segunda-feira, 30 de março de 2015

Entenda o que é o Eucalipto Transgenico

Segundo Professor Hilton Thadeu Zarate Couto, a questão do eucalipto transgênico, que tem sido criticada merece alguns esclarecimentos.

O eucalipto transgênico se torna mais rentável para todos os segmentos de papel e celulose convencionais.
O eucalipto transgênico se torna mais rentável para todos os segmentos de papel e celulose convencionais.
No dia 5 de março, cerca de mil mulheres militantes do MST ocuparam um centro de pesquisa da empresa Futuragene, em Itapetininga (SP), destruindo um importante banco genético. Um trabalho de nove anos e todo o investimento acabou sendo perdido, em protesto contra o cultivo de eucaliptos transgênicos no Brasil. Ao mesmo tempo, em Brasília, aproximadamente 200 pessoas invadiram a reunião da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), da qual Hilton Thadeu Zarate Couto, professor do Departamento de Ciências Florestais, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq) é membro. 
No encontro, discutia-se a liberação do eucalipto transgênico desenvolvido pela Futuragene, processo do qual Hilton Thadeu é relator. “A CTNBio é uma comissão composta de 27 membros, pesquisadores de várias instituições do Brasil, representantes da sociedade civil e ministérios. As reuniões têm como objetivo avaliar os processos de produção de material transgênico e, após a liberação, a Comissão estabelece normas de acompanhamento”, explica Couto. 
Segundo o docente, a questão do eucalipto transgênico, que tem sido criticada, principalmente por organizações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e merece alguns esclarecimentos. “A empresa terá que fornecer informações do que está acontecendo com esse material e onde ele está sendo plantado, até a liberação total. O material e o ambiente de plantio serão também monitorados por cerca de cinco anos e, durante esse período, a sugestão da CTNBio é que não se plante mais do que 2 ou 3% da área de efetivo plantio da empresa para termos a certeza de que ele não trará nenhum problema ao ambiente”, complementa.
Em relação à falta de água, que é apontada como consequência da plantação deste eucalipto, o professor da Esalq afirma que, ao contrário do que as pessoas dizem, ele não some com a água. “Em seu ciclo, ele faz com que a água vá para a atmosfera e, com as chuvas, para os rios, abastecendo os mananciais. A crise hídrica não é, com certeza, resultado do plantio de eucalipto”.

Outro ponto refutado pelo professor Hilton Thadeu é o argumento do fluxo gênico. “As organizações contrárias afirmam, de forma incorreta, que o pólen do eucalipto transgênico pode percorrer longas distâncias e contaminar outros eucaliptos. No entanto, estudos comprovaram que, a partir de 600 m de distância, não existe mais possibilidade de transmissão. Além disso, ocorre que hoje, no Brasil, 99% dos plantios não são por semente. Não se colhe a semente para plantar eucalipto. Plantamos clones, ou seja, materiais que não são oriundos de sementes, mas sim de propagação vegetativa. Então não justificaria esse argumento de que vamos usar a semente do eucalipto que pode estar contaminada com o pólen transgênico”, reforça. “Se quisermos que não haja contaminação, basta não plantar o transgênico a menos de 600 m dos eucaliptos não transgênicos”.

Thadeu contou que há também a opinião de que a proteína contida no eucalipto transgênico pode causar efeitos maléficos ao organismo humano e explicou a situação. “Existem duas proteínas na produção do transgênico, a Cel1, que tem por função alongar a parede celular, aumentando o crescimento das plantas, mas que realiza sua função e desaparece, e a NPT II, que caracteriza a planta como transgênica, permanece na planta e é muito conhecida por aparecer no algodão, no milho e na soja, por exemplo. Há um estudo (FUCHS et al, de 1993) que avaliou essa proteína e mostra que ela é rapidamente degradada quando entra no trato digestivo de mamíferos, como os humanos. E a agência de proteção ambiental e o ministério de agricultura dos EUA consideram a NPTII segura para consumo humano. Além disso, é encontrada em quantidades muito pequenas”, explicou.

A presença da proteína NPTII é apontada pelos grupos que combatem o eucalipto transgênico como contaminante do mel, fazendo com que o Brasil perca competitividade na exportação e produção do produto. De acordo com o profissional, a quantidade de material transgênico no mel depende da quantidade de pólen que ele tem, porque é o único elemento que pode conter material transgênico, trazido com o néctar pelas abelhas. “Mas a exigência da exportação é que o mel seja filtrado para retirar as impurezas, como pernas de abelha, resíduos de própolis e uma série de contaminantes. Ao filtrar, o pólen e o material transgênico são retirados ou se deixa uma quantidade muito pequena, como por exemplo, de 3,9 nanogramas por grama de mel.” Em relação ao mel orgânico, que também poderia ser afetado, Thadeu afirmou que existe um instituto denominado Instituto Biodinâmico, localizado em Botucatu (SP), que permite até 5% de material não-orgânico no mel orgânico. “Mas, ainda assim, o NPTII se degrada no trato intestinal, não causando danos ao organismo humano”.

Além disso, o Conselho de Manejo Florestal (FSC), que certifica plantações florestais no mundo todo, ainda não aprovou a certificação de material transgênico no Brasil, e esse é um dos motivos que faz com que os manifestantes refutem a liberação do plantio e comercialização do eucalipto transgênico.

