segunda-feira, 27 de julho de 2015

Programa Mais Árvores planta um milhão de hectares

Cerca de 400 produtores participaram do evento que objetiva estimular o produtor rural a investir no plantio e manejo de florestas comerciais para usos múltiplos.

Programa Mais Árvores na Bahia foi lançado em um Dia de Campo (Foto: ABAF).
Programa Mais Árvores na Bahia foi lançado em um
Dia de Campo (Foto: ABAF).
Alagoinhas, Barreiras, Eunapólis e Vitória da Conquista passarão a contar a partir de 2016 com unidades produtivas florestais para difusão de conhecimento sobre sistemas agroflorestais. Este foi o principal resultado do Dia de Campo do Programa Mais Árvores, lançado em quatro regiões da Bahia, entre 8 e 17 de julho, pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com dois temas principais: manejo florestal para usos múltiplos da madeira e gestão da propriedade rural.
"A Bahia importa 90% da madeira que consome, embora detenha o recorde mundial de produtividade de área reflorestada (45 metros cúbicos/hectare (ha)/ano). O programa Mais Árvores existe há 5 anos, já foi apresentado em outros estados, mas saiu do papel agora aqui, dentro do Mais Árvores Bahia. O objetivo é que em três anos o estado ultrapasse a marca de 1 milhão de hectares plantados", explica o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade.
Cerca de 400 produtores participaram do evento que objetiva estimular o produtor rural a investir no plantio e manejo de florestas comerciais para usos múltiplos (produtos madeireiros e não madeireiros). A CNA contou com o apoio do Governo da Bahia da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF).
Resultados
Assessora técnica da Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA, Camila Braga disse ser fundamental que os produtores recebam treinamento adequado porque o investimento inicial é alto (até R$ 7 mil/ha) e os erros só podem ser percebido entre 7 a 10 anos após o plantio. Mas, destacou que o produtor florestal é melhor remunerado, podendo lucrar até R$ 800/ha contra R$ 150/ha na atividade pecuária.
O engenheiro agrônomo Pedro Francio Filho, da Unisafe - Consultoria, Agronegócios e Meio Ambiente, que ministrou as palestras aos produtores baianos, diz que, "Nas unidades produtivas será explorado o máximo potencial da Bahia, através da atuação de um grupo multidisciplinar de profissionais. O acompanhamento será feito pelo período de seis anos", explicou.
Gleyson Araújo, presidente executivo da Associação dos Produtores de Eucalipto, explicou que o setor da região sul da Bahia é bem organizado. "O programa vai suprir lacunas sobre técnicas de manejo e ajudará a formar a cadeia de produção e processamento", disse.
Moisés Schmidt, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras, diz que o eucalipto é plantado há 30 anos no oeste, mas faltavam as técnicas adequadas de plantio para produzir material de melhor qualidade.
Fonte: A Tarde

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