domingo, 12 de abril de 2015

Dólar elevado pode limitar ganho do setor de defensivos, diz a Andef

Custos de produção, principalmente de fertilizantes e inseticidas, ficaram mais caros para os produtores


A alta do dólar ante o real pode interromper o crescimento do faturamento do setor de defensivos agrícolas no País. Segundo o diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher, no ano passado, o setor teve uma receita bruta de US$ 12,2 bilhões, aumento de 4,3% ante a cifra de US$ 11,7 bilhões de 2013. "Neste ano não vamos repetir essa marca, porque o dólar está apreciado ante o real. Podemos andar de lado ou ficarmos bem próximos ao valor do ano passado. 2015 é um ano de cautela", disse.
Daher explica que, apesar de os exportadores ganharem receita com a valorização da moeda norte-americana ante a brasileira, os custos de produção, principalmente fertilizantes e inseticidas, ficaram mais caros para os produtores, já que a maioria é importada. "Acredito que o único produto cuja cotação pode subir menos é o fertilizante nitrogenado. Esse movimento é explicado pela queda do valor do barril do petróleo no mercado internacional", ressaltou.
Outro fator citado por Daher é o clima. "Num tempo mais seco, há menos ocorrência de fungos e menos procura por defensivos para combate", disse. Entretanto, o diretor-executivo informou que os estoques de fertilizantes e defensivos no País estão baixos, o que pode fazer com que os produtores não diminuem suas compras dos produtos.


Fonte: Revista Globo Rural e CI Florestas

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