“A maioria dos membros desse órgão é de pessoas oriundas de países que tem uma economia dependente da produção florestal e que competem com o Brasil, que tem como produtividade média 40m3/ha/ano nas plantações de eucaliptos. Além disso, o órgão é financiado por doações as quais não são declaradas as fontes. Pode ser que receba de organismos que protegem suas produções florestais, dessas regiões que dependem muito disso e que tem produtividade inferior à nossa. Agora, sem nenhuma justificativa, são contra o plantio de material transgênico. Acredito que seja porque é um outro patamar para o desenvolvimento florestal brasileiro, que tem agora o primeiro eucalipto transgênico do mundo”.

Segundo o professor, a certificação é importante, pois abre mercados internacionais e dá mais reconhecimento ao produto exportado, mas não é uma preocupação latente no momento. “O selo de certificação é exigido apenas por alguns nichos específicos de mercado, como a Alemanha. Mas a empresa não vai produzir 100% de transgênico já, e sim 2 ou 3%. É um processo lento e ainda não há produção, só plantios experimentais”.

A CTNBio dará continuidade a suas ações, com o apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia. Se acontecer, a liberação plantios comerciais do eucalipto transgênico será apenas para a empresa, que produziu o primeiro transgênico de eucalipto e está desenvolvendo-a desde 2006. Se outra empresa desenvolver novos transgênicos, outro processo será aberto.

Fonte: Esalq/Painel Florestal

Lançamento: Livro sobre equações volumétricas e de afilamento para espécies florestais.

Título: Compêndio de equações de volume e de afilamento de espécies florestais plantadas e nativas para regiões geográficas do Brasil

Livro publicado pela UFPR
Os professores Afonso Figueiredo Filho (UFPR/Unicentro) e Sebastião do Amaral Machado (UFPR), e os doutorandos Rodrigo Miranda (UFPR) e Fabiane Retslaff (Unicentro) escreveram um livro sobre equações volumétricas e de afilamento para espécies florestais que foram ajustadas e obtidas em vários trabalhos publicados, cujo título é "Compêndio de equações de volume e de afilamento de espécies florestais plantadas e nativas para as regiões geográficas do Brasil".A obra reúne resultados de trabalhos publicados nos principais periódicos do setor florestal e contém mais de 1.400 equações, ou seja, é base de dados importante para acadêmicos, professores e, principalmente, consultores florestais. Tratam-se de equações desenvolvidas ou ajustadas por diversos autores que atuam na área florestal divulgadas em teses, dissertações, artigos científicos e técnicos, além de modelos ajustados pelos próprios autores com dados de cubagem coletados em vários trabalhos científicos e técnicos desenvolvidos nos últimos anos. Essas equações são ferramentas dendrométricas essenciais para estimar o volume total ou por sortimento de florestas em pé, as quais são fundamentais para o manejo florestal. Reúne informações fundamentais para pesquisas e trabalhos de acadêmicos, professores e consultores florestais. 

O livro pode ser adquirido pelos
 emails:rov_miranda@yahoo.com.br,samachado@ufpr.br, 
afigfilho@gmail.com.

Fonte:  Luciano Cavalcante

domingo, 29 de março de 2015

Japoneses criam proteína que brilha

Árvores que brilham poderão substituir postes de luz no futuro


Imagem ilustrativa
A imagem  ilustrativa
Uma equipe de pesquisadores do Japão desenvolveu proteínas que produzem luz visível a olho nu. O estudo foi publicado nesta terça-feira (24) na revista americana “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
As proteínas, chamadas de “nano lanternas”, podem ser usadas em pesquisas médicas e como uma alternativa à luz elétrica, disse a equipe de pesquisadores da Universidade de Osaka e do Instituto Rinken, que é ligado ao governo.
Diferentemente das proteínas brilhantes convencionais – que emitem um brilho fraco, visível apenas com a ajuda câmeras supersensíveis – as proteínas desenvolvidas pela equipe japonesa emitem luz forte o suficiente para serem vistas sem a necessidade de equipamentos especiais.
“No futuro, esperamos criar árvores de rua que brilham para economizar energia com a iluminação pública.” disse Takeharu Nagai, vice-diretor do Instituto Universitário de Pesquisa científica, à Jiji Press.
Fonte:  Paulo Sakamoto - IPC Digital

Projeto associa conservação de polinizadores à sustentabilidade

Iniciativa visa melhorar a segurança alimentar e nutricional


O Ministério do Meio Ambiente (MMA) realiza, nesta segunda e terça-feira (30 e 31/03), em Brasília, o seminário “Projeto GEF Polinizadores Biodiversidade e Agricultura”. O objetivo do evento é divulgar os resultados da iniciativa, compartilhar as lições aprendidas e discutir as políticas que precisam ser fortalecidas para promover a conservação e o uso sustentável dos polinizadores.
Beija flor: papel relevante

Participam do seminário, organizado pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA, o secretário-executivo da Conservação sobre Diversidade Biológica (CDB), Bráulio Dias; a representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no Brasil, Denise Hamu; o secretário substituto da SBF, Sérgio Collaço; além de pesquisadores, técnicos, produtores, tomadores de decisão, formadores de opinião e representantes de institutos de pesquisa e de universidades.

