “É importante ressaltar que a aposta em feiras e na divulgação da marca é um diferencial para a empresa, essa atitude mostra para o cliente que, apesar de possíveis instabilidades econômicas, ela continua consistente no mercado”, destaca Rafael.
Sobre as feiras
A Lignum Brasil é uma feira focada na produção industrial madeireira e suas vertentes: transformação, beneficiamento, preservação, energia e uso da madeira. Durante os três dias da feira, o público visitante poderá conhecer o que existe de mais novo e moderno para processamento e beneficiamento da madeira após ser posta no pátio das indústrias.
Paralelamente, será realizada a 2ª Expo Madeira & Construção, um evento da APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), que traz na essência a exaltação da funcionalidade, sustentabilidade e beleza da madeira. Nesta área, os visitantes encontrarão soluções construtivas, atualidades e potencialidades futuras do uso da madeira de florestas plantadas na construção civil e seus benefícios. As feiras acontecerão nos dias 09, 10 e 11 de março de 2016, no Expo Renault Barigui, em Curitiba (PR).
Uma informação interessante é que as duas mostras fazem parte da Semana Internacional da Madeira, composta por sete eventos. Além da Lignum Brasil e do 2ª Expo Madeira & Construção, entre 06 e 11 de março acontecerão o Wood Trade Brazil, Encontro Brasileiro de Energia da Madeira, XV Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira), 59ª SWST International Convention (Society of Wood Science and Technology) e a Reunião de Associados da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente). Eventos que englobam todo o ciclo industrial da madeira.
Para mais informações: www.lignumbrasil.com.br, www.expomadeira.com e (41) 3049-7888.
Serviço:
Lignum Brasil 2016
Data: 09 a 11 de março de 2016
Local: Expo Renault Barigui, em Curitiba (PR).
Sobre a Malinovski Eventos
A Lignum Brasil é organizada pela Malinovski Eventos, uma empresa com mais de 35 anos de tradição na organização de feiras e eventos para a área florestal. Atualmente, a empresa é responsável pela organização e promoção da Expoforest – Feira Florestal Brasileira, considerada a maior feira florestal das Américas. De forma inovadora, organiza agora a Lignum Brasil, que tem como objetivo ser a principal feira do país para o segmento. Para mais informações sobre a Malinovski Eventos acesse: www.malinovski.com.br
Mais informações:
(41) 3049-7888
info@malinovski.com.br
www.malinovski.com.br
Fonte: Malinovski Eventos

Diversificação da silvicultura no Brasil é a tônica do 11º Dia de Campo Florestal

Projetos para garantia de Reserva Legal, mecanização da silvicultura e o uso de formicidas também mereceram destaque.