DIAGNÓSTICO

Pesquisa de opinião para medir o grau de conhecimento das pessoas sobre a importância dos polinizadores será patrocinada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). O fundo é a agência de execução financeira do projeto, vinculado ao MMA e responsável pela contratação da pesquisa de opinião.

O Projeto Global GEF/PNUMA/FAO “Conservação e Manejo de Polinizadores para uma Agricultura Sustentável através da Abordagem Ecossistêmica” começou a ser executado em 2010 e termina no final do ano. Visa melhorar a segurança alimentar e nutricional e os modos de vida, por meio da conservação e do uso sustentável dos polinizadores.

Foi implantado em sete países: Brasil, África do Sul, Gana, Índia, Nepal, Paquistão e Quênia. No Brasil, muitas atividades foram apoiadas e implantadas pelo Projeto, com destaque para os estudos em áreas de cultivo de algodão, caju, canola, castanha-do-brasil, maçã, melão e tomate.

Serviço:
Local do evento: SEPN 505 Norte, Bloco B, auditório do edifício Marie Prendi, prédio anexo do Ministério do Meio Ambiente, Brasília, DF

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - (61) 2028-1173
Fonte: MMA

SFB avalia ação voltada para a sustentabilidade na Caatinga

Pesquisadores apresentarão conclusões sobre o uso eficiente da biomassa florestal


O Serviço Florestal Brasileiro (SFB), instituição vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), realiza, na tarde da segunda-feira (30/03), em Brasília, evento destinado a apresentar os resultados de um trabalho conjunto coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF) e Fundo Clima. A partir das 14h, no auditório do Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (Cenaflor), os pesquisadores apresentarão suas conclusões sobre o uso sustentável e eficiente da biomassa florestal nos polos industriais do bioma Caatinga.

Manejo florestal: viabilidade avaliada

O trabalho faz parte das ações de fomento para conservação e uso sustentável da Caatinga, desenvolvidas pelo FNDF e Fundo Clima. Em 2013, firmou-se um contrato com a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba exatamente com a finalidade de promover o uso eficiente e racional da biomassa florestas em polos industriais do bioma.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/SFB) - (61) 2028-7277

Fonte: MMA

Proposta de recuperação da vegetação nativa recebe contribuições

Plano faz parte da implementação da nova Lei Florestal e foi elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente e parceiros

Está aberto o período de envio de contribuições para a proposta do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa.
bjetivo é recuperar 12,5 milhões de hectares em 20 anos
O documento é um ponto de partida para iniciar o processo de coleta de sugestões de todas as partes da sociedade brasileira interessadas na recuperação da vegetação nativa.
As contribuições devem ser enviadas para o endereço planaveg@mma.gov.br
O objetivo do Planaveg é ampliar e fortalecer as políticas públicas, incentivos financeiros, mercados, boas práticas agropecuárias e outras medidas necessárias para a recuperação da vegetação nativa de, pelo menos, 12,5 milhões de hectares, nos próximos 20 anos.
Terão prioridade áreas de Reserva Legal (RL), Áreas de Proteção Permanente (APP) e áreas degradadas com baixa produtividade.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) elaborou a proposta do Planaveg diante do desafio da implementação da Lei n° 12.651/0 2012, nova Lei Florestal.
O documento é resultado de uma parceria com World Resources Institute (WRI), União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ) e Universidade de São Paulo (USP).
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - Telefone: 61.2028 1227
Fonte: MMA

sábado, 28 de março de 2015

Energia solar: projeto-piloto de geração energia em reservatórios começa em 120 dias

usina hidrelétrica
Adotada na Europa e nos Estados Unidos, tecnologia usa flutuadores com placas solares sDivulgação/Usina Mauá
Dentro de 120 dias, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, pretende dar início aos testes do projeto-piloto de geração de energia solar em reservatórios de hidrelétricas. Em coletiva hoje (27) na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Braga disse que a ideia é ter uma política pública de financiamento para esses projetos na Região Sudeste, “ainda no segundo semestre deste ano”.
A nova tecnologia utiliza flutuadores com placas solares e está sendo usada na Europa e Estados Unidos. O ministro disse, entretanto, que a Europa não dispõe de grandes hidrelétricas. “Estão fazendo isso em pequenos reservatórios de água para usos múltiplos”.
No Brasil, a ideia é testar a tecnologia nos grandes reservatórios. O primeiro deles será o da Usina Hidrelétrica de Balbina, no Amazonas. Braga considera Balbina o reservatório mais favorável, porque tem grande área alagada com reduzida geração de energia. “Temos uma ociosidade de subestação e de linha de transmissão com circuito duplo. Nós vamos fazer lá os primeiros 350 megawatts (MW) testados”.
Para isso, o ministério está em conversação com a Eletronorte, subsidiária da Eletrobras que é proprietária da usina, tratando da questão da licença ambiental. A iniciativa requer também a constituição de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) com os detentores da tecnologia para dar início à experiência piloto.
Braga disse que o custo nos leilões de energia fotovoltaica têm ficado entre R$ 190 e R$ 210 o megawatt. A expectativa do ministro é que o custo da energia solar com os flutuadores fique um pouco mais alto, entre R$ 220 a R$250 o megawatt, em função do custo adicional dos flutuadores. “Esse é um projeto pioneiro, que nós precisar testar”.
A vantagem, destacou o ministro, é que essa energia será captada dentro dos reservatórios, usando subestações e linhas que já existem. "Portanto, teremos uma resposta de geração muito rápida”. Ele aposta que haverá ganho de eficiência e salientou que, só nos reservatórios da Região Sudeste, o potencial de produção de energia solar atinge 15 mil MW, dentro das hidrelétricas. "É mais que uma [Usina de] Itaipu para o Brasil”, disse. A capacidade de geração em Balbina alcança 3 mil MW. O projeto-piloto será 350 MW.
Fonte: Agencia Brasil

CAR será pré-requisito para concessão de crédito ao produtor

Código Florestal determina que prazo máximo será maio de 2017


O secretário de Desenvolvimento Rural Sustentável e Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Paulo Guilherme Cabral, destacou que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) é pré-requisito para concessão de crédito a produtores rurais. Segundo consta na Lei 12.651/12 - novo Código Florestal, aqueles que não fizerem o cadastro não poderão obter crédito junto a instituições financeiras.
CAR: presente na Conferência
Ele fez esta afirmação nesta quinta-feira (26/03), durante a Conferência Governança do Solo, que se realiza em Brasília promovida pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Cabral lembrou que a determinação passará a valer a partir de 2017, conforme consta no artigo 78-A do código. “Após cinco anos da data da publicação desta Lei, as instituições financeiras só concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais que estejam inscritos no CAR”, reforçou.      
GANHOS
O secretário participou de painel, liderado pelo Banco do Brasil, sobre instrumentos financeiros. “É importante que o produtor visualize que ele terá ganhos com o CAR, seja de eficiência produtiva ou na diversificação das suas atividades”, defendeu. “Além da agricultura e pecuária, terá o ramo florestal que poderá agregar renda.”
Segundo ele, a lei protege o pequeno produtor rural. “Mesmo que o órgão ambiental responsável pela análise do CAR ainda não tenha liberado o número de protocolo final, o comprovante de inscrição já valerá como comprovação do cadastro”, lembrou. Aproveitou para ressaltar que o CAR não é instrumento de regularização fundiária. “Posseiros também precisam fazer o cadastro da área que ocupam”, enfatizou, “pois o desmatamento ilegal ocorre, sobretudo, nessas áreas”. O CAR é um instrumento de planejamento e monitoramento ambiental das propriedades rurais do país.
APOIO AOS PEQUENOS
O Brasil tem 4,3 milhões de pequenos proprietários rurais (até quatro módulos fiscais) e 807,5 mil médios e grandes produtores, segundo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2006. A Lei 12.651/12 prevê que o poder público ajude o pequeno produtor no preenchimento do CAR. Para isso, o MMA disponibilizou recursos próprios e conseguiu financiamento junto a organismos internacionais, além de acordos de cooperação com sindicatos, cooperativas e órgãos ambientais estaduais para auxiliar os agricultores familiares a realizar o cadastro. O curso a distância de capacitação para o CAR (CapCAR) está atualmente na quarta turma e já formou mais de 31 mil pessoas.
OUTROS TEMAS
O diretor do Departamento de Combate ao Desmatamento do MMA, Francisco Oliveira, coordenou a sala sobre mudanças do clima e vulnerabilidade no setor de florestas e a experiência brasileira em políticas de redução do desmatamento. Pela manhã, o diretor de Conservação da Biodiversidade do MMA, Carlos Alberto Scaramuzza, comandou o debate sobre recuperação de áreas degradadas no Brasil como uma alternativa de renda para o produtor rural.
A Conferência Governança do Solo termina nesta sexta-feira (27/03) e reuniu especialistas de várias partes do mundo para um debate aprofundado sobre a questão do solo - um recurso imprescindível para uma série de atividades fundamentais para a vida humana, como a produção de alimentos, de fibras e energia, a prestação de serviços ambientais, a sustentação da biodiversidade e a manutenção dos mananciais. 
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - (61) 2028.1765
Links:
Fonte: Letícia Verdi

sexta-feira, 27 de março de 2015

UFG sediará CFC e simpósio sobre eucalipto em junho

Os dois eventos serão realizados entre os dias 10 e 12 de junho, no Centro de Convenções de Goiânia

             
                A Universidade Federal de Goiás (UFG) realizará, entre os dias 10 e 12 de junho, no Centro de Convenções de Goiânia, o 2° Congresso Florestal no Cerrado (CFC) e o 4° Simpósio sobre Eucaliptocultura. O evento vai reunir palestrantes renome e contará com a participação de produtores rurais, empresários e profissionais que atuam no setor florestal, além de professores, pesquisadores e estudantes.

O setor florestal no Estado de Goiás deve crescer nos próximos anos
O setor florestal no Estado de Goiás deve crescer nos próximos anos
                    De acordo com Evandro Novaes, da Comissão Organizadora do CFC, o congresso surgiu a partir do simpósio e é realizado a cada dois anos. “Estamos com uma expectativa ainda maior para esta edição do CFC e acreditamos que o número de participantes, que chegou a 600, será maior desta vez. As inscrições podem ser feitas no site www.congressoflorestal.com.br

                 Entre os temas que serão discutidos neste CFC, destacam-se a silvicultura de precisão; a importância das pesquisas no âmbito das grandes empresas florestais; a nutrição florestal em solos de Cerrado; a implantação e manejo florestal na região do Cerrado; a gestão e controle da qualidade na atividade florestal; os sistemas de produção e espécies de madeira nobre; Heveicultura: implantação, manejo e mercado da seringueira; Tecnologia de produtos madeireiros e não madeireiros; e o Inventário florestal: novas metodologias e quantificação da biomassa florestal.