O bambu pode ser uma boa alternativa para a recomposição de áreas degradadas no Estado de São Paulo. Com esta frase, o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Bambu (Aprobambu), Guilherme Korte, iniciou o ciclo de palestras do 11º Dia de Campo Florestal, realizado Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, na Fazenda Lageado, em Botucatu (SP), nesta quarta-feira, 26.
Para exemplificar sua proposta, Guilherme Korte citou o caso do Grupo João Santos, que detém uma floresta de bambu e usa a matéria prima para fabricar os sacos de cimento. Outro exemplo dado por Korte está relacionado à fábrica de cerâmicas, no qual o bambu é usado nos fornos para gerar energia. “O Brasil tem a oportunidade de ter uma grande indústria baseada no bambu e esta realidade já acontece na China, onde uma vara de bambu é vendida a US$ 5”, disse.
João Pedro Cannavale, da Florestar
Foto: Robson Trevisan
João Pedro Cannavale, da Florestar
Foto: Robson Trevisan
A palestra seguinte foi proferida por João Pedro Cannavale Pacheco, coordenador técnico da Florestar – Associação Paulista de Produtores de Florestas Plantadas – que destacou o fato de o Estado de São Paulo ter 1,2 milhões de hectares com florestas plantadas. Cannavale disse ainda que o setor florestal gera 545 mil empregos em São Paulo. “O setor florestal brasileiro vive um momento importante, mas é preciso buscar inovação”, disse ele, citando o exemplo da Suzano, que está investindo R$ 30 milhões na produção celulose Fluff, utilizada para fazer fraldas descartáveis.
Os palestrantes Guto Freitas e Thiago Maragno, do Grupo Multifloresta, deram exemplos de projetos bem sucedidos nos municípios de Botucatu e Avaré utilizando-se de consórcio de plantas nativas e exóticas. Eles também enfatizaram a importância do cumprimento do Código Florestal, sobretudo na garantia da Reserva Legal e Área de Preservação Permamente (APP) – áreas em que o Grupo Multifloresta é referência nacional.
O diretor executivo da Bela Vista Florestal, Ricardo Vilela, apresentou exemplos de sucesso no plantio do cedro australiano – madeira nobre que está ganhando mercado no Brasil. De acordo com Vilela, o interesse pela cultura é crescente devido ao desenvolvimento de clones resistentes a pragas e doenças, além de a madeira ter um valor que vem despertando a atenção dos produtores rurais, variando de R$ 1,7 mil a R$ 2,5 mil. Em São Paulo, a Bela Vista Florestal tem parceria com o Grupo Multifloresta no plantio de cedro australiano.
O gerente florestal da Lwarcel, Ariel Fossa, encerrou o ciclo de palestras do 11º Dia de Campo Florestal, destacando que a empresa produz 250 mil toneladas de celulose por ano, porém, ao contrário das demais empresas atuantes no setor, 75% da produção são voltadas para o mercado interno. Ariel frisou, ainda, que a empresa tem produzido um excedente de energia capaz de abastecer 154 mil residências e que a empresa está se fortalecendo no mercado de celulose Fluff. A Lwarcel tem 77 mil hectares de florestas plantadas, dos quais 59 mil são para a indústria de base florestal e 22 mil hectares são para conservação. A produtividade da empresa hoje é de 53 metros cúbicos por hectare ao ano, uma das maiores do Brasil. Além disso, 38,8 mil hectares das florestas já são certificadas.
O picador florestal de biomassa BC 1500 da Vermeer fez sucesso. Foto: Robson TrevisanO picador florestal de biomassa BC 1500 da Vermeer fez sucesso. Foto: Robson Trevisan
Dinagro marca presença no Dia de Campo
A Dinagro também marcou presença no 11º Dia de Campo Florestal. De acordo com Thaís Lopes e Maria Fernanda Simões, a empresa a patrocina o evento desde a primeira edição. Na avaliação de Thaís Lopes, apesar da empresa fornecer iscas formicidas para grandes empresas, o contato com os pequenos produtores é essencial. “O público do Dia de Campo é diferente de um evento como a Feira Três Lagoas Florestal. Sem dúvida, são duas oportunidades para fazermos novos contatos e fecharmos novos negócios”, observou Thaís Lopes.
O coordenador florestal da Agroceres, Gustavo Marton, considerou o 11º Dia de Campo Florestal extremamente positivo pelo contato direto com os pequenos produtores rurais. “Viemos aqui difundir nossa marca para todos e os pequenos são muito importantes”, disse Marton. No Dia de Campo, o promotor de vendas Lucas da Silva – da Jacto – apresentou um pulverizador elétrico que chamou a atenção dos produtores rurais. O equipamento pode ser usado para aplicar inseticida, herbicida, fungicida e fertilizante. Em termos de máquinas, quem atraiu a atenção foi o picador florestal de biomassa BC 1500 da Vermeer, que pode gerar de 10 a 12 toneladas de eucalipto picado por hora.
Fonte: Painel Florestal

Klabin é eleita Empresa de Valor 2015

Companhia também foi a campeã do setor de Papel e Celulose na 15ª edição do anuário do Valor Econômico.

A Klabin recebeu dois importantes reconhecimentos do Valor 1000, anuário do Valor Econômico que está em sua 15ª edição. A companhia foi eleita a Empresa de Valor 2015 e ainda a campeã do setor de Papel e Celulose do Valor 1000.
A empresa ainda foi a campeã do setor de Papel e Celulose do Valor 1000.
A empresa ainda foi a campeã do setor de Papel e Celulose do Valor 1000.
O anuário do Valor traz o ranking das mil maiores empresas do país, premiando as companhias de melhor desempenho em 25 setores da economia com base na avaliação de oito critérios de análise contábil e financeira. Já a escolha da campeã das campeãs considera critérios como governança corporativa, envolvimento social e respeito ao consumidor e ao meio ambiente.
Na cerimônia de premiação, realizada em São Paulo (SP), o presidente do Conselho de Administração, Armando Klabin, acompanhado pelo diretor-geral da companhia, Fabio Schvartsman, recebeu o prêmio máximo no evento que contou com a presença do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de outras autoridades e de representantes de vários setores da economia nacional.
Fonte: Painel Florestal

Produtor rural terá financiamento especial para aquisição de máquinas de construção

Válido durante a Expointer 2015, de 29 de agosto a 06 de setembro, no Parque de Exposições “Assis Brasil”, em Esteio.