Fonte: Painel Florestal

HISTÓRIA DA FLORESTA PORTUGUESA

A floresta autóctone resultou de diversos factores como a posição geográfica do nosso território, das características climáticas e, mais recentemente, pela influência humana sobre o meio ambiente.



                A floresta natural predominante do nosso território desenvolveu-se depois do último período glaciar de Würm e mais particularmente desde há cerca de 13.000 anos (tardiglaciar), onde os bosques de carvalhos foram ganhando sucessivamente terreno à medida que o clima se tornou progressivamente mais amenos com a diferenciação biogeográfica similar à actual. Durante o Holoceno, grande parte do nosso território era ocupado por florestas de carvalhos de folha caduca (carvalho-negral – Quercus pyrenaica, carvalho-alvarinho – Q. robur), marcescente (cerquinho – Q. faginea) ou persistente (azinheira – Q. rotundifolia, sobreiro – Q. suber), para além de outros carvalhos com menor representação ou dominância (Q. canariensis, Q. coccifera, Q. lusitanica). A predominância das formações de carvalhos foi-se estendendo por grande parte do território com constituição de bosques temperados nas regiões do norte e centro e de bosques mediterrânicos nas regiões do centro e sul, e em algumas zonas do interior, com máximo de aridez no sudeste. Nas zonas mais húmidas, ao longo dos cursos de água surgiam florestas ripícolas, com espécies como o freixo (Fraxinus angustifolia), o amieiro (Alnus glutinosa), os salgueiros (Salix atrocinerea, S. salvifolia, entre outros), o choupo-negro (Populus nigra) e o choupo-branco (Populus alba), o loendro (Nerium oleander), entre outras espécies. Para além dos carvalhos, ocorriam também outras espécies arbóreas como sejam, entre outras, o azevinho (Ilex aquifolium), a aveleira (Corylus avellana), os bordos (Acer campestre, A. monspessulanum), o medronheiro (Arbutus unedo), a cerejeira-brava (Prunus avium), pereiras-bravas (Pyrus cordata, P. bourgaeana, entre outras), tramazeira (Sorbus aucuparia), o mostajeiro (Sorbus torminalis), o pilriteiro (Crataegus monogyna), o lentisco (Phyllirea angustifolia), com algumas raridades como o azereiro (Prunus lusitanica) e o loureiro (Laurus nobilis) elementos paleogénicos sub-tropicais. A nossa floresta natural é bastante diversa e inclui elementos de diversas origens biográficas (europeias, asiáticas, mediterrânicas, mauritânicas, alpinas, endemismos ibéricos) que coexistem em diferentes zonas do território.

               Diversos estudos paleontológicos mostram a progressiva expansão e dominância das florestas de carvalhos, de folha caduca e perene, no nosso território durante o Holoceno, no entanto, com a alvorada do Neolítico, há cerca de 7.000 anos, com a prática da domesticação dos animais e das plantas, com o surgimento do pastoreio e da agricultura, a floresta natural foi sendo sucessivamente submetida a muitas pressões e alterações. Diversos registos evidenciam uma actividade humana mais marcante sobre a paisagem desde há cerca de 4.500 anos atrás em diversas zonas do nosso território. A prática do pastoreio, nomeadamente de cabras, teve um impacto significativo na nossa paisagem natural. O pastoreio, a agricultura, o corte de arvoredo e o uso do fogo, foram ao longo dos tempos moldando a nossa paisagem de forma muito destrutiva.

                       As sucessivas ocupações da península Ibérica por diversos povos, nomeadamente pelos romanos (séc. III AC – V DC) e muçulmanos (séc. VIII-XIII/XV DC) com incremento das povoações e da agricultura, conduziram a uma alteração da vegetação e do meio envolvente. Ao longo da Idade Média, diversos episódios de desflorestação, a transumância nas zonas de montanha, o arroteamento para terrenos de cultivo, foram igualmente determinantes na alteração da paisagem. A Baixa Idade Média foi um período de ocupação e organização dos espaços agro-silvo-pastoris em que ocorreu uma ruptura irreversível com fragmentação das grandes extensões arbóreas. O crescente aumento populacional que foi ocorrendo, de forma cíclica, ao longo da história recente, com a consequente necessidade por mais terrenos de cultivo e de pasto acentuaram a degradação da floresta autóctone. A floresta constituía uma importante fonte de madeira utilizada para diversas construções e para energia. A pesca, o comércio marítimo, e a época dos Descobrimentos exigiram, igualmente, um grande consumo de madeiras, sendo os carvalhos utilizados na construção de diversas embarcações. O consumo de madeiras de grande porte para a construção naval foi bastante grande, tornando-se num material escasso ao ponto de terem sido tomadas medidas de protecção e regulamentação dos arvoredos pela Marinha Portuguesa do Reino.

                     As preocupações dos nossos governantes pela preservação e fomento das áreas florestais foi-se manifestando ao longo de diferentes períodos da nossa história recente. Em 1565 é promulgada a Lei das Árvores, instituindo a arborização de incultos, baldios e terrenos particulares, sendo indicadas espécies autóctones, constituindo um marco importante na história dos recursos florestais. Um importante avanço ocorreria mais tarde, em 1824, com a criação da Administração Geral das Matas do Reino. Posteriormente, as acções promovidas pelos Serviços Florestais contemplaram em algumas zonas serranas do interior a recuperação dos bosques naturais, com a conservação do solo e da água.

                  Nos finais do séc. XIX a área florestal do país estava reduzida a pouco mais de 640.000 ha. A figura seguinte mostra a evolução da ocupação das principais espécies e formações florestais desde o início do séc. XX. As políticas florestais ao longo das últimas décadas resultaram sobretudo numa expansão das áreas de sobreiro, tendo sido mais modestas no que se refere a outras espécies da floresta autóctone.

Evolução da ocupação das principais espécies e formações florestais desde 1902 a 2010 (Fonte de dados: ICNF).


             De acordo com o último inventário florestal (2010, ICNF), as florestas de carvalho representam apenas 2 % da área florestal, mas a potencialidade no território é muito maior. O sobreiro e a azinheira representam 23 e 11 %, respectivamente. Tem-se registado uma tendência decrescente das áreas ocupadas por estas espécies, dos carvalhos, do sobreiro desde 1995 e particularmente da azinheira desde meados do século passado.

Fonte: Floresta Comum

MELHORAMENTO FLORESTAL

Melhoramento (Genético) Floresta




Flores de Eucalyptus: a esquerda, flores perfeitas (bissexuais), no centro, o estigma, e ao redor dezenas de estames; direita (acima): DNA; direita (abaixo): marcadores moleculares AFLP e segregação 1:1. Foto Eucalyptus: Rubens Marschalek


            A base desta importante área da engenharia florestal é, em primeiro lugar, a própria genética, que por sua vez teve início com o monge Gregor Mendel (1865) e posteriormente com os redescobridores das Leis de Mendel (1900). O melhoramento genético de espécies florestais é uma ciência nova, sendo que somente a partir de 1950 é que ela apresentou grandes avanços. As principais espécies inicialmente melhoradas foram o Pinus elliottii e Pinus taeda, nos EUA, e a Acacia mearnsii (acácia negra), na África do Sul.
                 No Brasil o melhoramento florestal desenvolveu-se a partir de 1967, embora os trabalhos tenham se iniciado muito antes desta data, com Edmundo Navarro de Andrade. ( “O Resgate Documental do Legado de Edmundo Navarro de Andrade" e “A Gênese da Silvicultura Moderna no Estado de São Paulo” ). A partir de então, o melhoramento genético florestal tem prestado grandes contribuições à silvicultura intensiva no país.
O melhoramento genético tem como base os conhecimentos da área de genética, tratando-se talvez do que poderíamos chamar de “genética aplicada”. Ela é de fato uma área do conhecimento que exige a integralização e uso de várias outras disciplinas e campos do conhecimento, como a botânica, taxonomia, genética, citologia, fitopatologia, entomologia, biologia molecular, fisiologia, estatística, entre outras.
                Esta ciência apresenta peculiaridades e aspectos próprios, sendo que isto advém do fato de que as espécies arbóreas são perenes e de ciclo muito longo. Também se deve à diversidade de sistemas reprodutivos associados às espécies florestais. O melhoramento florestal utiliza-se também de conceitos desenvolvidos e aplicados ao melhoramento animal e vegetal.
Além dos tradicionais métodos usados em melhoramento florestal, esta utiliza como ferramenta a biotecnologia, principalmente na área de biologia molecular, quando entram em ação os marcadores moleculares (biologia molecular), atualmente usados por exemplo também em genética humana, nos testes de paternidade e na medicina forense. Não menos importantes são os aspectos biotecnológicos da cultura de tecidos, permitindo a clonagem em larga escala, entre outras vantagens.

Recursos Genéticos e a “Erosão Genética”:

                Outro aspecto muito importante do qual trata o Melhoramento Florestal é a questão dos Recursos Genéticos e sua conservação ou preservação. No entanto, para entendermos o que são e o que representam os recursos genéticos, temos de ter em mente outro conceito, também muito popular, mas que muitas vezes não é tecnicamente bem compreendido: a Biodiversidade. A biodiversidade ou diversidade biológica refere-se a totalidade de genes, espécies e ecossistemas do mundo ou de uma região. A biodiversidade é resultante de processos evolutivos que ocorrem na terra. As estimativas apontam que podemos contar com em torno de 10 milhões de espécies de organismos vivos na terra, entretanto, até o momento, somente 1,4 milhão foram classificadas
Por recursos biológicos entende-se aqueles componentes da biodiversidade de uso atual ou potencial para a humanidade. Os recursos genéticos envolvem a variabilidade de espécies e plantas, animais e microrganismos integrantes da biodiversidade, de interesse socioeconômico atual ou potencial para utilização em programas de melhoramento genético (Nass, 2001). Quando se emprega o termo “recursos genéticos vegetais” reduz-se o universo da biodiversidade à flora. Neste caso, convém lembrar que estima-se que 300.000 espécies foram descritas até hoje, e que o Homo sapiens utilizou aproximadamente 3.000 em sua dieta, porém atualmente usa apenas 300, sendo que destas, apenas 15 respondem por 90% de toda a alimentação humana. Essa situação reflete uma considerável redução da diversidade genética de espécies, o que representa uma erosão genética ao longo do tempo. Também a erosão genética é notória mesmo dentro de uma mesma espécie, onde alelos genéticos (por exemplo, “A” ou “a”) são irremediavelmente perdidos devido à reduções nos tamanhos das populações de determinada espécie. Isto é, algumas características das plantas podem ser irremediavelmente perdidas em função da perda de variabilidade genética (perda de alelos em vários genes).