Responsável por 40% das vendas de máquinas de construção da marca Case Construction Equipment no Rio Grande do Sul, o agronegócio tem recebido atenção especial da marca, que lança um financiamento exclusivo para o produtor rural, válido durante a Expointer 2015, de 29 de agosto a 06 de setembro, no Parque de Exposições “Assis Brasil”, em Esteio.
As máquinas de construção são utilizadas em todos os segmentos do agronegócio.
As máquinas de construção são utilizadas em todos os
segmentos do agronegócio.
A CASE participará do evento juntamente com a Case IH, fabricante de máquinas agrícolas. As duas marcas e o banco pertencem à CNH Industrial.
A condição especial para aquisição das máquinas de construção pelo produtor rural envolve dois pontos-base, explica Jucivaldo Feitosa, diretor Comercial, de Marketing e de Seguros do Banco CNH Industrial. Primeiro, a taxa de juros, subsidiada pela CASE, é de 0,89% ao mês, enquanto as taxas de uma operação de CDC convencional ficam entre 1,5% e 2%. Os prazos também se adequam melhor ao segmento, pois os pagamentos são semestrais, pelo período de quatro anos.
“O agronegócio não é beneficiado hoje por programas de incentivo fiscal ou de financiamento para aquisição de máquinas de construção, como o Moderfrota ou o Finame. Por esse motivo, a CASE teve a iniciativa de desenvolver com o Banco CNH Industrial um financiamento que beneficie o agricultor, com carência e taxas que atendam suas necessidades”, explica Feitosa.
O gerente nacional de Vendas da CASE, Reinaldo Remião, destaca que a participação do agronegócio nas vendas da marca tem crescido anualmente e hoje a média nacional é de 10%. Porém, no Rio Grande do Sul, chegam a 40%.
Máquinas de construção no agronegócio
As máquinas de construção são utilizadas em todos os segmentos do agronegócio: na cana-de-açúcar, grãos (como soja e arroz, incluindo a cultura de arroz irrigado, muito comum no RS), na pecuária, fertilizantes, vinícolas e muitos outros. São indispensáveis para a manutenção das unidades produtivas, abertura de estradas para escoamento da produção, preparo do solo, manuseio de insumos, nos sistemas produtivos e serviços gerais.
Remião informa que, com a mecanização da lavoura, as máquinas de construção também são cada vez mais utilizadas nas fazendas, que buscam a sistematização da produção, garantindo maior eficiência das máquinas agrícolas. Um exemplo é a lavoura de cana-de-açúcar. “O nivelamento do solo e as operações de terraceamento são extremamente importantes para a colheita mecanizada de cana-de-açúcar, garantindo a qualidade de matéria-prima”, explica Remião.
Fonte: Painel Florestal

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Suzano vai manter exportação de papel e celulose para EUA

Empresa informou que não planeja alterar a sua estratégia de exportação enquanto não for proferida uma decisão final na investigação.

Em resposta à taxação antidumping aplicada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a Suzano Papel e Celulose informou que não planeja alterar a sua estratégia de exportação para os Estados Unidos, enquanto não for proferida uma decisão final na investigação, prevista para o primeiro trimestre de 2016.
O órgão norte-americano fixou preliminarmente uma taxação antidumping de 33,09% contra a empresa.
O órgão norte-americano fixou preliminarmente uma taxação
antidumping de 33,09% contra a empresa.
Segundo a companhia, o caso sob investigação não se refere a preços abaixo do custo de produção, mas sim à avaliação dos valores praticados no mercado norte americano comparados à atuação da empresa no mercado doméstico. Esta comparação, segundo a Suzano, sofre forte influência cambial dependendo do período de investigação.
A empresa informou que o Departamento de Comércio dos Estados Unidos proferiu na quarta-feira decisão preliminar, em processo de investigação de 'dumping' nas importações de certos tipos de papel não revestido provenientes da Austrália, Brasil, China, Indonésia e Portugal. O papel não revestido é usado em envelopes e páginas de livro, por exemplo.
O órgão norte-americano fixou preliminarmente uma taxação antidumping de 33,09% contra a Suzano, a ser aplicada a partir da publicação oficial da decisão naquele país, "impactando, assim, as exportações da Suzano para os EUA, exclusivamente de papel não revestido cortado (folio e cut size)".
A Suzano ressalta que sempre negociou os seus produtos de forma competitiva nos mercados onde atua. A companhia reafirmou ainda que "entende que não pratica dumping, o que pretende demonstrar ao longo do processo em curso nos EUA."
Segundo relatório do BTG a clientes, a decisão é marginalmente negativa para a Suzano, principalmente por ocorrer em um momento de fraca demanda no Brasil. O mercado norte-americano representa 9% do total das exportações de papel. Com a aplicação de taxa de 33,09% sobre a Suzano, o banco projeta um impacto negativo de R$ 100 milhões, ou de 1% a 2%, no Ebitda de 2016. "Um impacto pequeno, mas ainda marginalmente negativo."
Fonte: Exame

Empresa contrata mais trabalhadores para a ampliação da fábrica da Fibria

Foi iniciado o recebimento de currículos de interessados para seleção e contratação de trabalhadores para a primeira etapa da obra.