Fonte: Professor Rubens Marschelak

Lavoura de Mogno Africano Khaya ivorensis - PRV Ambiental


             Lavoura de mogno africano khaya ivorensis (esta lavoura também tem algumas arvores do khaya senegalensis) com 3 anos de idade, localizada na Fazenda Laranjeiras no município de Inhumas - GO, de propriedade do Srº Murilo Medeiros dono da empresa Plante Roots Viveiro Ambiental. Quer conhecer esta lavoura ? Entre em contato pelo numero (62) 3598-0878.  

quarta-feira, 25 de março de 2015

Fibria confirma envio de projeto ao conselho para ampliação da unidade de Três Lagoas

Até 2017, a unidade da Fibria em Três Lagoas deverá ter a produção dobrada, já que o pedido foi encaminhado ao conselho de administração da empresa


Por: Painel Florestal - Sarah Minini
 
Unidade da Fibria em Três Lagoas, no Mato Grosso do SulUnidade da Fibria em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul
             Reportagens especulativas sobre a duplicação da Fibria afirmam que o investimento na nova linha de produção deverá atingir à cifra dos R$ 8 bilhões. No entanto, a empresa não confirma o valor e aguarda o parecer dos acionistas, ainda sem data prevista para a aprovação ou não.
        O gerente geral de Comunicação, jornalista Geraldo Magella, esteve em Três Lagoas há uma semana, e embora tenha confirmado o encaminhamento do projeto de ampliação da Fibria para o conselho, afirmou que ainda não há muita novidade sobre o assunto, mas garante que o setor está otimista, haja vista que a demanda de consumo da celulose mundial não para de crescer. “A Fibria não tem um namoro com Três Lagoas, mas um casamento. Desta forma estamos otimistas e alinhados de que em breve teremos boas notícias”, comentou.
             Três Lagoas ainda aguarda a ampliação de outro grande empreendimento da cadeia produtiva florestal. A Eldorado Brasil já tem sua planta aprovada, mas busca recursos para a expansão. Em fevereiro, o governador Reinaldo Azambuja afirmou que este ano deverá sair do papel os dois projetos de ampliação das gigantes da celulose e, inclusive, há uma busca por recursos via BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – neste caso, para viabilização da expansão da Eldorado.

terça-feira, 24 de março de 2015

MMA lança cadernos de educação ambiental e agricultura familiar

Material já está disponível no site do Ministério do Meio Ambiente

Por: Tinna Oliveira - Editor: Marco Moreira



O Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), ganhou novo material que traz o contexto, histórico, conceitos, estratégias pedagógicas da iniciativa, além de um guia metodológico das oficinas da iniciativa. Foram impressos 3 mil exemplares que servirão de subsídio para novas ações do MMA e também serão enviadas para estados prioritários onde o PEAAF já está funcionando e para parceiros do programa. As publicações também podem ser conferidas na página do MMA na internet (veja abaixo).

O primeiro caderno explica que o PEAAF é um programa de educação ambiental destinado ao público envolvido com a agricultura familiar. O objetivo é desenvolver ações educativas que busquem a construção coletiva de estratégias para o enfrentamento da problemática socioambiental rural. A publicação aborda os princípios e diretrizes do programa, o público-alvo, o processo educativo, as linhas de ação, articulações e parcerias e ações de monitoramento e avaliação. 

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Já o Caderno Conceitual do PEAAF aprofunda a proposta pedagógica do programa, abordando a questão histórica, as temáticas principais, estratégias para o desenvolvimento de processos formativos e educação a distância. A terceira publicação é o guia metodológico de oficina do PEAAF. O guia traz o passo a passo das oficinas e a elaboração do plano político pedagógico de educação ambiental na agricultura familiar, visando auxiliar gestores públicos e demais parceiros na realização das oficinas de planejamento do programa.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – (61) 2028.1753

domingo, 22 de março de 2015

22 de março – Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi instituído pela ONU em 22 de março de 1992 e visa à conscientização da população a respeito dessa valiosa substância.


Sabemos que a água é um recurso essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos. Ela atua mantendo nosso corpo hidratado, ajuda no transporte de substâncias, funciona como solvente, regula a nossa temperatura, participa de reações químicas, entre várias outras funções.
A água é  essencial para a nossa sobrevivência, portanto, sua proteção é fundamental
A água é essencial para a nossa sobrevivência, portanto, sua proteção é fundamental
Apesar de o nosso planeta ser repleto de água, estima-se que apenas 0,77% esteja disponível para o consumo humano em lagos, rios e reservatórios subterrâneos. Vale destacar, no entanto, que essa quantidade não está distribuída igualmente por todo o território, consequentemente, existem locais onde esse recurso é considerado bastante valioso. Em virtude dessa desigualdade de distribuição, em várias regiões ocorrem verdadeiros conflitos por água.
Além da escassez de água em algumas regiões, enfrentamos ainda o problema da baixa qualidade. Apoluição causada pelas atividades humanas faz com que a água esteja disponível, porém não esteja própria para o consumo. Estima-se que 20% da população mundial não tenha acesso à água limpa e, segundo a UNICEF, cerca de 1400 crianças menores que cinco anos de idade morrem todos os dias em decorrência da falta de água potável, saneamento básico e higiene.
Diante da importância da água para a nossa sobrevivência e da necessidade urgente de manter esse recurso disponível, surgiu o Dia Mundial da Água. Essa data, comemorada no dia 22 de março, foi criada em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e visa à ampliação da discussão sobre esse tema tão importante.
No dia 22 de março de 1992, a ONU, além de instituir o Dia Mundial da Água, divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água, que é ordenada em dez artigos. Veja a seguir alguns trechos dessa declaração:
1- A água faz parte do patrimônio do planeta;
2-A água é a seiva do nosso planeta;
3- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;
4- O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;
5- A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;
6- A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;
7- A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada;
8- A utilização da água implica respeito à lei;
9- A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;
10- O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Como toda a população necessita da água para a sua sobrevivência, em julho de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou, através da Resolução A/RES/64/292, que a água limpa e segura e o saneamento básico são direitos humanos. Sendo assim, a água de qualidade e o saneamento básico passaram a ser um direito garantido por lei.
O uso racional e sua preservação são fundamentais para garantir qualidade de vida para a nossa geração e para as futuras. Faça uso consciente da água!

sábado, 21 de março de 2015

Reserva ecológica chilena é reconhecida internacionalmente

Huilo Huilo está localizada na Patagônia chilena e abrange mais de 100 mil hectares de uma natureza exuberante e com diversas espécies nativas.

 
Reserva Biológica Huilo Huilo, no Chile.Reserva Biológica Huilo Huilo, no Chile.
Neste mês de março, a Reserva Biológica Huilo Huilo, no Chile, foi reconhecida pelo prêmio internacional National Geographic World Legacy Awards. A premiação aconteceu na cidade de Berlim, na Alemanha, com o objetivo de reconhecer os principais destinos, empresas ou organizações que estão trabalhando para desenvolver o turismo sustentável em todo o mundo.
A reserva concorreu na categoria "Conservação do Mundo Natural", e tinha como concorrentes a reserva Beyond Reach Africa, da África do Sul, e o Conservation Ecology Centre, da Austrália. O prêmio foi recebido pelo gerente comercial da Huilo Huilo, Rodrigo Mata.
Declarada Reserva da Biosfera pela Unesco, a Huilo Huilo está localizada na Patagônia chilena e abrange mais de 100 mil hectares de uma natureza exuberante e diversas espécies nativas, contando com uma fundação que trabalha para a conservação e sustentabilidade da região. Este é o terceiro prêmio internacional da Huilo Huilo, que já recebeu o “Virgin Holidays Responsible Tourism Awards 2012”, da Inglaterra, e o Prêmio EcoTrophea, da Associação Alemã de Viagem (DRV).
Localizada em pleno coração da selva da Patagônia do Chile, próximo ao vilarejo de Neltume (860 km de Santiago), a Reserva Biológica Huilo Huilo é um lugar mágico. Com mais de 100 mil hectares, abrange diversos ecossistemas, com uma riqueza de espécies nativas animais e vegetais, todos envoltos em uma atmosfera mística, herança dos Mapuches, povo nativo da região.
As opções de hospedagens vão desde hotéis de luxo até campings. Além de atividades de esportes radicais, como tirolesa e rafting, a reserva ainda conta com o Bosque Nevado, um centro de neve ideal para iniciantes nos esportes de inverno. Para mais informações sobre a reserva, entre no site huilohuilo.com.

Aposentado plantou mais de 16 mil árvores

Mudas foram semeadas ao longo do córrego de Tiquatira, no bairro da Penha, em São Paulo.

 
Hélio da Silva, de 62 anos (Foto: Pétala Lopes).Hélio da Silva, de 62 anos (Foto: Pétala Lopes).
Como forma de retribuir uma vida inteira em São Paulo, o aposentado Hélio da Silva, de 62 anos, já plantou em 10 anos, por conta própria, mais de 16 mil árvores ao longo do córrego de Tiquatira, na Penha, região leste da cidade de São Paulo.
Entre jacarandás, imbuias, ingás e pitangueiras, são mais de 170 espécies, a maioria nativas da mata atlântica, que deram origem a um parque linear. Com orgulho do trabalho, ele conta que chegou a gastar R$ 2 mil mensais com mudas e adubos para as árvores, que são plantadas aos fins de semana.
No início da jornada, há 10 anos, alguns comerciantes da região não gostaram muito da ideia, porque as árvores prejudicariam a visão das placas dos estabelecimentos. Mas hoje, o parque é movimentado e cheio de pessoas que praticam exercícios físicos, além de, é claro, deixar Penha mais bonita.
Esperar dos governantes a solução para todos os problemas é fácil, mas se dedicar a algo pela sua cidade e pelo futuro, como fez Hélio com suas 16 mil árvores, é para poucos.