A empresa Fortes Engenharia, com sede no Espírito Santo, vai executar as obras das edificações provisórias, assim como de parte da construção civil do projeto de expansão da fábrica de celulose da Fibria, em Três Lagoas (MS).
Para esta etapa, a empresa contratará entre 200 e 300 trabalhadores.
Para esta etapa, a empresa contratará entre 200 e 300 trabalhadores.
A empresa iniciou o recebimento de currículos de interessados para seleção e contratação de trabalhadores para a primeira etapa da obra. Inicialmente, serão construídas as instalações provisórias de canteiro de obra que inclui refeitório para os trabalhadores, salas para escritórios e, barracões. Para esta etapa, a empresa contratará entre 200 e 300 trabalhadores.
A segunda etapa está prevista para começar em dezembro deste ano. O pico de contratação da obra deve se dar a partir do segundo semestre de 2016. As obras de terraplanagem do projeto Horizonte 2, que foram iniciadas no final de maio, deverão ser concluídas no fim do ano.
Uma grande quantidade de trabalhadores compareceu na Climeb, empresa especializada em medicina do trabalho, localizada na avenida Eloy Chaves, para entregar os currículos. A Climeb tem sido utilizada como ponto de apoio da Fortes Engenharia, que apesar de ter alugado um imóvel está aguardando a conclusão de sua adaptação para escritórios até a próxima semana.
A empresa já está realizando a seleção de trabalhadores para contratação na próxima semana. “Até setembro todos os contratados estarão no canteiro de obras trabalhando. A partir de agora, as contratações não param. As empresas estão contratando para as obras de terraplanagem, para as edificações provisórias e depois para a construção civil. É uma sequência de obras”, informou o gestor da Climeb, Joaquim Caldas dos Reis. Para esta etapa das obras de edificação provisória, a Fortes Engenharia deverá contratar pedreiros, carpinteiros e armadores.
Fonte: JP News

Produtores florestais preocupados com processo anti-dumping nos EUA

Presidente da Acréscimo afirmou que não é um bom presságio para a Portucel, que tem grande importância no mercado português.

Portucel conhece em janeiro de 2016 decisão final das autoridades norte-americanas (Foto: Global Imagens).
Portucel conhece em janeiro de 2016 decisão final das autoridades
 norte-americanas (Foto: Global Imagens).
A Associação de Promoção ao Investimento Floresta (Acréscimo) manifestou-se preocupada que a alegada venda abaixo do custo pela Portucel nos Estados Unidos possa ter implicações na imagem do setor florestal no exterior.
Na semana passada, a Portucel anunciou que as autoridades norte-americanas tinham aplicado à empresa de pasta e papel portuguesa uma taxa sobre as vendas de 29,53% por alegada venda abaixo do custo, adiantando que iria contestar a medida provisória e que já se tinha constituído assistente do processo.
Em declarações, o presidente da direção da Acréscimo, Paulo Pimenta de Castro, afirmou que esta notícia "não é um bom presságio para uma empresa que tem o peso que tem" no mercado português.
A associação teme que este processo de 'dumping' nos Estados Unidos possa afetar a imagem do setor e ter implicações ao nível das exportações. "Toda a imagem negativa pode ter implicações na estratégia" das exportações, afirmou, nomeadamente "nos mercados transatlânticos".
Além disso, defendeu que, à semelhança do que foi feito com o setor da cortiça, a Autoridade da Concorrência deveria também fazer uma investigação sobre o eucalipto e o pinho. O objetivo desta investigação é saber "se os bens de base florestal estão a ser bem remunerados ou não", disse.
Em comunicado, a Acréscimo refere que "será expectável que o Estado português, através das autoridades competentes, investigue as práticas de mercado levadas a cabo pelo grupo Portucel Soporcel em Portugal", sublinhando que "será o desejável para a empresa, para o setor florestal e para o próprio Estado na sua obrigação de defesa dos superiores interesses nacionais".
O processo da Portucel nos Estados Unidos teve início a 21 de janeiro do ano passado, quando um grupo de produtores de papel e escritório norte-americanos e um conjunto de sindicatos do setor entregaram uma queixa tendente à investigação de alegadas práticas de 'dumping' nas importações de papel de diversos formatos provenientes de cinco países: Austrália, Brasil, China, Indonésia e Portugal.
Na altura, a produtora de papel portuguesa constituiu-se como parte interessada no início das investigações, e a 06 de março último, a International Trade Comissionan deliberou a continuação das investigações e o envio do processo para o Departamento de Comércio norte-americano, tendo a Portucel respondido aos questionários dessa segunda fase de investigação.
O Departamento de Comércio divulgou os resultados preliminares do processo, tendo determinado margens provisórias relativamente aos diversos exportadores em causa.
No que respeita à Portucel, a margem provisória aplicada foi de 29,53%, ou seja, uma espécie de taxa alfandegária que vai encarecer as vendas da empresa portuguesa nos Estados Unidos.
"Esta medida permanecerá em vigor durante quatro meses, altura em que será determinada a margem de 'dumping' final que substituirá a provisória e que fixará a respetiva taxa antidumping", adiantou na semana passada a produtora de pasta e papel portuguesa.
Fonte: Dinheiro Vivo

domingo, 23 de agosto de 2015

Saúde florestal ao redor do mundo está ameaçada

Pesquisas avaliam o estado das florestas ao redor do mundo e apontam para um possível declínio desses ecossistemas.

Fontes de alimentos, energia e praticamente todos os produtos de que fazemos uso, as florestas suprem os humanos em muitos sentidos. Elas ocupam cerca de 30% do planeta e, mesmo assim, abusamos de sua boa vontade, devastando sua saúde. Com essa preocupação, a revista Science publica uma seleção especial de artigos sobre a saúde das florestas ao redor do mundo.
O desmatamento é só um dos problemas que ameaçam as florestas em todo o planeta.
O desmatamento é só um dos problemas que ameaçam
 as florestas em todo o planeta.
Convidado pela revista para analisar, em poucas páginas, o complexo problema do declínio das florestas causado pelas mudanças globais, o brasileiro Paulo Brando, engenheiro florestal do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), explicou àCH On-line que a saúde de uma floresta pode ser definida de várias formas. A primeira é a ausência de um patógeno específico que cause alguma doença, como pragas. Outra possibilidade é a análise da quantidade de biomassa presente no ambiente – se a fauna, por exemplo, está reduzida, a floresta pode ser considerada doente.
Brando assina, com colegas da Alemanha e dos Estados Unidos, um artigo de revisãosobre estudos acerca da saúde das florestas em diferentes regiões do planeta. Para medir o quanto as florestas mudaram nos últimos tempos, grupos de pesquisa do mundo todo usam critérios tão variados quanto a biodiversidade que observam. “Alguns pesquisadores viajam até o meio das matas simplesmente para saber se as árvores estão doentes”, exemplifica Brando.
As sempre comentadas mudanças climáticas globais têm enorme influência sobre a saúde florestal: florestas mais quentes tendem a ficar mais doentes. “Isso ocorre porque a quantidade de água fica reduzida, tornando os incêndios mais intensos”, explica o cientista. Se, por um lado, é possível observar tendências globais como esta, por outro, a avaliação da saúde das florestas no globo é um desafio sem tamanho. “Se uma árvore está doente, é fácil saber. Mas como saber se uma floresta inteira está? Qual é o número exato de árvores doentes para caracterizar uma floresta adoecida?”, questiona Brando.
Para o biólogo Jean Remy Guimarães, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro e colunista da CH On-line, o trabalho é um grande avanço nesse campo de pesquisa, pois aperfeiçoa estudos já feitos. “É essencial entender a situação atual das florestas para, então, tentar prever como vai ser o futuro delas”, diz. “E o futuro delas também é o nosso, não é?”.
Futuro ainda incerto
Em quatro artigos de revisão, a Science desta semana dá pistas do quão devastados estão diferentes tipos de florestas, entre eles as boreais (que cobrem regiões mais frias), as temperadas (localizadas em lugares de clima ameno) e até as plantadas (ou seja, cultivadas pelo próprio homem). Um estudo que nos toca diretamente foi publicado por Simon Lewis, da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e visa determinar o impacto dos humanos em florestas tropicais, em termos de estoques de carbono nas árvores, além de avaliar as consequências de eventos como queimadas e incêndios.
Os resultados mostram que são muito poucas as florestas tropicais ainda intactas, isto é, que tenham escapado dos impactos da agricultura. “A maioria das florestas que se salvaram estão na Amazônia, com poucos remanescentes na África e na Ásia”, conta Lewis à CH On-line. Ainda assim, não temos motivo para comemorar. "As mudanças climáticas terão grandes impactos nas florestas tropicais. A quantidade de carbono que as florestas vão captar no futuro é incerta, assim como a resposta das florestas ao carbono extra também é incerta", completa o autor.
Uma preocupação dos especialistas é que, conforme o clima esquenta, as espécies precisam encontrar novos hábitats para acompanhar o ambiente em mudança. Porém, o estado fragmentado das florestas tropicais pode não permitir esse movimento, levando à extinção de muitas espécies.
De uma maneira geral, ainda é difícil prever como estará a saúde das florestas em um futuro distante. “Isso depende de como será nossa postura daqui em diante: se iremos adotar novas medidas para reverter esse cenário ou continuar com os velhos hábitos”, destaca Brando. O engenheiro aponta que, atualmente, o mais importante é compreender o complexo processo que as florestas do planeta estão passando. Apenas estudando a fundo o estado de saúde de nossas árvores será possível salvá-las. “Criar políticas de proteção a essas queridas aliadas já seria um bom começo”, arrisca.
Fonte: Ciência Hoje

Cientistas descobrem três novas espécies de plantas

Elas foram descobertas em área de Mata Atlântica.

Nova espécie de planta encontrada no Espírito Santo (Foto: Reserva Natural Vale).
Nova espécie de planta encontrada no Espírito Santo
 (Foto: Reserva Natural Vale).
Três novas espécies de plantas foram descobertas em uma reserva florestal em Linhares, Espírito Santo, e foram descritas pela primeira vez na ciência. A descrição das espécies, que ganharam os nomes populares de Batinga melosa, Araçá cheiroso e Begonia rasteira, foi publicada nas revistas científicas Novon: A Journal for Botanical Nomenclature e Candollea: The Conservatory and Botanical Garden of the City of Geneva.
As novas plantas foram descobertas na Reserva Natural Vale, uma área de Mata Altântica de 23 mil hectares mantida pela empresa Vale para conservação e pesquisa científica. A reserva fica na Costa do Descobrimento, região formada por um mosaico de áreas protegidas na Mata Atlântica, no Espírito Santo e na Bahia, considerada patrimônio natural da humanidade pela Unesco.
A reportagem conversou com um dos responsáveis pela identificação de várias novas espécies na reserva, o coletor de plantas Geovane Siqueira. Ele faz a parte mais difícil do trabalho de encontrar novas espécies: entra na floresta, identifica as plantas, mede árvores e colhe amostras de flores e frutos. Siqueira começou a trabalhar na reserva em 2003. Desde então, já coletou e identificou mais de 1.500 espécies de plantas. Pelo menos seis delas, nunca haviam sido descritas pela ciência. Seis novas espécies que nós não saberíamos que existiam não fosse esse trabalho de campo.
O trabalho de Siqueira o levou aos bancos escolares – ele está no último ano de faculdade de biologia – e lhe rendeu uma honra rara: a de ser homenageado no nome de uma planta. Uma das espécies encotradas por ele foi descrita na ciência pela primeira vez em 2012 e batizada com o seu sobrenome: Alatococcus siqueirae.
Nas espécies descritas agora, Geovane contribuiu com a descoberta da Eugenia cataphyllea, conhecida como batinga melosa. É um arbusto que pode chegar a três metros de altura e, acredita-se, só existe no Espírito Santo. Também foram descritas a Eugenia hispidiflora, que se espalha entre o Espírito Santo e a Bahia, e aBegonia jaguarensis, uma erva terrestre de 16 centímetros do norte do Espírito Santo.
As descobertas são importantes porque mostram o quão pouco nós conhecemos da nossa própria biodiversidade. Afinal, as plantas foram encontradas na região onde os portugueses chegaram pela primeira vez no Brasil, em 1500. "É impressionante pensar que já se passaram 500 anos e ainda estamos encontrando coisas que ninguém coletou", diz Siqueira. Ele se orgulha da profissão que escolheu, mas lamenta que há tão poucos pesquisadores estudando as plantas brasileiras. "Nem todo mundo dá valor para as plantas. Mas elas são importantes para as florestas, para a água. E para a gente. Nós nos alimentamos de plantas, não é mesmo?".
Fonte: Época

Robô testa suas habilidades em área florestal

Boston Dynamics também experimenta partes impressas com máquina 3D para tornar estruturas do robô Atlas mais resistentes e leves.

O robô de 1,88 metro de altura e 156 quilos é um androide experimental.
O robô de 1,88 metro de altura e 156 quilos é um
androide experimental.
O humanóide do Google, o robô Atlas, mostrou recentemente que está apto para andar em terrenos mais reais quando caminhou em uma floresta.
Desenvolvido pela Boston Dynamics, comprada pelo Google em 2013, o robô de 1,88 metro de altura e 156 quilos é um androide experimental cujo objetivo é ser aplicado em situações de resgate.
Originalmente ele foi projetado para conseguir andar através de terrenos irregulares e acidentados e, depois de vários testes e vídeos mostrando suas habilidades dentro de um laboratório, o Atlas foi levado para um ambiente externo.
Um vídeo do fundador da Boston Dynamics, Marc Raibert, apresentado no início deste mês para a conferência Fab 11 do MIT, mostra o Atlas caminhando por uma floresta e terrenos com vegetação rasteira.

Enquanto pesquisadores seguram o robô por meio de uma corrente, Raibert disse que a companhia tem trabalhado em uma versão onde ele não precisará deste apoio extra.
“Nós estamos fazendo um bom progresso para que ele tenha maior mobilidade”, disse Raibert no vídeo, acrescentando que seu objetivo é construir robôs que podem alcançar ou até mesmo superar a habilidade humana. A companhia também está experimentando partes impressas com máquina 3D, como válvulas para fluido hidráulico, assim como outras estruturas paras as pernas do robô que farão delas mais fortes e mais leves.
O robô foi a base de algumas plataformas usadas no desafio DARPA Robotics deste ano, inspirado pelo desastre nuclear de 2011 em Fukushima, no Japão.
A competição, que exige que robôs completem vários cenários que simulam catástrofes, foi ganhada pelo time do KoreaAdvancedInstituteof Science and Technology (KAIST).
Fonte: IDGNow

Florestas plantadas abrem caminho para a rentabilidade no campo

Indústrias do segmento de papel e celulose investem na plantação de florestas em áreas próprias.

A tendência é que o país seja uma das maiores referências em produtividade e manejo de florestas plantadas.
A tendência é que o país seja uma das maiores referências em
 produtividade e manejo de florestas plantadas.
O cultivo comercial de florestas está se transformando em uma das atividades mais lucrativas no campo. Isso porque o país já possui 7 milhões de hectares de florestas plantadas e, desse total, 1,8 milhão é cultivado pela indústria de papel e celulose, representando 81,2% das florestas plantadas. Além disso, dados do Ministério da Agricultura apontam que o cultivo comercial de florestas é responsável por movimentar cerca de R$ 50 bilhões ao ano e gerar 4,7 milhões de empregos diretos e indiretos.
Atualmente, as florestas plantadas são responsáveis por abastecer importantes cadeias produtivas da economia, como construção civil, geração de energia, produção de carvão, papel e celulose e movelaria. E por conta dessa forte demanda pela madeira, hoje, já temos casos de produtores rurais que estão substituindo o cultivo da cana-de-açúcar em áreas de encosta pelo plantio do eucalipto nos estados de Pernambuco e Alagoas. Isso porque, os custos do plantio da cana em áreas de declive são mais elevados e a substituição garante o aumento dos lucros dos produtores.
Quando avaliamos uma área de cultivo de eucalipto, os principais fatores que tornam a atividade rentável são: o valor pago pelo metro cúbico da madeira e o ciclo produtivo, pois entre cinco e sete anos o produtor já consegue fazer o primeiro manejo sustentável e a venda da madeira. E, como as árvores possuem três ciclos, ao mesmo tempo em que a madeira cortada é processada, novas desbrotas crescem em um prazo cada vez menor.
Por conta da grande demanda e da lucratividade, indústrias do segmento de papel e celulose investem na plantação de florestas em áreas próprias. Porém, o manejo geralmente é terceirizado a empreiteiros florestais, que são responsáveis por entrar com máquinas para fazer o corte e o desgalhamento das árvores para a posterior venda. Nesse ponto, temos duas formas de trabalho; nos terrenos grandes e planos, o equipamento mais indicado é o harvester, capaz de derrubar, descascar e processar as árvores. Já em áreas menores, de fomento ou íngremes, a melhor forma de realizar o corte e a desbrota é com o uso de uma motosserra.
No entanto, quando falamos em motosserras, alguns pontos merecem atenção, pois a indústria de equipamentos destinados ao manejo florestal trabalha constantemente para desenvolver ferramentas de trabalho que garantam a segurança dos operários. Por isso, além dos Equipamentos de Proteção Individual, os EPIs, a tecnologia e a ergonomia das novas motosserras resultam em máquinas com baixo peso e rápida resposta de aceleração, fatores igualmente importantes para a maior produtividade.
Ainda destacando as tecnologias para os médios e pequenos produtores, estão disponíveis no mercado pulverizadores para fazer o controle de pragas, atomizadores para a aplicação de insumos e calcário para a correção de solo, e roçadeiras próprias para a desbrota, o que minimiza o esforço físico no trabalho.
Como notamos, esse é um segmento que está muito bem estruturado no país, com geração de empregos, alta lucratividade na venda do eucalipto e desenvolvimento de tecnologias para todos os perfis de produtores, e é isso que faz com que as previsões para o futuro sejam as mais positivas possíveis. A própria Indústria Brasileira de Árvores já projeta investimentos de quase R$ 53 bilhões até 2020 para ampliar as áreas de florestas plantadas no Brasil. A tendência é que o país continue crescendo e seja uma das maiores referências em produtividade e manejo de florestas plantadas.
Fonte: Dinheiro Rural

Angela Merkel cobra que Brasil zere desmatamento na Amazônia até 2030

Em encontro com Dilma Rousseff, a chanceler alemã citou a importância da parceria e que vai se empenhar para acelerar acordos entre Mercosul e União Europeia.

Merkel e Rousseff no Palácio do Planalto (Foto: Reuters).
Merkel e Rousseff no Palácio do Planalto (Foto: Reuters).
A chanceler alemã, Angela Merkel, cobrou que o Governo brasileiro cumpra até o ano de 2030 a meta de zerar o desmatamento ilegal da Amazônia. Em visita oficial a Brasília, Merkel tratou do assunto em conversas com a presidenta Dilma Rousseff . Como resposta, ouviu que o Brasil caminha para essa redução e que nos últimos anos conseguiu diminuir em 83% o desmate ilegal. “Na década de 1990 fui ministra do meio ambiente e, naquele tempo, era impossível imaginar um desafio como esse. Mas hoje já é”, afirmou a chanceler.
A alemã chegou ao Brasil acompanhada de 12 ministros e vice-ministros. Foi uma visita-relâmpago, que durou menos de 24 horas. Na agenda, uma série de reuniões entre autoridades dos dois países para debater, entre outros assuntos, os compromissos a serem apresentados na Convenção sobre Mudanças Climáticas (COP-21) que ocorrerá em Paris, em dezembro. Na declaração conjunta à imprensa, Rousseff e Merkel reforçaram a intenção dos dois países de liderarem os processos voltados para a preservação ambiental e de redução da emissão de gases de efeito estufa.
Um dia antes da reunião entre as duas mandatárias, representantes dos dois ministérios do Meio Ambiente assinaram um acordo de cooperação para a conservação florestal e a regularização ambiental de imóveis rurais na Amazônia e no Cerrado brasileiro. O compromisso prevê que agricultores familiares dos Estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia tenham suas terras regularizadas e recebam apoio financeiro para reverter o passivo ambiental das áreas que deveriam ser preservadas. A expectativa é que o Governo alemão invista até 183 milhões de reais nesses projetos por meio de financiamentos em parceria com o banco brasileiro Caixa.
Em sua declaração pós-encontro, a chanceler anunciou que seu país criará um fundo de 500 milhões de euros para financiar projetos ambientais pelo mundo e que os empresários de seu país têm o interesse em investir na área de energia renovável. Esse último ponto coincidiu com a fala da presidenta brasileira. Rousseff também convidou os alemães a participarem das concorrências públicas dentro de seu bilionário programa de investimento em logística.
A vinda de Merkel ao Brasil animou o Governo brasileiro, que viu o encontro como uma demonstração de apoio e confiança na economia local, que enfrenta uma grave crise, com o aumento do desemprego e queda de confiança do mercado global. “Neste cenário de incertezas na economia internacional, sabemos o quanto é importante essa parceria”, disse Rousseff. Nos últimos meses, ela se deparou com crises política e econômica que resultaram em ao menos 11 pedidos oficiais de impeachment no Congresso Nacional e de multitudinárias manifestações contra a sua gestão.
Fonte: El País Brasil

sábado, 22 de agosto de 2015

Associação de produtores é multada em R$ 14 mil por crime ambiental

Presidente teria desmatado área ilegal fora do manejo, diz sargento do BPA.

Representantes do Imac e do Batalhão realizaram fiscalização em ramal (Foto: BPA).
Representantes do Imac e do Batalhão realizaram
fiscalização em ramal (Foto: BPA).
Uma associação de produtores rurais do município do Bujari, a 22 km de Rio Branco, foi multada em R$14 mil por crime ambiental. A multa foi resultado de uma operação do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) em parceria com o Instituto de Meio Ambiente (Imac) depois que moradores do Ramal do Cacau, localizado no km 80 da BR-364 sentido Sena Madureira, distante 145 km da capital, denunciaram o desmatamento ilegal no local. A operação teve 48 metros de madeira apreendidas.
Segundo o sargento do BPA, Wilis Costa, a associação está localizada na zona rural do município do Bujari. Ele disse que o presidente do local tem licença para desmatar uma área do Ramal do Cacau, mas que a área atualmente desmatada está localizada em outro ramal, que fica próximo do manejo licenciado.
“Moradores do Ramal do Cacau fizeram a denúncia. Lá dentro da área existe um manejo dessa associação, que é de várias locações assentadas e através de uma licença conseguiram desmatar uma parte do local. O manejo está licenciado, mas acontece que para entrar e sair da área precisa passar por outro ramal, que é o Ramal do Soldado, onde estava sendo desmatado ilegalmente. Eles abriram o local sem licença, derrubaram árvores e ainda construíram uma ponte no ramal do Cacau, o que era proibido, pois prejudica a navegação do Rio Antimary”, detalhou o sargento.
Ainda segundo Costa, o presidente da associação acompanhou a fiscalização dos agentes e reconheceu que o lugar desmatado não pertencia ao manejo. "Apreendemos muita madeira que já estava derrubada. O Imac levou todas as documentações para análise de tudo que foi feito. Não houve prisão, apenas a multa administrativa, mas que pode acarretar em uma ação criminal”, esclareceu.
A reportagem tentou entrar em contato com a associação, porém, foi informada que o lugar onde a instituição está localizada é de difícil acesso e não possui sinal de telefone.
Fonte: G1